A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), é alvo da segunda Operação da Polícia Federal desde outubro do ano passado.
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Nesta quinta-feira, 25, os agentes da PF cumprem 21 mandados de busca e apreensão e um dos alvos é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin no governo de Jair Bolsonaro.
O objetivo é investigar um suposto esquema de monitoramento indevido de celulares com um software espião. Em outubro do ano passado, a PF já tinha deflagrado a Operação Última Milha, com o mesmo objetivo.
Naquela ocasião, dois servidores foram presos, e Paulo Maurício Fortunato Pinto, número 3 na hierarquia da agência, foi afastado.
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A Abin também foi investigada pela CPMI do 8 de Janeiro, depois que o ex-diretor-adjunto da agência Saulo Moura da Cunha admitiu ter alterado relatório sobre as manifestações a pedido do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, homem de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O que faz a Abin
Criada em 1999, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o objetivo da agência é fornecer dados e análises ao presidente da República e seus ministros em temas como terrorismo e defesa de conhecimentos sensíveis.
No site da Abin, consta que a agência “é responsável por produzir conhecimentos que são repassados à Presidência da República para subsidiar a tomada de decisões” e, entre suas tarefas, a assessoria em questões de interesse do Estado e da sociedade em ameaças internas e externas.
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Atualmente, o diretor-geral da Abin é o delegado da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa, indicado por Lula e aprovado pelo Senado depois de sabatina na Comissão de Relações Exteriores, em maio de 2023.
O controle das atividades de inteligência da Abin cabe ao Congresso Nacional por meio da chamada Comissão de Controle de Atividade de Inteligência (CCAI).