Especulações sobre substituição de Vitor Hugo por Ricardo Barros na liderança do governo na Câmara incomodam alguns governistas. Movimentos são vistos como uma cobiça do Centrão
As especulações envolvendo a substituição do deputado Vitor Hugo (PSL-GO) por Ricardo Barros (PP-PR) na liderança do governo na Câmara geraram desconforto no Executivo. Interlocutores da articulação política associam as notícias vazadas à imprensa a um movimento do Centrão pelo posto.
Os governistas, no entanto, não cogitam uma ofensiva contra o Centrão. Consideram que o próprio presidente Jair Bolsonaro vem dando os sinais necessários para assegurar a permanência de Vitor Hugo, conforme mostrou Oeste. Na quinta-feira, 23, por exemplo, o líder participou da tradicional live.
Em caráter reservado, membros do governo avalia, contudo, que incomoda as especulações. E não negam suas opiniões pessoais sobre uma possível substituição de Vitor Hugo. “Não sei o que a liderança ganharia com isso agora”, pondera um interlocutor na Câmara. “Não seria positiva a ida do Ricardo Barros agora”, analisa outra fonte, do Palácio do Planalto.
Alinhamento
A análise dos governistas ouvidos é que a liderança desempenha um bom trabalho, em alinhamento ao que cobra Bolsonaro. “Não vejo o que o Ricardo tem a agregar no trato sobre a reforma tributária, por exemplo”, avalia outro interlocutor.
Em comum, todos os governistas avaliam que os movimentos do Centrão são os mesmos que sugerem a saída do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello. “A ideia nunca foi ele ser permanente. Por enquanto, ele fica, e fica a contento”, sustenta um dos interlocutores.