O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski decidiu não conceder ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acesso às mensagens obtidas na Operação Spoofing. A ação mirou um grupo que teria hackeado celulares de autoridades, incluindo procuradores da força-tarefa da Lava Jato e o ex-ministro Sergio Moro.
Depois que o ministro determinou o compartilhamento do material com a defesa do ex-presidente Lula (PT), a entidade entrou com um pedido na tentativa de conseguir a extensão do benefício. O argumento foi que o acesso às conversas permitiria apurar possíveis violações de prerrogativas de advogados.
Leia mais: “Bolsonaro afirma que vai pedir e divulgar mensagens vazadas da Lava Jato”
Em despacho na segunda-feira 15, o ministro também negou um pedido idêntico feito pelo deputado federal Rui Costa (PT-SP). O parlamentar queria acesso ao material para que a Câmara dos Deputados pudesse “fiscalizar a conduta dos integrantes da Lava Jato”.
Antes disso, Lewandowski já havia rejeitado solicitações semelhantes apresentadas pelas defesas do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores João Vaccari Neto e do ex-governador do Rio Sérgio Cabral.
A decisão do ministro que ordenou o compartilhamento das conversas com Lula foi confirmada pela Segunda Turma do STF na semana passada.
Com informações do Estadão Conteúdo