Roberto Campos Neto tenta diluir a resistência dos senadores contra a proposta que flexibiliza a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a regra de ouro
![O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2020/04/Roberto-Campos-Neto-1024x683.jpg)
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi escalado para articular com o Congresso a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do orçamento de guerra. O projeto cria um regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações, flexibilizando para a União a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a regra de ouro.
Como forma de tentar diluir as resistências do Senado, Campos Neto deve manter diálogo direto com os parlamentares. O pedido para que o presidente do BC entre no circuito da articulação política partiu do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
“Ele [Campos Neto] será capaz de tirar muitas dúvidas colocadas por diversos senadores. Creio que com isso seja possível construir um entendimento”, disse Bezerra.
Defendida pela equipe econômica com o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que votou os dois turnos da PEC no mesmo dia, vários parlamentares resistem no Senado ao que consideram um “cheque em branco” ao governo federal durante a pandemia do novo coronavírus.
A proposta foi questionada por uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Em ofício enviado à presidente da Comissão de Constituição do Senado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), a Corte questiona a necessidade de se votar emendas em período de pandemia.