O Ministério da Saúde do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou menos de 10% das vacinas atualizadas contra a covid-19 prometidas para 2024. Até a sexta-feira 5, foram distribuídas apenas 5,7 milhões de doses da nova geração, que passaram a ser entregues desde o início de maio.
O plano inicial previa a distribuição de 70 milhões de doses até o fim deste ano. Contudo, o edital para a compra complementar ainda não foi lançado pelo governo federal.
O processo de aquisição das vacinas está na “fase interna” e não há um prazo definido para a compra e entrega das novas doses, segundo informou a pasta ao jornal Folha de S.Paulo. Além disso, o ministério não divulgou a quantidade de unidades do modelo atualizado aplicadas. O governo informou que os dados estarão disponíveis na Rede Nacional de Dados (RNDS), depois de ajustes técnicos.
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Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, alerta para o fato de que a limitação de doses pode aumentar a hesitação vacinal. Ela também destaca a necessidade de uma comunicação mais assertiva sobre a covid-19.
“Não é só uma questão de desinformação, fake news etc.”, disse Isabella. “O maior fator da hesitação é a falta de informação. A gente também sabe como o acesso às doses é importante. Inclusive o ministério está indo às escolas para melhorar o acesso de adolescentes.”
Durante a campanha eleitoral de 2022, Lula criticou fortemente a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia e às vacinas. No entanto, o atraso na compra dos imunizantes também gerou críticas ao governo atual.
Em abril, o site Qual Máscara? cobrou novas doses de vacinas. Enquanto isso, no entanto, a primeira compra com a farmacêutica Moderna ainda estava em andamento.
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Vacina da covid-19 compradas em dezembro
A compra emergencial de 12,5 milhões de doses ocorreu apenas depois do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em dezembro de 2023. Em fevereiro, Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde, afirmou no Twitter/X que o imunizante adaptado à variante XBB chegaria ao Brasil em março. Entretanto, as doses começaram a ser entregues apenas em maio.
“As 70 milhões de doses previstas, em 2024, buscam atender a população-alvo, com base nos dados do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]”, informou o Ministério da Saúde.
Em 2024, o Ministério da Saúde incinerou cerca de 6,4 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 que perderam a validade. Esses imunizantes, fabricados pela farmacêutica Janssen, perderam força no Sistema Único de Saúde (SUS) desde o fim de 2022, quando a prioridade passou a ser os imunizantes de RNA mensageiro, como os da Pfizer e da Moderna.
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que representa secretários estaduais do setor, informou ser “importante a manutenção da aquisição e distribuição de doses dos imunizantes contra a covid-19, conforme planejado para o ano de 2024”.
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Já o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde afirmou que segue as orientações do ministério.
A baixa adesão preocupa, e, para o Conass, é essencial que o Ministério da Saúde intensifique as ações de comunicação de forma articulada e integrada com Estados e municípios.
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Vários países já suspenderam a vacinação de covid. Foi uma epidemia porque era um micróbio novo, semissintético, mas que nas crianças não causa mais do que um resfriado comum. Então, os adultos ou já pegaram o covid ou já se vacinaram, e não há indicação para continuidade na faixa etária pediátrica, a não ser casos muito específicos (crianças muito doentinhas).
Esses genocidas continuam com o plano de lesar geneticamente o ser humano. O ladrão deve estar levando vantagem financeira.