Volta a circular vídeo que mostra crianças cantando música pró-Palestina em assentamento do MST

Um vídeo que mostra crianças cantando uma música pró-Palestina em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) voltou a circular nas redes sociais na manhã desta sexta-feira, 24.

Conforme a apuração de Oeste, o registro foi feito em 3 de novembro de 2023, durante a “Oficina Regional de Artes das Crianças Sem Terrinha”. O evento foi realizado no assentamento Dênis Gonçalves, na Zona da Mata de Minas Gerais.

🚨URGENTE – Crianças são flagradas em campo de doutrinação do MST cantando música a favor da Palestina

“Viva o povo palestino, viva a resistência popular” diziam as crianças. pic.twitter.com/waI9pr1ZHZ

— SPACE LIBERDADE  (@NewsLiberdade) May 24, 2024

Ao longo do vídeo, é possível visualizar militantes do grupo invasor instruindo as crianças a cantarem e marcharem. A cantiga, que tem sido entoada em alguns dos encontros do MST, é composta dos seguintes versos:

“Viva o povo Palestino!
Viva a resistência popular!
O canto sagrado alimenta a utopia.
Do fogo desta guerra, vai nascer um dia.
E a Palestina livre vencerá!“

Nas publicações em seus canais oficiais, o “movimento social” afirma que, na ocasião, as crianças, chamadas de “Sem Terrinhas”, vivenciaram os “processos organizativos do MST, de forma lúdica, através de brincadeiras, dinâmicas e experiências de contato com a sonoridade”. Os posts, no entanto, não citam a canção pró-Palestina.

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As justificativas do MST

Em release publicado no site oficial do movimento, os organizadores alegam que a Oficina de Artes do grupo invasor visa a “pensar em processos formativos que compreendem o ser desde a infância, é possibilitar que as crianças cresçam em contato com a arte, com a música, e com os instrumentos”.

Além disso, o MST afirma que “todo o processo de elaboração da atividade foi construído de forma coletiva com as crianças e jovens”. Eles estavam acompanhados de adultos e supostamente assumiram a organização do evento e realizaram tarefas que incluem a coordenação do dia, comunicação, mobilização, cozinha e infraestrutura.

Segundo o grupo invasor, o objetivo da divisão é mostrar a “metodologia organizativa do movimento”, em que cada pessoa assume uma tarefa nos setores, “exercitando, assim, mais um princípio organizativo do MST: a divisão de tarefas e o trabalho coletivo”.

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