Em meio às tentativas de intimidação do relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), e do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou em seu depoimento nesta quinta-feira, 6, que se recusa a emitir “juízo de valor” sobre as opiniões do presidente Jair Bolsonaro a respeito do uso da cloroquina no tratamento da covid-19.
Ao ser indagado se concordava com a defesa feita por Bolsonaro do uso do medicamento, Queiroga respondeu: “Não tenho que fazer juízo de valor sobre as opiniões do presidente da República. Estou aqui na condição de testemunha. O senhor está pedindo para eu fazer um juízo de valor”. Segundo o ministro, “esta é uma questão de natureza técnica”. “Tem que ser enfrentada de forma técnica. Não em relação à opinião pessoal de qualquer cidadão brasileiro.”
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Queiroga afirmou ainda que “existem duas correntes” na medicina em relação à utilização da cloroquina. “Uma corrente é contrária ao uso desse medicamento, e outra corrente defende o tratamento precoce [contra a covid-19]”, explicou. “O ministro da Saúde é a última instância a opinar sobre o tema.”
O ministro da Saúde negou que tenha sofrido pressões para referendar o uso da cloroquina. “Na minha gestão, não houve qualquer tipo de pressão de quem quer que seja para a manutenção de qualquer fármaco em indicação de processo terapêutico”, disse Queiroga.
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Percebe-se concretamente a ignorância e a presunção dos integrantes da CPI, com algumas exceções, como sempre! Acham que a ciência tem sempre que ter a última palavra, mas não é assim. Como em todas as áreas do conhecimento humano, a ciência médica também é objeto de divergência! O casal Curie, por exemplo, foi insultado por cientistas e leigos, que contestavam suas descobertas sobre radiações atômicas, e tantos outros pesquisadores que tiveram seus estudos desacreditados e que hoje nos beneficiam. Houve época na História em que se recomendavam sangrias para combater doenças e também excrementos para curar lesões! Agora, por motivos meramente eleitoreiros, somos obrigados a tolerar as afirmações de bobalhões e oportunistas, lamentavelmente pagos pelos cidadãos contribuintes, e que deveriam se envergonhar da imagem que projetam para o país, ao pretenderem opinar sobre um vírus que era desconhecido! Ninguém merece!!!
Percebe-se que a turma do governo não é muito inteligente nas perguntas e nem nas respostas. Com os outros dois ministros fiaram em branco muitas questões.
Dr. Antoniel, o sr está coberto de razão, se o mundo tivesse deixado o tratamento das pessoas a cargo dos médicos, tenho a impressão que a pandemia estaria pelo menos sob controle. Quando virou questão ideológica e midiática a gente sabe o resultado.A percepção que muitos setores tiveram que poderiam monetizar a pandemia destrambelhou o resto.Cooptaram políticos em prol de vacinas como única solução,equipamentos de proteção individual ridículos e toda gama de maluquices em nome da Ciência. O futuro vai nos colocar diante da nossa estupidez na condução da pandemia.
Olhem só: Renan e AZIZ pressionam e induzem Ministro da Saúde na responder o que eles querem que seja respondido. Se deram mal. As afirmações do Ministro foram muito serenas e com embasamento puramente técnico.
Renan, Aziz, drácula e DPVAT. Turminha desqualificada e medíocre, tal qual a corja da velha imprensa que lá está para desinformar.
Exatamente. A pandemia virou fonte de riqueza e palco político para muitos. E o povo paga a conta.
Muito bom seu comentário tem meu total apoio
Como médico posso afirmar que na medicina raramente há consenso ou unanimidade em algum tratamento. Existem, é claro. Na COVID é a mesma coisa. Fato é que politizaram o tratamento da COVID quando estas questões de usar medicamento A ou B, tratamento precoce ou não, deveriam estar sendo debatidas de forma científica pelos médicos e não políticos. Jornalista ou político afirmarem que não há evidências dos benefícios do tratamento precoce só demonstram que não leram as dezenas de trabalhos científicos que amparam esta conduta. Ou estão apenas na militância política. Deixem-nos trabalhar em paz ! Vão disputar com o presidente na seara política, no voto. Tratamento desta ou daquela doença é matéria técnica e o paciente tem a autonomia de aceitar ou não o tratamento proposto.
Excelente!