O presidente nacional do partido Solidariedade, Eurípedes Gomes Macedo Júnior, se entregou à Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília no fim da manhã deste sábado, 15. Suspeito de comandar um esquema milionário de desvios de recursos dos fundos eleitoral e partidário, ele chegou a ser considerado foragido pela Justiça brasileira — e seu nome passou a constar na lista da Interpol.
O dirigente se tornou alvo da PF na última quarta-feira, 12. Na ocasião, a corporação deflagrou a Operação Fundo do Poço. De acordo com as investigações, Macedo Júnior seria protagonista de esquema que seria responsável pelo desvio de R$ 36 milhões.
Com mandado de prisão em aberto, o presidente do Solidariedade passou a ter o status de foragido. “Líder de organização criminosa” foi a forma que a PF o definiu.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Ainda de acordo com as informações, parentes de Macedo Júnior teriam se beneficiado diretamente dos desvios de dinheiro público. Conforme a denúncia, a mulher, a mãe, a cunhada, um primo, filhos e sobrinhos do presidente do Solidariedade viajaram ao exterior partir de recursos desviados dos fundos. O roteiro internacional passou por países como, por exemplo Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, França, Itália, México e República Dominicana.
De comandante do Pros a presidente do Solidariedade
Antes de ser o presidente nacional do Solidariedade, Eurípedes Gomes Macedo Júnior foi o principal dirigente do Pros. Em 2022, depois de batalha judicial para ter o controle da antiga legenda, ele foi responsável por chancelar o apoio do nanico partido à candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
No ano passado, o Solidariedade incorporou o Pros. Em nota, os advogados do dirigente partidário, José Eduardo Cardozo e Fabio Tofic Simanthob, afirmam que vão atuar para que ele seja libertado.
“Os advogados que integram a sua defesa afirmam que o Sr. Eurípedes Gomes de Macedo Júnior demonstrará perante a Justiça não só a insubsistência dos motivos que propiciaram a sua prisão preventiva”, afirmam, em trecho do comunicado. “Mas ainda a sua total inocência em face dos fatos que estão sendo apurados nos autos do inquérito policial em que foi determinada a sua prisão preventiva.”
Este é mais um marginal. Cadeia merecida.
Lugar de ladrão é na cadeia.