A Comissão de Educação do Senado ouviu um grupo de prefeitos nesta terça-feira, 5, em apuração sobre o caso de suposto tráfico de influência e irregularidades no Ministério da Educação (MEC), na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. Três deles confirmaram versões sobre pagamentos para liberação de recursos, por meio de intermediários. Outros dois negaram.
No depoimento realizado de forma remota, três prefeitos afirmaram ter recebido de dois pastores evangélicos pedidos de propina para facilitar a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Gilberto Braga, de Luís Domingues (MA), Kelton Pinheiro, de Bonfinópolis (GO), e José Manoel de Souza, de Boa Esperança do Sul (SP), sinalizaram que o trâmite funcionou desta forma em negociações com o MEC.
Um deles, Gilberto Braga (PSDB), relatou ter ouvido do pastor Arilton Moura o pedido de R$ 15 mil para liberação de demandas. O prefeito de Luís Domingues (MA) ainda afirmou que ouviu a cobrança de 1 quilo de ouro assim que seus interesses fossem atendidos.
Dos cinco, outros dois prefeitos asseguraram não ter recebido pedido de propina. Seus municípios receberam recursos para obras de creches e escolas, e eles apenas admitiram ter tido contato com os pastores acusados de tráfico de influência. São eles Calvet Filho, de Rosário (MA), e Hélder Aragão, Anajatuba (MA).
Durante a sessão, o presidente da comissão, senador Marcelo Castro (MDB-PI), apontou inconsistências, como discrepâncias de valores, nos depoimentos dos prefeitos que receberam recursos. Já os senadores Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Zenaide Maia (Pros-RN) expressaram dúvidas em relação à lisura do processo de encaminhamento da liberação de recursos.
Depois da participação de prefeitos, a Comissão de Educação vai ouvir dois pastores citados no suposto esquema. Os depoimentos de Arilton Moura e Gilmar Santos estão marcados para quinta-feira. Ainda existe a expectativa de que Milton Ribeiro também preste esclarecimentos. As denúncias de irregularidades no MEC levaram à queda do ministro d Educação no último dia 28 de março.
Que se apure as denúncias. Agora, não venham apenas com narrativas, que não vai colar. Essa estória de recomendar que dois pastores evangélicos que não fazem parte do governo, para que sirvam de intermediários na liberação de verbas do MEC, é uma denúncia tenebrosa. Enfim, que se investiguem. Se encontrar algum prefeito que não faça parte de partidos da base do governo e que vier com denúncia sem provas, deverá responder legalmente por isso, é o que acho.
Estamos a mais de 3 anos e a oposição, a gazela principalmente não conseguiram provar nada de errado,,estão tentando…