A prefeitura de São Paulo enviou nesta terça-feira, 22, um ofício ao Ministério da Saúde em que pede que a Pasta torne obrigatória a exigência do “passaporte da vacina” contra a covid-19 para todos os estrangeiros que ingressarem no Brasil.
A gestão municipal teme a entrada de pessoas não vacinadas e o aumento da contaminação, principalmente durante as festas de final de ano e no começo de 2022, com a previsão de realização do Carnaval na cidade.
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Para o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, com o recrudescimento da pandemia nos países estrangeiros, a preocupação de uma nova onda de covid-19 nas cidades brasileiras aumenta.
“Aqui na capital, estamos adotando todas as possibilidades para combater as novas variantes e temos certeza que o ministro Marcelo Queiroga já estuda o pedido”, disse Aparecido, em nota.
O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que “os critérios para a entrada de estrangeiros ou brasileiros vindos do exterior ao país são elaborados de forma integrada e interministerial, visando sempre a segurança e o bem-estar da população brasileira”.
De acordo com a pasta, as orientações atuais para a entrada no país estão na portaria 658/2021, que exige, por exemplo, a apresentação de documento comprobatório, no momento do embarque, de resultado negativo ou não detectável para a covid-19.
Rio de Janeiro
Na semana passada, o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, afirmou ter pedido ao Ministério da Saúde que avalie a possibilidade de exigir passaporte vacinal de pessoas que cheguem ao Brasil vindas de outros países.
“A gente já cobrou do Ministério da Saúde que avalie a solicitação de passaporte vacinal de pessoas de outros países para o Brasil. O ministério está apreciando essa situação”, afirmou, em audiência pública na Câmara Municipal do Rio na sexta-feira 19.
Na ocasião, Soranz disse acreditar que no Carnaval 70% dos adultos já estarão vacinados com a terceira dose. “Há segurança sanitária sim para a realização do Carnaval e do Réveillon. Qualquer alteração neste cenário, a gente vai ser os primeiros a notificar a população e a, de fato, mudas as medias restritivas”.
Segundo ele, a prefeitura do Rio de Janeiro seguirá monitorando os índices locais da pandemia, assim como os tipos de vírus circulando na cidade, através de um “sistema de vigilância bastante apurado”.
“Qualquer sinal de que o vírus ultrapassou a barreira vacinal ou de que há risco para a sociedade, a gente vai intervir e aumentar as medidas restritivas novamente. Neste momento não há nenhuma evidência científica que demonstre que o vírus vai superar a barreira vacinal”, afirmou.
O problema dos turistas no carnaval não se resume na questão de sua imunidade; para que não representassem risco ambulante de contaminação precisariam ser colocados em isolamento por 14 dias: o problema não é estarem doentes e sim sua condição de transportadores do virus. No esfrega esfrega carnavalesco, … Não devemos nos esquecer do estrago proporcionado pelo carnaval de 2020, quando ainda o mundo não pensava em epidemia.