A pré-campanha para a Presidência do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) gerou uma dívida para o Podemos, partido que o então pré-candidato abandonou por desavenças com a cúpula da sigla. O partido fechou um acordo de R$ 3,8 milhões para quitar os débitos.
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De acordo com o jornal O Globo, no último sábado, 9, a Justiça de São Paulo homologou um acordo fechado pelo Podemos com a empresa D7 Produções Cinematográficas, do marqueteiro Pablo Nobel, para pagar uma dívida de R$ 2,6 milhões.
Dias antes, em 7 de dezembro, a sigla fechou outro acordo com a empresa “2022 Comunicação Spe Ltda.”, no valor de R$ 1,1 milhão. Nobel criou a companhia para ajudar Moro na disputa pela Presidência, que acabou não ocorrendo.
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A empresa cobrou R$ 8 milhões na Justiça, mas aceitou um valor inferior para acabar com a pendência judicial. Somando as duas empresas, o Podemos terá de pagar R$ 3,78 milhões com comunicação.
Mais problemas para Moro
O Ministério Público Federal (MPF) defendeu, nesta quinta-feira, 14, que seja acolhida parcialmente a ação eleitoral que pede a cassação do mandato de Moro por abuso de poder econômico durante a pré-campanha em 2022.
A ação, proposta pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), acusa Moro de um desequilíbrio eleitoral nas eleições para senador, em outubro do ano passado.
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Os requerentes argumentam que essa irregularidade teria acontecido desde o lançamento da sua pré-candidatura à Presidência da República, no fim de 2021, que foi descartada posteriormente.
Defesa e acusação divergem sobre gastos na pré-campanha
A acusação também alega que Moro teria realizado gastos superiores ao teto permitido no período eleitoral para a campanha ao Senado, que seria de R$ 4,4 milhões. Os gastos somam com o valor da pré-campanha para presidente.
Segundo o PL, a somatória dos gastos do Podemos e do União Brasil com o candidato chega a pelo menos R$ 7,6 milhões. Já o PT aponta cerca de R$ 4,8 milhões. A defesa de Moro calcula R$ 141 mil gastos com a pré-campanha.
Leia o artigo escrito por Rodrigo Constantino “O homem cordial” sobre Sergio Moro, publicado na Edição 195 da Revista Oeste