O Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (VIGIA), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, faz um ano na próxima quarta-feira, 15, e tem motivos para comemorar deste já. Nesta quarta, 8, o coordenador-geral de fronteiras da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), Eduardo Bettini, confirmou com exclusividade à Oeste a ampliação do projeto para Roraima.
O VIGIA atua, atualmente, nas áreas fronteiriças de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Amazonas, Paraná e nas das divisas do Tocantins e de Goiás. Ou seja, com Roraima, o programa irá para nove estados. Outros três ainda estão na mira e deverão ser anunciados até o fim deste ano: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amapá.
Com isso, o VIGIA estará presente em áreas de todas as 10 fronteiras do Brasil com países vizinhos da América do Sul. O desembarque em Roraima começará em duas cidades pilotos: Pacaraima, que faz fronteira com a Venezuela; e Bonfim, município fronteiriço com a Guiana.
Apesar da proximidade com a Venezuela, a estratégia em embarcar primeiramente em Roraima é estritamente técnica, garante Bettini. “O programa tem todo um viés técnico. Então, as discussões são feitas em alto nível estratégico no sentido de autorizar o início do programa”, destaca. Para iniciar o trabalho, foram enviados alguns servidores para traçar o planejamento e o diagnóstico da região.
Integração
A Coordenação-Geral de Fronteiras tomou conhecimento do relatório e soube quais os pontos mais críticos para iniciar a relação. Conexões entre as instituições foram feitas e a integração com os agentes de segurança público estaduais que atuam na área, também. “Quem desenvolve as atividades são as instituições que estão ali no terreno. Nós integramos e trabalhamos ali no apoio, fornecemos meios para trabalharem com, custeio, equipamentos e capacitação”, explica Bettini.
As expectativas na ampliação para Roraima são altas. “Todos os lugares a gente inicia com um ou dois pilotos. Começamos pequeno, vamos ajustando e aquecendo os motores. A expectativa é a melhor possível. Percebemos um terreno fértil, com as instituições querendo e buscando já a integração. E o que vamos fazer é dar ferramentas para que isso ocorra”, sustenta.