O governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse na manhã desta terça-feira, 15, que “está claro” que a Enel, empresa de distribuição de energia que atende a Grande São Paulo, deveria “sair do Brasil”.
A fala de Tarcísio foi em decorrência dos vários apagões que atingem a região desde a última sexta-feira, 11. O político defendeu, ainda, a abertura de um processo para suspender a concessão da empresa.
Leia mais notícias de Política na Oeste
“Nos últimos tempos, tem-se discutido a possibilidade de prorrogação desse contrato, quando deveríamos estar estruturando uma nova licitação, uma nova concessão. Essa empresa não tem condições de prestar o serviço. Onde ela esteve no Brasil, ela fracassou”, disse.
A declaração de Tarcísio ocorreu na companhia do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição na capital e é alvo de vários ataques do concorrente Guilherme Boulos (Psol) exatamente em razão da falta de energia elétrica.
Tarcísio e Nunes estavam na sede da Rota, grupo especial da Polícia Militar, que comemora aniversário de fundação. O governador disse que a abertura do processo de suspensão serviria para fazer a empresa corrigir os erros ou evitar a renovação da concessão atual.
“O processo de caducidade [extinção] é contratual. Está lá, está na lei”, disse. “O que eu defendo é a abertura do processo de caducidade, que está previsto na lei por reiterados descumprimentos contratuais. Teria que ser aberto”.
Tarcísio agenda reunião com prefeito e TCU
Tarcísio afirmou que, “com o processo de caducidade na cabeça, começa a trabalhar. Se ela não trabalhar, nós vamos ter a extinção do contrato, fazer uma nova licitação e colocar uma nova empresa”.
Leia mais: “Apagão em São Paulo: Ricardo Nunes aciona Justiça contra a Enel”
O governador marcou uma reunião com Nunes, prefeitos de outras cidades afetadas pela crise e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, para esta terça, 15, no Palácio dos Bandeirantes. O objetivo é tratar do tema.
Veja também: “Pressionada, Enel busca técnicos no exterior”
Tarcísio disse que o TCU, como órgão de controle, tem poder de ação no caso, uma vez que o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) “falharam”.
Dá-lhe Tarcisio…!