O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), homenageou a deputada federal Amália Barros (PL-MT), nesta segunda-feira, 13. A parlamentar morreu na madrugada do domingo 12 no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, aos 39 anos.
Ela estava internada desde 1º de maio para fazer uma cirurgia para a retirada de um nódulo no pâncreas. A parlamentar chegou a realizar a remoção do nódulo. Entretanto, teve complicações depois da cirurgia e precisou passar por uma série de intervenções médicas.
Pacheco classificou Amália como uma “figura notável da política brasileira” e disse que ela tinha uma “trajetória marcada pela superação, coragem e dedicação às causas que defendia. Em especial, a da visibilidade e inclusão”
O presidente do Senado relembrou ainda um pouco da trajetória da deputada, que aos 20 anos perdeu a visão do olho esquerdo após uma infecção por toxoplasmose. Ela precisou remover o olho em 2016, após 15 cirurgias, e passou a usar um globo ocular.
“Sentimos muito a partida prematura da deputada Amália barroso, nossa colega parlamentar, que deixa um grande vazio na política brasileira, mas que deixa também um legado de superação e de luta pela inclusão, fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa”, disse o senador. Por fim, Pacheco pediu um minuto de silêncio em memória da parlamentar.
Muito próxima a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Amália era vice-presidente nacional do PL Mulher. A parlamentar era casada com o produtor rural Thiago Boava, em um relacionamento de 13 anos. O casal não tinha filhos.
A primeira cirurgia foi realizada em Amália na quinta-feira 2, para a retirada do tumor. Em seguida, teve “melhora expressiva” no sábado 4, depois de uma segunda cirurgia. Na terça-feira 7, Amália Barros passou por uma terceira intervenção, para a drenagem das vias biliares, com o intuito de eliminar o excesso de líquido biliar no fígado.
Na quinta-feira 9, a deputada foi submetida a um “procedimento adicional de radiointervenção”, descrito como menos invasivo, embora detalhes específicos sobre esse procedimento não tenham sido divulgados.
Amália Barros foi sepultada nesta segunda-feira, em São Paulo
Familiares, políticos e amigos se reuniram nesta segunda-feira, 13, para dar o último adeus à deputada. Ela havia sido velada durante a tarde de domingo 12, e foi enterrada no fim desta manhã no Cemitério Municipal da Saudade, em Mogi Mirim, São Paulo.
Michelle Bolsonaro participou da cerimônia. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-ministro da Secom Fabio Wajngarten também estiveram presentes. Representaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está internado desde 4 de maio com quadro de erisipela e obstrução intestinal.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também foi ao enterro prestar sua solidariedade. No último domingo, 12, Lira fez uma publicação em homenagem à Amália Barros e decretou luto de 1 dia por sua morte.
Outro colega de casa que participou da cerimônia foi o presidente da Comissão de Educação, Nikolas Ferreira (PL-MG). “Ainda não parece ser verdade”, escreveu o parlamentar em sua rede social. “Que falta você fará para todos, Amália. Que o Senhor console a vida de sua família. Foi-se uma guerreira.”
O líder do PL na Casa Baixa, Altineu Côrtes (RJ), o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RS) e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), também viajaram a São Paulo para a despedida. Entre os demais presentes estiveram o deputado estadual Gil Diniz (PL-SP) e a vereadora Sonaira Fernandes (PL-SP).
