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Indígena Yanomami | Foto: Ricardo Stuckert/Secom
Edição 150

O outro lado do drama ianomâmi

Atuação de ONGs sem fiscalização, falta de condições sanitárias, brigas internas na tribo e contato com garimpeiros estimulados pelo ditador Nicolás Maduro: saiba o que a velha mídia não mostrou sobre o caso

Joice Maffezzolli

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Há duas semanas, o brasileiro tem sido bombardeado com imagens chocantes de indígenas da etnia ianomâmi em estado de desnutrição e penúria. Trata-se de um povo que há décadas vive numa imensa área de floresta na fronteira dos Estados de Roraima e Amazonas com a Venezuela. O governo Lula decretou emergência sanitária e impôs uma série de restrições de acesso, inclusive aéreo, ao local. O petista também fez uso político de um problema antigo para alentar um dos principais fetiches da mídia tradicional: o “genocídio indígena” causado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Depois de a primeira reportagem, com cenas impactantes, ser exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo, dezenas de manchetes monopolizaram jornais e sites sobre um suposto descuido proposital de Bolsonaro com os ianomâmis. Oeste optou por outro caminho: em vez de replicar o conteúdo da Globo, ouviu ex-servidores públicos, representantes de ONGs e lideranças indígenas que conhecem bem a realidade da região. Muitos deles pediram anonimato por medo de represálias, já que o PT chegou ao poder. Uma conclusão é inequívoca: há muitos problemas ocorrendo naquela faixa de terra demarcada. Mas nem todos foram descortinados pela velha mídia.

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