Corte eleitoral adquiriu de 1,1 mil doses a ser distribuídas a ministros e servidores pelo valor de 73,5 mil reais
Enquanto o cidadão comum precisa dispor de 100 a 200 reais para fazer uma simples vacina de gripe, integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terão esse benefício gratuitamente. Ou melhor, pago pelo contribuinte brasileiro.
O TSE adquiriu 1,1 mil doses de vacina para gripe (inclusive a gripe A), destinada aos ministros que compõem a Corte e servidores efetivos. O tribunal vai gastar 73,5 mil reais na regalia. A licitação foi realizada em 16 de março e as doses serão fornecidas pela San Pietro Vacinas. Desde esta quinta-feira, 19, Oeste vem revelando que vários órgãos públicos aproveitaram a proliferação do coronavírus para intensificar a imunização de servidores e da classe política. Supremo e Câmara estão entre eles.
Segundo a justificativa do TSE para a aquisição das doses, “a vacinação proporciona redução de custos diretos e indiretos em saúde, devido à redução das taxas de infecção no grupo vacinado. Proporciona a melhoria da qualidade de vida, com a prevenção efetiva contra uma doença potencialmente grave, redução de riscos e complicações associadas, além da redução dos gastos com medicamentos”. O processo de compra do TSE abrangeu vacinas para quatro tipos de gripe, entre os quais aquele provocado pelo H1N1, também chamado de gripe A.
Ainda de acordo com o processo que justificou a abertura da licitação, o Mapa de Planejamento Estratégico do TSE — que tem entre suas frentes assegurar a legitimidade do processo eleitoral, o fomento da aproximação da Justiça Eleitoral com a sociedade e garantir a eficiência na gestão dos recursos — aponta a necessidade de aquisição das vacinas como um item que pode ajudar na consecução desses objetivos. “Note-se que a assistência à saúde de ministros, servidores e colaboradores da Casa interliga-se indiretamente a todos os objetivos apresentados, uma vez que o atingimento das metas está atrelado à utilização dos recursos humanos do tribunal.”