O presidente da República tem um argumento definitivo para desqualificar os seus críticos. Ao dizer que a bancada petista deveria defender mais o seu governo, Lula disse o seguinte:
“Não há nada que a gente não tenha que dar resposta. A gente não tem que levar desaforo para casa porque quem nos critica não vale uma titica de cachorro.”
O nível do debate político no Brasil é impróprio até para os padrões de uma borracharia, que não se suspeitava tão elevados, mas é sempre possível enriquecê-lo.
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Pouco antes de ler o argumento do presidente da República, tomei ciência do lançamento no Brasil do livro Os Diários de Viagem de Albert Einstein: América do Sul, 1925. A passagem do pai da Teoria da Relatividade pelo Brasil foi registrada por ele de maneira um pouco mais lisonjeira do que a forma que utilizou para se referir aos argentinos, “uma gentalha repulsiva”.
Quando estava no Rio de Janeiro, Albert Einstein escreveu: “Por razões acústicas, a comunicação era impossível. Pouco senso científico. Aqui sou uma espécie de elefante branco para eles, e eles são macacos para mim”.
Einstein e o clima quente do Brasil
O determinismo geográfico também levou o físico alemão, de origem judaica, a atribuir ao clima quente a nossa inaptidão para a vida intelectual: “O europeu precisa de um estímulo metabólico mais intenso do que essa atmosfera eternamente mormacenta tem a oferecer. De que valem a beleza e a riqueza naturais nesse contexto? Acho que a vida de um escravo europeu ainda é mais rica e, acima de tudo, menos idílica e nebulosa”, registrou Albert Einstein.
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Eu nunca imaginei que um dia escreveria um artigo que relacionasse Lula a Albert Einstein, mas este dia chegou. Eu e você que critica o governo não valemos “uma titica de cachorro” para o primeiro. Além disso, estamos, para o segundo, no universo mais abrangente de “macacos” indolentes. Está explicado.
Leia também: “Fala mais, presidente”, reportagem de Augusto Nunes e Edilson Salgueiro publicada na Edição 223 da Revista Oeste
=>”Macacos indolentes”<=. Acrescentaria “corruptos e covardes”.
Texto instigante. Fez pensar? Vale estar na Revista. Parabéns ao Mario Sabino.
Típico de tucano, para amenizar os absurdos do lula, vai buscar um texto do Einstein de 100 anos atrás. Tucano sempre fazendo o teatro das tesouras, mantendo o Brasil como Einstein encontrou em 1925.
Este colunista não deveria estar aqui . Ele ajudou a chegar neste estágio que estamos. Lamentável a Revista Oeste dar espaço para esta pessoa que desde o início da pandemia não poupou palavras para criticar e derrubar o antigo governo. Devemos rever o apoio a esta revista.
Darwin também passou pela latrino-america algumas décadas antes. Suas impressões sobre os tupiniquins de todas as cores não foi lisonjeira. Se Eistein e Darwin voltassem hoje, veriam que esse continente não evoluiu. Ao contrário, regrediu em termos científicos, culturais e éticos.