Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras, deve aos cofres da União cerca de R$ 2 bilhões, em função dos desvios provocados pelos esquemas de corrupção na estatal.
O Tribunal de Contas da União (TCU) já publicou três editais tentando reaver o dinheiro desviado pelo ex-diretor.
A última ocorreu no mês passado. Duque foi citado pelo tribunal para apresentar alegações finais de defesa ou recolher aos cofres públicos R$ 550 milhões.
Em junho do ano passado, o TCU cobrou outros R$ 975 milhões do ex-diretor, débitos referentes aos prejuízos nas refinarias Premium I e II. Elas começaram a ser construídas, mas as obras foram canceladas em 2015, gerando um prejuízo de quase R$ 3 bilhões aos cofres públicos.
Já em dezembro de 2022, o TCU pediu que o ex-diretor devolvesse quase R$ 500 milhões referentes às licitações da Petrobras destinadas à ampliação do Centro de Pesquisas da Petrobras, e a construção do Centro Integrado de Processamento de Dados. O tribunal concluiu que o ex-diretor se omitiu no seu dever de agir para impedir a ação criminosa contra as licitações da petrolífera. A construção dos centros foi feita mediante pagamento de propina.
Duque foi condenado a mais de 60 anos de cadeia por corrupção na Operação Lava-Jato. Ele foi nomeado por Lula em 2003 e só deixou o cargo em 2015, durante o governo Dilma Rousseff.
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