Ex-governador é investigado em esquema de fraudes em licitações
Mais uma vez, Luiz Fernando Pezão se vê envolvido em ação policial. Desta vez, o ex-governador do Rio de Janeiro se tornou alvo da Operação Cerco. Deflagrada hoje pelo Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a ação investiga o sucessor do presidiário Sergio Cabral no comando do Executivo fluminense.
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A Operação Cerco cumpriu quatro mandados de prisão temporária. O ex-governador, contudo, não entrou para essa lista. Primeiramente, a casa dele foi alvo de mandado de busca e apreensão — o que ocorreu em outros 25 endereços. Além disso, Pezão e os demais investigados tiveram seus bens e contas bloqueados por determinação da Justiça.
Batizada de Cerco, a mais nova ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro surge como desdobramento da Operação La Casa de Papel, conforme ressalta a própria corporação em seu site. Juntas, as duas iniciativas apuram “fraudes em pregões eletrônicos realizados para aquisição de resmas de papel para diversos órgãos do Estado [fluminense] em 2016″. Na ocasião, Pezão era o governador. Até o momento, a defesa do político não comentou a investigação, segundo registra a Agência Brasil.
“Fraudes em pregões eletrônicos realizados para aquisição de resmas de papel”
De acordo com a investigação, Pezão pode fazer parte do grupo responsável por um suposto rombo quase que milionário aos cofres públicos do Rio de Janeiro. Segundo os responsáveis pela operação, fraude foi constatada pela Controladoria Geral do Estado (CGE). O órgão revelou movimentação financeira no valor de R$ 925 mil. Valor que foi repassado por empresas a um dos investigados.
RJ em manchetes policiais
Com a Operação Cerco, políticos fazem com que o Rio de Janeiro figure pelo segundo dia consecutivo nas manchetes policiais em veículos de comunicação de todo o país. Ontem, conforme Oeste registrou, documentos revelados mostram a relação do atual governador, Wilson Witzel, com organização criminosa.
Ex-governador e ex-detento
O “mais uma vez” que abre este texto se sustenta pelo histórico de investigações que atingem Pezão. Em novembro de 2018, ainda então detentor do posto de governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão foi preso em meio à deflagração de fase da Operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal.
Pezão, contudo, ficou pouco mais de um ano detido. Em dezembro de 2019, ele teve a sua soltura decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STF). Dessa forma, trocou a prisão por medidas cautelares. Desde então, ele tem de usar tornozeleira eletrônica, ficar à disposição da Justiça e não pode deixar o Rio de Janeiro sem a devida autorização judicial.