O Ministério Público da Bahia (MPBA) iniciou, nesta sexta-feira, 19, uma operação que investiga um esquema de pagamento de propina por fazendeiros do oeste baiano. O objetivo dos criminosos era obter autorização ilegal de licenças ambientais. Estima-se que o valor das propinas alcance R$ 16,5 milhões.
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A operação mira servidores e ex-funcionários do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). O esquema de propina também teria como objetivo a autorização ilegal de supressão de vegetação.
Pagamento de propina para emissão de licenças ambientais
A investigação revelou que os pagamentos ocorreram entre 2019 e 2023. O crime ocorreu durante os governos de Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil, e do atual governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT).
Rui Costa ocupou o cargo de governador do Estado baiano entre 2015 e 2023.
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As propinas teriam sido pagas por fazendeiros por meio de depósitos bancários nas contas dos investigados.
O oeste da Bahia é um dos principais polos agropecuários do Brasil, com destaque na produção de soja, milho e algodão.
Recentemente, a região foi alvo da Operação Faroeste, que investigou um esquema de venda de sentenças judiciais.
Mandados de busca e apreensão
As autoridades cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Guanambi e Riacho de Santana. Todos municípios da Bahia.
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A Justiça determinou a suspensão das funções de um servidor do Inema e o sequestro de bens dos investigados.
Eles são suspeitos de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Documentos, celulares, computadores e joias foram apreendidos, com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal.