O Supremo Tribunal Federal (STF) e o canal de humor Porta dos Fundos lançaram uma campanha conjunta para conscientizar a população sobre os direitos das mulheres. A ação, que começou a ser divulgada no último fim de semana, foi alvo de críticas nas redes sociais.
A peça aborda uma decisão do STF de 2021 que declarou inconstitucional a tese da “legítima defesa da honra” como justificativa para agressões e homicídios contra mulheres. Em tom irônico, afirma-se “como é difícil ser homem”.
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No vídeo intitulado “Recadinho”, a atriz Bella Camero, acompanhada de um fantoche, utiliza uma linguagem propositadamente infantil para advertir os homens sobre crimes contra suas companheiras.
Bella lê uma carta fictícia assinada por “um macho lindo de 36 anos”, apresentado como Marcão Bolado. No texto, o personagem afirma que sua namorada o traiu. Diante do ocorrido, ele pretende “fazer algo muito mau com ela” em defesa de sua honra.
A atriz responde que “machos lindos” podem ficar bravos e até chorar. No entanto, a tese da defesa da honra “não vale mais para fazer bobagem”. Bella diz que, se fizerem algo errado com suas parceiras, “vão ficar de castigo”.
O STF afirma que a iniciativa com o Porta dos Fundos não envolveu o pagamento de cachês nem qualquer tipo de movimentação financeira. Segundo o presidente da Corte, o ministro Luís Roberto Barroso, as pautas abordadas nos vídeos “já estão mudando a vida de muitas mulheres”.
“E é importante comunicar esses entendimentos assim, de maneira ilustrativa e popular”, disse Barroso. “Estamos certos de que esse conteúdo vai levar muita gente a refletir sobre a importância de proteger as mulheres da violência física, processual e outras formas de abuso.”
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Internautas criticaram o vídeo. O jornalista e sociólogo Thiago Cortês, por exemplo, sugeriu que o STF elaborasse “um videozinho falando de filhos de políticos que agridem mulheres”. Ele se referiu a Luis Cláudio Lula da Silva, filho do presidente Lula.
STF ratificou a decisão sobre o tema em 2023
Em março de 2021, a Suprema Corte formou maioria e declarou inconstitucional a tese da “legítima defesa da honra”. Em agosto de 2023, o STF, por unanimidade, ratificou definitivamente a decisão sobre o tema. O argumento era utilizado para justificar agressões ou assassinatos contra mulheres em casos de adultério por parte da vítima.
putz… alguém envia este vídeo para o filho do pinguço.. pode ser útil…