Na sexta-feira 19, o Ministério Público Federal pediu à Justiça a prisão preventiva do hacker Walter Delgatti Neto. Ele é acusado de roubar dados de celulares de autoridades, entre elas, o ex-juiz Sergio Moro e integrantes da Lava Jato. O criminoso virtual foi preso pela Polícia Federal em julho de 2019, no âmbito da Operação Spoofing. À época, Delgatti Neto admitiu à PF que entrou nas contas de autoridades e que repassou mensagens ao blog de esquerda The Intercept Brasil. Contudo, o hacker garante não ter alterado o conteúdo tampouco recebido dinheiro. Além de Delgatti, outros hackers foram presos. No entanto, em outubro do ano passado, a Justiça Federal revogou a prisão preventiva dos bandidos e impôs limites à circulação deles.
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No ofício em que pede a revogação das medidas cautelares e a decretação de nova prisão preventiva de Delgatti Neto, a procuradora Melina Castro Montoya Flores argumenta que o hacker “vem descumprindo uma das medidas cautelares, notadamente a proibição de acesso e uso da rede mundial de computadores, a internet”. Segundo a procuradora, no último dia 16, o hacker concedeu uma entrevista a um canal no YouTube sob o argumento de que o acesso à internet foi realizado pelo advogado, a partir do escritório de advocacia. “Tal argumento não pode ser aceito. É um jogo de palavras na tentativa de afastar violação da medida cautelar acima descrita ao afirmar que o réu não está usando o que está usando”.
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