Durante a votação que tratou da regulamentação do mercado de carbono no Brasil, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) discutiram no plenário.
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Contrário ao projeto, o parlamentar gaúcho teve o seu microfone cortado e chegou a chamar Lira de tirano em meio à discussão.
O bate-boca começou quando, ao apresentar os pontos negativos do projeto de lei, van Hattem aproveitou para sair em defesa do Sargento Gonçalves (PL-RN), que havia chamado atenção para algo de errado na sessão.
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Lira o interrompeu e disse que Gonçalves, que está em seu primeiro mandato, terá tempo suficiente para aprender sobre como funcionam os trabalhos da Câmara. Em seguida, Hattem retrucou:
“O Sargento Gonçalves, mesmo sendo iniciante, respeita melhor o regimento interno do que quem deveria conduzir a sessão, fazendo com que esse regimento fosse cumprido”.
O deputado do Novo continuou dizendo todas às vezes que se apresenta uma questão de ordem, a Câmara decide “a contrario sensu”. “Estamos absolutamente prejudicados na discussão desse projeto, assim como estamos nos demais projetos apresentados aqui”, protestou van Hattem.
Lira o interrompeu e avisou que o deputado do Novo não poderia, na discussão da proposição, desviar-se da questão em debate. Van Hattem, por sua vez, afirmou que o presidente da Câmara não poderia interromper um parlamentar daquela forma autoritária.
“Vossa excelência acha que pode tudo, inclusive, constranger e ameaçar deputados com essa tirania”.
Foi aí que ele teve seu microfone cortado, sendo obrigado a descer da tribuna para dar lugar à deputada Júlia Zanatta (PL-SC).
Não aceito tirania nem covardia de quem quer que seja! pic.twitter.com/FIEhvKtJnd
— Marcel van Hattem (@marcelvanhattem) December 22, 2023
Texto aprovado
Ao final, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta que regulamenta o mercado de carbono (PL 2148/15). O texto cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece tetos para emissões e um mercado de venda de títulos.
O texto faz parte da pauta verde, aprovada neste ano, que inclui a exploração de energia eólica no mar (PL 11247/18) e a produção de hidrogênio verde (PL 2308/23).
Uma das condições de mudar o andar da carruagem é haver uma coalizão forte Sul/Sudeste/Centro Oeste visando distribuir melhor os recursos investidos no país (recursos aqui como investimentos, impostos pagos pelo povo etc) e ter maior presença na Câmara e no Senado. Outra opção e para a mim seria o melhor dos mundos é que o Brasil a exemplo da Europa que cada estado fosse um país independente. Estaríamos livres de Brasília, de Lira, do STF, do Quaqua (lembram) e de outros atores nefastos.
O Lira é um daqueles políticos q pensa q o nordeste é uma capitania hereditária pertencente a ele. É a representação pura do pior do Brasil no comando da câmara. Um cara q se move única e exclusivamente por interesses e para benefício próprio e dos seus. O brasileiro em geral vota muito mal. No entanto nos demais estados os ruins são expurgados mais rapidamente da vida pública. Já no nordeste eles se perpetuam como políticos por vários anos. Seus acordos intranordeste os fazem poderosos controlando casas e comissões do congresso nacional. Vejam os nomes; Lira, Alcolumbre, Renan, Humberto Costa, Randolfe, etc…o Brasil nunca vai sair da situação q está com gente desse naipe no comando político.
Sem contar que o Nordeste tem uma montoeira de micros Estados os quais acabam por aumentar a representatividade deles no Congresso. Nós nunca sairemos desta com este modelo atual.