Oeste errou ao publicar a reportagem sobre o aumento de 50% no número de mortes de ianomâmis em 2023, em comparação a 2022.
Em 2023, o número de mortes de ianomâmis saltou para 308, um aumento de quase 50% na comparação com 2022, quando 209 indígenas morreram. O dado mais recente consta de relatório divulgado em 21 de dezembro pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, e inclui dados até novembro.
Já o número relativo a 2022 foi divulgado no início do ano passado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acusou o governo de Jair Bolsonaro de “genocídio” contra os indígenas que vivem na Terra Indígena Ianomâmi, em Roraima, na Região Norte do país.
Nota: o Ministério da Saúde procurou Oeste e relatou que o número atualizado de mortes de ianomâmis em 2022 foi de 343, e não de 209. A pasta informou que os dados ainda estão sujeitos a revisão.
Depois da divulgação de fotografias de indígenas extremamente magros, com desnutrição crônica, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou, em janeiro, à Polícia Federal a instauração de uma investigação de integrantes do governo de Bolsonaro pela suposta prática de crimes como omissão de socorro e genocídio, o extermínio proposital de um povo ou etnia.
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Alguns dias depois, o ministro Luís Roberto Barroso, hoje presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a ampliação da investigação da Polícia Federal. O inquérito tramita sob sigilo.
As mortes de ianomâmis no governo Lula
De acordo com os dados do relatório da Sesai, 162 crianças ianomâmis de zero a quatro anos morreram em 2023. O número corresponde a 52,5% do total de mortes. Já as mortes de bebês de até um ano — 104 — representam um terço do total. As principais causas de morte foram doenças respiratórias (66), causas externas (65), doenças infecciosas e parasitárias (63). O relatório não menciona desnutrição.
Veja os dados do Ministério da Saúde:
Número de mortes de ianomâmis em 2023 foi maior que a média dos últimos 5 anos
O número de mortes de bebês ianomâmis de até um ano no governo Lula foi maior do que a média dos cinco anos anteriores, que inclui o período de pandemia de covid-19. Segundo o órgão do Ministério da Saúde, de 2018 a 2022, 505 crianças de até um ano morreram, o que perfaz uma média de 101 crianças por ano.
Veja os dados divulgados pelo Ministério da Saúde relativos ao período de 2018 a 2022 por faixa etária:
- 0 a 1 ano — 505 óbitos;
- 1 a 4 anos — 178 óbitos;
- 5 a 9 anos — 57 óbitos;
- 10 a 14 anos — 33 óbitos;
- 15 a 19 anos — 72 óbitos;
- 20 a 39 anos — 142 óbitos;
- 40 a 59 anos — 97 óbitos;
- 60 a 79 anos — 150 óbitos; e
- 80 anos ou mais — 51 óbitos.
- Total — 1.285
Em 5 anos, segundo o governo, houve 1.285 mortes de ianomâmis, o que perfaz uma média de 257 mortes por ano, índice menor do que o registrado agora, no governo Lula. O número de mortes em 2023 só não foi maior do que em 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19.
Veja os números divulgados em fevereiro de 2023 pela Sesai:
- 2018 — 236;
- 2019 — 259;
- 2020 — 332;
- 2021 — 249; e
- 2022 — 209.
- Total — 1.285
Oeste perguntou ao Ministério da Saúde as razões do aumento das mortes de ianomâmis neste ano, mas o governo ainda não respondeu ao pedido de entrevista.
Segundo o relatório do Ministério da Saúde, de janeiro a novembro de 2023, o governo federal entregou 30 toneladas de alimentos na região da terra indígena e aplicou 60 mil doses de vacinas do calendário nacional de imunização e contra a covid. Ao lado das doenças respiratórias, os principais atendimentos na região se referem a picadas de cobra e malária.
Desde que o governo Lula decretou emergência sanitária na Terra Indígena Ianomâmi, o acesso ao local está restrito. A região é composta por uma área de 9,6 milhões de hectares no Brasil (e mais 8,2 milhões de hectares na Venezuela), onde vivem 31 mil indígenas, sendo 85% da etnia ianomâmi, segundo a Sesai.
Leia também: Oeste, na Edição 150, publicou uma reportagem na qual tentou elucidar os complexos problemas que atingem a terra ianomâmi. Os assinantes podem acessar o texto “O outro lado do drama ianomâmi” por este link.
Atualização às 18/07 de 10/1/204: o número de mortes no relatório de 2022 leva em consideração o período de janeiro a setembro daquele ano.
Essas mortes são do bem, do amor.
Essas podem.
O jogo para a plateia em relaçao aos Ianomanis terminou em 01/01/2023 quando o mitomano assumiu o planalto. Esse numeros nao interessam ja que nao sao calculados manipulados por ele ou pela corja que apoia o governo e manipula dados segundo seus interesses.
É. Que genocídio. Mas são mortes com Amor.
Agora não é genocídio ?
Lacração mata!