Uma realidade análoga à escravidão, a qual a maioria dos brasileiros desconhece, resumiu o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, Marcio Bittar (União Brasil-AC), sobre a vida na Reserva Chico Mendes, no coração do Estado que representa.
Na semana passada, o relator participou de uma comitiva com senadores em Epitaciolândia (AC), entre eles, Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da CPI, Jaime Bagattoli (PL-RO), vice-presidente da comissão, e Styvenson Valentim (Podemos-RN), membro do colegiado.
De acordo com Bittar, os moradores da reserva vivem com as mãos amarradas, em virtude das ONGs que atuam na região e atrapalham o desenvolvimento local. Conforme Bittar, precisa-se pedir permissão para tudo, até mesmo cortar uma árvore ou ter acesso à luz elétrica. O órgão que tem o poder ali é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), subordinado à ministra Marina Silva.
“As pessoas se sentem enganadas, perseguidas, escravas, tuteladas e sem esperança”, afirmou Bittar, ao mencionar que Valentim chorou ao ouvir depoimentos de nativos. “O que encontramos lá foi pobreza e miséria. Precisam do Estado para tudo.”
CPI das ONGs denuncia expulsão de produtores
Ainda segundo Bittar, há alguns anos, quando o país decidiu criar unidades de conservação gigantescas, nem todas as pessoas onde essas demarcações ocorreriam estavam cientes das mudanças. Dessa forma, produtores que viviam há 50 anos em um território se tornaram invasores do dia para a noite. “Essas famílias entraram para a ilegalidade”, constatou o parlamentar. “Mas nunca foram intrusos.”
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É impressionante como não sabemos o que se passa nestes estados amazônicos.
Se eu fosse deputado ou senador, principalmente destes estados menores, teria percorrido todos os lugares antes de me eleger, ouvindo as queixas dos eleitores atuando para resolvê-las.
Querem matar à míngua os agricultores?