O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou, nesta segunda-feira, 15, a marca de 21 invasões de propriedades no “Abril Vermelho”. Nesse período, o grupo intensifica as atividades ilegais, como forma de protesto às políticas de reforma agrária.
Ao menos dez unidades da Federação já foram alvo de ações do MST em 2024: São Paulo, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Neste domingo, 14, o movimento invadiu pela terceira vez uma área da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Petrolina (PE).
Criada em 1973, a Embrapa é uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Agricultura e Agropecuária. A companhia atua na geração de soluções tecnológicas para a produção de alimentos, fontes de energia e fibras.
Os ataques em Pernambuco ocorreram um dia antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar o programa Terra para Gente, que destina terras “ociosas” para a reforma agrária.
Leia também: “Em protesto contra o governo Lula, 18 universidades federais entram em greve”
Segundo o integrante da direção nacional do movimento, Jaime Amorim, o grupo voltou a invadir a área da Embrapa depois do não cumprimento de um acordo pelo governo federal.
“Essa área tínhamos ocupado no ano passado e saído com o compromisso assinado do governo federal de assentar todas as 1.316 famílias que estavam acampadas”, esclareceu Amorim. “Deixamos a Embrapa com esse compromisso. Foram 17 pontos acertados, e nenhum deles foi cumprido. Agora voltamos para a Embrapa para lutar para que o governo cumpra a pauta firmada ano passado.”
Em nota divulgada pela Embrapa, a empresa “reafirma seu compromisso histórico com a agricultura familiar e com a produção sustentável de alimentos” e que “está aberta ao diálogo, adotando as medidas cabíveis para solucionar a situação”.
Confira outras invasões do MST
Na manhã desta segunda-feira, um dia depois de invadir a Embrapa, integrantes do MST levantaram um acampamento com 400 famílias em um sítio na cidade de Itaberaí, em Goiás. Segundo integrantes no local, o acampamento foi “carinhosamente batizado de Dona Lindú, em homenagem à mãe do presidente Lula”.
Também nesta segunda-feira, cerca de 200 famílias invadiram uma fazenda de 200 hectares na cidade de Campinas (SP). Gerenciada por uma empresa do setor imobiliário, a área foi considerada improdutiva por membros do movimento. “Improdutiva, está tomada por pastagem degradada e há anos não cumpre sua função social”, afirmou o MST.
Leia mais: “Jornalismo suicida”, matéria de Branca Nunes publicada na edição 212 da Revista Oeste
Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro
O que dizem as vítimas
Agora, a quadrilha está se deliciando com a baderna, permitida pelas “otoridades”….