Os vereadores de São Paulo aprovaram, nesta quarta-feira, 17, o projeto de lei que viabiliza a privatização da Sabesp. O placar foi de 36 votos favoráveis e 18 contrários.
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O texto ainda precisa passar por uma segunda votação em plenário, que deve ocorrer depois de 27 de abril.
O texto aprovado contém mudanças na lei municipal para permitir que a capital mantenha o contrato de fornecimento com a estatal, mesmo depois da venda.
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A votação foi marcada por provocações entre os parlamentares. Nas galerias, alguns militantes vaiaram os vereadores que são favoráveis ao projeto.
O presidente da Câmara, Milton Leite (União), pediu silêncio aos manifestantes. Ele ameaçou acionar a Guarda Civil Municipal (GCM) para retirar os militantes do local.
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Mesmo com a aprovação, vereadores do PT e do Psol informaram que entraram com uma ação na Justiça para anular a votação.
Esquerda promoveu baderna em audiência pública sobre a votação da Sabesp
Mais cedo, durante a audiência pública sobre o projeto de privatização da Sabesp, militantes de esquerda invadiram o plenário da Câmara e causaram tumulto. Um homem foi detido por agentes da GCM.
A sessão começou por volta das 11h. Em meio aos “protestos”, um militante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) avançou contra os vereadores e bateu no balcão.
Diante do ocorrido, um dos parlamentares acionou os guardas da GCM, que retiraram o homem do MTST do plenário da Casa. Ele teve de ser mobilizado no local. Posteriormente, foi encaminhado para o 8º Distrito Policial, que fica localizado no bairro do Brás.
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