O senador Marcos Rogério (DEM-RO) defendeu a indicação de André Mendonça para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para o vice-líder do governo no Congresso, a indicação de um ministro “terrivelmente evangélico” se deve a um compromisso político do presidente da República e a religião não pode ser um entrave para o Senado aprovar o nome de Mendonça.
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“Rejeitá-lo em razão desse aspecto, além de um erro histórico, é de um preconceito inimaginável para um país do porte e características como o Brasil”.
Desde a saída do ex-decano da Corte, Marco Aurélio Mello, o STF está desfalcado. Em julho deste ano, o presidente Jair Bolsonaro fez a indicação de Mendonça, que já comandou a Advocacia Geral da União e também foi ministro da Justiça. A sabatina, porém, só foi marcada agora.
Embate religioso na sabatina
Rebatendo críticas sobre a demora de mais de quatro meses para marcar a sabatina, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), escolheu a senadora evangélica Eliziane Gama (Cidadania-MA) para ser a relatora responsável pela indicação do nome do ex-ministro. A parlamentar terá de apresentar o seu relatório no dia da sabatina na CCJ.
Alcolumbre chegou a dizer que foi alvo de ataques em seu Estado e foi acusado de atrasar a sabatina pelo fato de ser judeu.
Eliziane esfriou os ânimos no âmbito de um possível “embate religioso”. Em suas redes sociais a senadora disse que é um prestígio à bancada feminina e também aos evangélicos ter sido escolhida: “Nós estamos em um estado laico em que as liberdades de religião devem ser respeitadas e o que importa nesse momento é o currículo e a capacidade técnica do indicado.”
A sabatina de André Mendonça está na pauta da CCJ de amanhã. Se for aprovado, Mendonça ainda precisa da maioria absoluta dos votos dos senadores.