O Projeto de Lei (PL) 2858/22, que prevĂȘ a anistia aos presos pelos atos de vandalismo que ocorreram em BrasĂlia, em 8 de janeiro de 2023, deve estar na pauta da ComissĂŁo de Constituição e Justiça (CCJ) da CĂąmara entre setembro de outubro deste ano.
Em 8 de janeiro de 2022, manifestantes invadiram as sedes dos TrĂȘs Poderes e depredaram as instalaçÔes. Eles nĂŁo concordavam com a eleição e posse do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva.
+ Leia mais sobre PolĂtica em Oeste
Em virtude das eleiçÔes municipais, a Cùmara estå trabalhando em modo de esforço concentrado apenas em algumas semanas. Sendo assim, a próxima serå entre 9 e 13 de setembro. Depois, apenas em outubro.
“O relator estĂĄ ansioso, ele queria que fosse pautado para essa semana, mas eu falei que nĂŁo, pois essa semana tivemos a pauta de hoje”, disse a presidente do colegiado, deputada Carol de Toni (PL-SC), a jornalistas. “Seria uma pauta excessiva e vamos, na medida do possĂvel, oportunamente, acredito que na semana de esforço concentrado, ou em outubro, vamos pautar.”
“Acredito que vai ser antes das eleiçÔes”, continuou Carol. “Se der, em setembro. Se nĂŁo, a gente deixa para outubro.” O relator do texto, deputado Rodolfo Valares (UniĂŁo Brasil-SE), disse jĂĄ ter o parecer pronto, mas ainda nĂŁo divulgou.
O PL que anistia presos pelo 8 de janeiro
A proposta prevĂȘ que “ficam anistiados manifestantes, caminhoneiros, empresĂĄrios e todos os que tenham participado de manifestaçÔes nas rodovias nacionais, em frente a unidades militares ou em qualquer lugar do territĂłrio nacional”.
Conforme o texto inicial, a anistia alcança ainda o “financiamento, a organização e o apoio de qualquer natureza, alĂ©m das falas, comentĂĄrios ou publicaçÔes em redes sociais, ou em qualquer plataforma na rede mundial de computadores”.
O texto, porĂ©m, nĂŁo inclui os crimes contra a vida, contra a integridade corporal, de sequestro e de cĂĄrcere privado. Conforme Valadares, a anistia tambĂ©m nĂŁo vai alcançar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que se tornou inelegĂvel em 2022.
Leia também: Vou buscar diålogo com esquerda, direita, centro e o STF, diz relator do PL da Anistia