Para não terem suas receitas comprometidas por causa da reforma tributária, seis Estados das regiões Sul e Sudeste assinaram uma carta que pode representar um efeito negativo ao projeto que está prestes de ser aprovada pelo Congresso.
O documento, assinado pelos secretários da Fazenda do Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul anunciou que os Estados vão aumentar imediatamente a alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 19,5%.
A decisão dos Estados de elevar a alíquota do chamado ICMS modal (imposto estadual que incide sobre a maior parte dos produtos e serviços comercializados em cada unidade da Federação) pode atrapalhar a análise final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, que deve ser votada pela Câmara até o final de novembro.
Aumento do ICMS modal
No ano passado, os seis Estados arrecadaram R$ 507,9 bilhões com o ICMS. A carta divulgada pelo site de notícias Poder360 não afirma de forma explícita o aumento da alíquota para 19,5%, mas esse percentual será proposto pelos governadores às Assembleias Legislativas de cada Estado.
A aprovação é tida como certa, já que os deputados estaduais serão a favor de manter as receitas locais em um nível que não seja prejudicado nos próximos anos devido à reforma tributária.
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Reforma tributária reduz autonomia dos Estados
No documento, os secretários de Fazenda dos Estados afirmam que a reforma tributária reduz “significativamente a autonomia tributária dos Estados e municípios”.
A carta também destaca que a substituição pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) está “induzindo os Estados a um movimento generalizado de elevação das atuais alíquotas modais” do ICMS.
Os Estados argumentam que os efeitos da transição “se farão sentir até 2078”.
“A arrecadação dos Estados com o ICMS nos próximos 5 anos condicionará as suas receitas tributárias nos 50 anos subsequentes”, diz um trecho do comunicado.
A arrecadação com o tempo irá diminuir! Essa é a lógica da reforma capenga.
Por que não cortam despesas gerais, nos entes federativos?
É empreguismo de ponta a ponta, com gente contratada e paga com o dinheiro público e a serviço de políticos!
São privilégios com aluguéis de carros, jetons, auxílios, motoristas particulares e mais uma infinidade de futilidades desnecessárias que não podem ser custeadas com os impostos pagos pelo cidadão!
Essa alíquota proposta de 19,5% é um assalto, um roubo aos pagadores de impostos. É evidente que o consumo irá cair, só um desavisado não percebe isso!
Até agora, de acordo com o impostômetro da ACIESP, entraram no caixa do governo federal a bagatela de 2,7 trilhões de reais! É ou não dinheiro suficiente para as despesas dos entes federados? Se se jogar pelo ralo, claro que nã dará, mas se fizer com austeridade e competência sobrará sim!