Baixa coleta de assinaturas, atritos internos e investigações autorizadas pelo STF contra membros do Aliança pelo Brasil travam a criação do partido. E Roberto Jefferson está ciente disso

Não é à toa que o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, tenta atrair bolsonaristas. O petebista mantém contatos com deputados federais ligados ao Aliança pelo Brasil e escuta de alguns deles o sentimento de que o “Aliança morreu”. Oeste procurou alguns integrantes da legenda em criação e ouviu o mesmo.
É prematuro afirmar com todas as letras e palavras que “o Aliança não sairá do papel”. Afinal, é aguardado um dia de manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro em 19 de julho. Nessa data, deputados federais e voluntários vão coletar assinaturas pelo Aliança durante os atos.
O que bolsonaristas explicam a Oeste, contudo, é que o clima interno não é nada bom. “Ninguém tem falado nada. Não paramos de trabalhar e tentar coletar assinaturas, mas está meio que sem pai e nem mãe”, explica um deputado ligado ao Aliança. O clima piorou ainda mais depois das investigações que apuram o financiamento de manifestações.
Os mandados de busca e apreensão contra o publicitário Sérgio Lima e o empresário Luís Felipe Belmonte geraram respostas da tesoureira do Aliança, Karina Kufa. Ela chegou a citar, em entrevista à CNN, que envolvidos em financiamentos de atos antidemocráticos seriam expulsos.
Constrangimento
A declaração gerou um amplo constrangimento que poderia ser superável se o projeto caminhasse melhor. “Mas não está. Quando não tinha problemas com o STF [Supremo Tribunal Federal], a gente sentia que dava para trabalhar, que tinha alguém trabalhando em prol do Aliança. Hoje, não sinto mais”, lamenta outro deputado.
As dificuldades em se obter assinaturas são outra entrave. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que o Aliança apresentou mais de 80 mil assinaturas, mas 15.595 foram aprovadas até 2 de julho. Para criar, são necessárias 492 mil rubricas. O insucesso, na visão de bolsonaristas, recai sobre Kufa e o secretário-geral, Admar Gonzaga. Entre deputados, há uma sensação de que os dois, vistos como os principais encabeçadores, prometeram muito e entregaram pouco.
Concordo plenamente com seu comentário. Se temos o cartório eleitoral na cidade seria tão simples liberar o cadastramento nele (a maioria com biometria)
. Afinal são pagos com recursos públicos. Nem parece que estamos na era digital.
A carroça do TSE só piora!! NÃO MODERNIZA E IMPEDE QUALQUER MUDANÇA NO SISTEMA ARCAICO DE COLETA DE ASSINATURAS. Tem um banco de dados com ASSINATURAS e DIGITAIS dos eleitores, mas DIFICULTA a integração do sistema pra APROVAR as mesmas assinaturas. Surreal!!
Karina Kufa indicou Aras pra PGR. Se não ajuda, atrapalha!