Na noite da quarta-feira 3, o YouTube tirou do ar dois canais do site Terça Livre. A plataforma justificou a medida alegando que houve violação reiterada dos termos de serviço do site. “Todos os conteúdos precisam seguir as diretrizes da comunidade”, informou a empresa, em nota obtida pelo empresário Paulo Figueiredo, colaborador do veículo censurado. Ainda segundo a companhia de mídia, ela “se reserva o direito de restringir a criação de conteúdo de acordo com os próprios critérios”.
Italo Lorenzon, um dos fundadores do Terça Livre, lamentou o ocorrido no Instagram: “Talvez essa seja a maior porrada que a gente já tomou em termos de censura. Não podemos dizer que estamos surpresos com o que aconteceu”. Lorenzon garante, porém, que as atividades multimídia continuarão em outros meios. Comandado pelo jornalista Allan dos Santos, o Terça Livre chegou a ter 1,1 milhão de seguidores no YouTube.
O Sleeping Giants Brasil comemorou no Twitter o ocorrido: “O Terça Livre foi banido do YouTube. Depois de mais de 100 empresas bloquearem os seus anúncios após a nossa denúncia, o canal principal e o reserva foram banidos! Essa é mais uma vitória de todos vocês. Eles nos obrigaram a sair do anonimato e acharam que iam nos calar! O nosso trabalho continuou e tudo isso foi possível graças aos mais de 2000 doadores em nossa campanha”.
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Eles nos obrigaram a sair do anonimato e acharam que iam nos calar! O nosso trabalho continuou e tudo isso foi possível graças aos mais de 2000 doadores em nossa campanha do @catarse!
São os últimos para você deixar o seu apoio!👉🏽https://t.co/bWXMT0qXRrpic.twitter.com/XNFirYCjzC
— Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) February 4, 2021
URGENTE! O @Youtube @YouTubeCreators acaba de excluir definitivamente o Canal do Terça Livre com a seguinte justificativa!
SEGUE O EMAIL ORIGINAL. pic.twitter.com/LvoC67c1OL
— Paulo Figueiredo Filho (@realpfigueiredo) February 4, 2021
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Agora, como estas plataformas tornaram-se “editores”, elas devem ser responsabilizadas por qualquer sandice que qualquer um divulgue lá.
Quero ver eles darem conta de todos os processos.
Essa Big Techs progressistas, globalistas e autoritárias precisam ser freiadas pela sociedade que preza a liberdade de opinião.
Essas plataformas precisam ser enquadradas em uma nova política. Se eu abro uma loja eu não posso determinar quem pode entrar e comprar, ou posso ?
O Terça Livre, com certeza terá que migrar para outra plataforma, o problema é o seguinte: como e quando saberemos qual a plataforma eles irão migrar? Eu sei que eles dispuseram um link para que permitissem essa comunicação. Mas até quando?
A turma do Terça Livre sabe que o YouTube não é um ambiente democrático. Podem muito bem ocupar espaço no Rumble ou no Dailymotion, por exemplo. Mas eles continuam por lá apenas para provocar esse tipo de reação. A censura acaba sendo mais positiva a eles do que a audiência do conteúdo em si. Se realmente quisessem enfrentar a tirania do cartel do Silício já teriam buscado alternativas.
Não é bem assim… 1,1 milhão de seguidores é um ativo e tanto. É claro que o banimento já era uma tragédia anunciada, mas migrar tanta gente para outra plataforma não é moleza não.
Bastava postar também nessas plataformas e colocá-las sempre como alternativas.
Ditadura escancarada,em último grau.
Já cancelei Facebook, Twitter e Instagram. Tô vendo que o YouTube vai ser o próximo a rodar. Pau que dá em Chico dá em Francisco. Será que eles não aprendem que quem manda é o cliente? Censura a uma plataforma é inútil na medida em que abre portas para mais e mais plataformas alternativas. Quero ver censurarem o Telegram, para onde migrei e no qual encontro todas as informações que me é vedado acessar nas plataformas acima.