Durante um culto evangélico em Taquaritinga (DF), na noite da quinta-feira 7, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse que sua família está sendo perseguida.
Com a bandeira do Brasil nas costas, Michelle chorou e disse se sentir traída por antigos colegas. “Como dói, irmãos, ver que muitos que falavam que comungavam da nossa mesma fé compactuam com tudo aquilo que vai na contramão dos valores específicos do nosso Deus”, lamentou.
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No Dia da Independência, que reuniu milhares de apoiadores de Bolsonaro nos anos anteriores, a Polícia Federal aceitou fechar um acordo de delação premiada com o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, preso desde 3 de maio.
“A gente destronou do altar o inimigo”, disse Michelle Bolsonaro
No culto da quinta-feira, Michelle disse que não estava conseguindo orar há tempos. “Eles vão nos atacar”, afirmou, aos prantos, sem citar nomes nem instituições. “O Senhor não nos prometeu que seria fácil. O Senhor falou que seríamos perseguidos, todos aqueles que tivessem Cristo como Senhor e Salvador seriam perseguidos. E estamos sendo perseguidos e injustiçados.”
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Instantes antes de falar sobre a traição de correligionários, a ex-primeira-dama comparou o governo de Bolsonaro ao de Luiz Inácio Lula da Silva. “A gente destronou do altar o inimigo ali dentro da Presidência da República”, disse.
Jair e Michelle estavam acompanhados de parlamentares do PL, como o senador Magno Malta (ES) e o deputado federal Marcos Feliciano (SP).
Defesa de Bolsonaro não teme delação
Em meio à possibilidade de delação premiada de Cid, o advogado Fábio Wajngarten, que representa Bolsonaro, diz ter preocupação “zero” com as informações que o ex-ajudante de ordens da Presidência pode levar à PF.
“Não há absolutamente nada que o tenente-coronel Cid possa delatar que se relacione com o presidente”, disse Wajngarten.
Cid compareceu ao STF na quarta-feira 6, para ressaltar que pretende responder sempre a verdade sobre as perguntas que lhe forem endereçadas.
As declarações prestadas pelo militar só poderão ser usadas nos inquéritos em trâmite no STF. As apurações das quais o ex-ajudante de ordens é alvo são conduzidas pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Quem está na chuva é para se molhar. Então vamos parar com toda essa encenação dramática, que ninguém é tolo para acreditar nisso daí e levante-se e enfrente essas forças esquerdistas ou então se entreguem aos leões. Não estou nem um pouco impressionado com todo esse mise-en-scène, tá ok?