Usando máscaras, a população de Aparecida (SP) se manifestou contra as medidas de isolamento do governador João Doria (PSDB) nesta quinta-feira, 18. O protesto foi organizado por comerciantes de vários setores da economia. Segundo Paloma Radwanski, uma das organizadoras do movimento e proprietária do aquário da cidade, a reivindicação das pessoas é a reabertura da economia. “Queremos trabalhar. Poderíamos voltar à fase laranja [do plano de contingência da covid-19], pelo menos”, declarou à Revista Oeste. “Nosso objetivo é sensibilizar o governador”, acrescentou a empresária.
Paulo Siqueira, 48 anos, é proprietário de uma pequena fábrica na cidade e de uma banca na maior feira de Aparecida. Ao todo, ele emprega 20 pessoas. Contudo, está preocupado com a situação financeira. “Hoje, minha fábrica está fechada e a feira não pode funcionar. Até o último mês, eu consegui pagar os salários dos funcionários. Mas, daqui para frente, não sei como vai ser”, desabafa.
Dona de uma barraca de camisetas na mesma feira que Paulo trabalha, Rosana Maria, 53, se queixa do fechamento de Aparecida promovido pelo governo do Estado. “Tem gente que depende da feira. A maior parte da cidade vive disso. Então, é preciso reabrir [o comércio]. Precisamos movimentar a economia”, disse a ambulante.
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Desabafo do prefeito
Conforme noticiou Oeste, o prefeito de Aparecida (SP), Luiz Carlos de Siqueira (Podemos), criticou o endurecimento das medidas de isolamento social e restrição do comércio impostas pelo governo do Estado. Em um depoimento emocionado ao programa Opinião no Ar, exibido na terça-feira 16, pela RedeTV!, ele afirmou que a cidade está “completamente destruída” economicamente.
Fase emergencial
Na semana passada, Doria estabeleceu o fechamento de escolas, templos religiosos e a interrupção de campeonatos esportivos. Escritórios terão suas atividades presenciais vetadas. Está proibido, também, frequentar praias e parques. Além disso, foi determinado toque de recolher das 20 horas às 5 horas, diariamente. As medidas terão prazo de validade entre 15 e 30 de março e abrangem 14 atividades. O governo quer evitar a circulação de 4 milhões de pessoa
Façam valer seus direitos. Acionem na justiça. A Constituição é a carta magna que garante a liberdade de trabalhar e do ir e vir.
É um tresloucado, mesmo!