Ao emplacar um aliado na chefia da Casa no ano que vem, o presidente quer facilitar a aprovação de iniciativas do governo federal

Foto: EVARISTO SÁ/GETTY IMAGES
Os movimentos de Jair Bolsonaro no tabuleiro da política indicam que ele está decidido a formar uma base de sustentação no Congresso Nacional. Para isso, vai negociar cargos do segundo escalão do governo com parlamentares de vários partidos.
Uma vez adquirido o apoio necessário, a peça a ser derrubada é o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que vem impondo entraves ao poder Executivo. Esse cargo é chave para o Palácio do Planalto ver os seus planos se concretizarem.
Como parte da estratégia, Bolsonaro quer emplacar um aliado na chefia da Casa. Entre os nomes está o do deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP). Esse partido, ademais, já abriga temporariamente o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, informa o jornal O Estado de S. Paulo.
Noticiado por Oeste, Arthur Lira (PP-AL), o “Sombra”, também pleiteia o cargo e se cacifa como um dos nomes fortes do Centrão. Todavia, é réu em processo por corrupção passiva. Logo, não seria uma opção palatável para o presidente Jair Bolsonaro.
Perfil

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Marcos Pereira, 48 anos, é natural de Linhares, no Espírito Santo. Formou-se em Direito pela Universidade Paulista e é pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.
Por integrar a chamada “bancada evangélica”, uma das avalistas do governo Bolsonaro, Pereira é um dos nomes do Planalto para o comando da Câmara no ano que vem.
* empancadas
Todos que acompanhamos política somos testemunhas do esforço imenso esforço realizado pelo presidente Bolsonaro de tentar fugir da “velha política”. Resultado: reformas essenciais espancadas, boicote sistemático às ações do governo e, por último, ameaça real de impeachment (sem crime de responsabilidade. A estratégia agora deve ceder no que for possível, mas sem vender (ou pelo menos entregar) a mãe.
Com nó na garganta, pragmatismo nesse momento, é uma solução, pq se depender da consciência de quem dá sustentação ao “Primeiro Ministro dos Ratos”, a economia e o governo serão destruidos, e a certeza da corrupção é a finalidade.
Perfeito. Só depender da consciência dos parlamentares não dá, infelizmente.