O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quinta-feira, 28, o envio da investigação do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes à Procuradoria Geral da República (PGR). Os dois foram assassinados na noite de 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.
A PGR deverá analisar o relatório da Polícia Federal (PF) e se manifestar em relação à conclusão do inquérito. O órgão vai decidir se apresentará uma denúncia ao STF. A partir desta decisão, os acusados poderão se tornar réus.
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Irmãos Brazão são suspeitos por assassinato de Marielle
No último domingo, 24, a PF prendeu três suspeitos de envolvimento nos assassinatos de Marielle e Gomes:
- Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Rio de Janeiro (TCE-RJ);
- Chiquinho Brazão, deputado federal pelo Rio de Janeiro — e que acabou expulso do União Brasil depois da prisão; e
- Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil fluminense.
De acordo com a investigação, os irmãos Brazão são suspeitos de serem os mandantes do assassinato. Já Barbosa é investigado por suposta obstrução de justiça.
Nesta quarta-feira, 27, o TCE-RJ, convocou Christiano Lacerda Ghuerren para substituir Brazão na Corte, conforme publicação no Diário Oficial do Estado.
Ghuerren tomou posse como conselheiro substituto em março de 2018 e atua sempre que há a falta de um conselheiro. Domingos. Brazão foi afastado da Corte no dia seguinte às prisões.
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Não é a primeira vez que Brazão é substituído no TCE-RJ. Em 2017, ele foi afastado de suas funções ao ser alvo de uma operação que investigava um suposto esquema de propinas. Depois de deixar a prisão, em 2021, ele seguiu afastado do cargo até 2023.
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