Parte da bancada do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) na Câmara de Vereadores de São Paulo ameaça deixar a legenda caso partido opte por não apoiar reeleição do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), para o cargo.
Membros importantes do partido cogitam lançar um candidato próprio para prefeitura do município no ano que vem.
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O vereador Fabio Riva, líder do governo na Câmara, fala abertamente que já avisou o partido que sua condição para permanecer é o apoio a Nunes.
Caso isso não se concretize, Riva avalia migrar para o próprio MDB.
Outros parlamentares estão conversando com o PP, com o Podemos, com o Republicamos, do governador Tarcísio de Freitas e com o PSD, de Gilberto Kassab, atual secretário estadual de governo.
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João Jorge, líder tucano na Casa, afirmou que todos os oito vereadores do PSDB já declararam apoio a Nunes. No entanto, Jorge esclarece que, por ora, não considera sair do partido.
O PSDB e o PT dividem posto de maior partido da Câmara. Cada um conta com oito vereadores.
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É provável que os vereadores permaneçam no PSDB ao menos até março do ano que vem, quando abre o prazo da janela partidária.
Isso permite aos parlamentares trocar de partido sem perder o mandato.
Crise no PSDB
O PSDB vive um momento de crise interna.
Em 17 de setembro, o diretório municipal realizou uma eleição que reconduziu à presidência do PSDB na cidade de São Paulo o professor e administrador Fernando Alfredo.
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Fernando era ligado ao ex-prefeito Bruno Covas, que faleceu em decorrência de um câncer em 2021.
O diretório estadual não reconheceu o ato, mas também não indicou uma direção provisória.
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A situação é similar à que ocorre na direção nacional. A Justiça do Distrito Federal anulou a manutenção de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, na presidência do partido.
O PSDB tem 30 dias para realizar novas eleições.
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Qu bagunça. De partidão virou um saco de gatos.