Correu o Brasil o vídeo de uma militante do PT, descontrolada e aos gritos, atacando dentro de um ônibus urbano na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, uma cidadã que não havia feito nada de mal para ela, nem para nenhuma outra pessoa — mas que trabalha nas lojas Havan e, como é hábito entre os seus funcionários, estava usando a camiseta da empresa. Para o PT, hoje em dia, isso é proibido — usar uma camiseta da Havan, acham eles, é um dos piores horrores que alguém pode cometer neste país. A militante, num surto de ira agressiva, despejou um caminhão de insultos em cima da moça e, muito pior ainda, deu-lhe um tapa na cara. Fazer isso é crime previsto no Código Penal Brasileiro, mas é exatamente aí que Lula e o PT colocaram a si próprios na presente campanha eleitoral: no submundo que fica fora da lei. De tanto pregarem a violência em sua ação política, de forma grosseira e muitas vezes explícita, Lula e os devotos de sua candidatura entraram na criminalidade. A agressão contra a funcionária da Havan não é, como diz o partido, fruto de uma atitude individual, que nada tem a ver com Lula. Tem tudo a ver — é o resultado direto do que ele está fazendo em cima do palanque.
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Que democracia é essa? O PT, por acaso, pode proibir alguém de trabalhar nas lojas Havan — que foram transformadas, hoje, em símbolo do bolsonarismo e da “direita”? Pode atacar, como inimigas da sociedade, as pessoas que estão usando camisetas com as cores brasileiras? O verde-amarelo não é mais permitido? O ministro Barroso, que se refere ao presidente da República como “inimigo”, teria dado alguma licença para a militância petista sair por aí agredindo as pessoas que usam o uniforme da Havan? Pois é assim, exatamente, que devem ser vistas as coisas no Brasil de hoje. As ofensas e a agressão física contra quem não obedece às ordens de Lula e do seu estado-maior são o pão de cada dia no mundo do PT; não tivemos, nesse caso, um acidente isolado. O PT é isso. E é isso que os seus dirigentes querem para a sociedade brasileira — cale a boca, ou vamos bater em você. E ainda tem mais; ouça bem o que estamos lhe dizendo. Vamos controlar os meios de comunicação, para punir os que discordarem de nós. Vamos invadir fazendas, destruir propriedades rurais e roubar o que existe lá dentro: o “presidente Lula” já disse que o MST vai ser uma força dentro do nosso governo. Vamos quebrar vidraças e atacar lojas, como fazemos em todas as nossas manifestações de rua. Etc. etc. etc.
Como quem cometeu a agressão foi o PT, ninguém diz uma sílaba
Imaginem, por um instante, o terremoto final que teria arrasado o Brasil se tivesse acontecido o contrário: se um militante bolsonarista tivesse agredido um companheiro com a camisa vermelha de Lula-PT. O ministro Alexandre de Moraes abriria na hora mais um inquérito para combater “atos antidemocráticos”. O Jornal Nacional levaria ao ar uma edição extra completa. O senador do Amapá que vive na porta do STF iria pedir, com sucesso, que o presidente Bolsonaro explicasse “em três dias” o que aconteceu. O PT e a maior parte da mídia exigiriam a cassação imediata da chapa de Bolsonaro nas eleições presidenciais, mesmo que ela ainda não exista. Os empresários com “sensibilidade social”, as classes intelectuais e os artistas de novela chamariam a ONU. Como quem cometeu a agressão foi o PT, ninguém diz uma sílaba — a não ser para publicar, apesar das provas em vídeo e áudio, manchetes do tipo: “Havan acusa mulher de agredir sua funcionária”. Ninguém “acusa” ninguém: a vítima foi agredida. É um fato.
É assim que ficou o Brasil. A nova ordem, sustentada por nossas instâncias judiciais supremas, estabelece que o seu adversário “de direita” é o responsável por tudo aquilo que você tem de pior; deve ser acusado de todos os crimes que você comete. O “discurso do ódio” é a mais hipócrita dessas falsificações. Desde seu primeiro dia, o governo vem sendo acusado de praticar o “discurso do ódio”; teria montado, até mesmo, um “gabinete do ódio”, com a função de odiar as pessoas. Recentemente, num momento especialmente cômico, cronistas esportivos que militam no PT culparam Bolsonaro por brigas numa torcida organizada de futebol em São Paulo; a violência, aí, seria resultado direto do “ambiente de ódio” criado por ele no país. E antes de Bolsonaro ser presidente — as torcidas se matavam por quê? O “jornalismo investigativo” chegou, inclusive, a fazer esforços para investigar, descobrir e denunciar a “política de ódio” do governo; quando conseguirem, o autor provavelmente ganhará algum “prêmio nacional de reportagem”, entre os tantos que existem por aí. Essa é a teoria. Na vida real, o que se tem é o ônibus de Jundiaí.
O que se pode esperar, na verdade, quando jornalistas que se apresentam como “de esquerda” escrevem nos jornais, com todas as letras: “Eu quero que ‘o Bolsonaro’ morra”? Não é um ambiente de amor que vai sair disso, não é mesmo? A única coisa que se pode esperar é esse ódio patológico que a mídia, a oposição e as mentes equilibradas-liberais-modernas-etc. criaram contra o presidente da República ao longo dos últimos quatro anos — um ódio que Lula aproveita e excita em sua campanha eleitoral. É simples. Algum tempo atrás, um vereador do PT e um bando de arruaceiros em camiseta vermelha invadiram uma igreja em Curitiba, interromperam uma missa e, aos berros, fizeram uma “denúncia contra o racismo”. Lula deu apoio imediato ao agressor; ficou contra a sua expulsão do partido, ou qualquer punição com um mínimo de seriedade. De que lado, então, está o candidato: do amor ou do ódio? É difícil esperar paz de alguém que só fala em guerra.
Militantes de esquerda invadem igreja em Curitiba no momento em que fiéis católicos aguardavam o início da missa. Um vereador do PT participou da ação. Eles dizem que protestavam contra o racismo. Na verdade o que move a turba é ódio ao cristianismo mesmo. pic.twitter.com/gnlnzZ7fNn
— Paulo Eduardo Martins (@PauloMartins10) February 7, 2022
A sociedade que Lula e o PT querem para o Brasil é cada vez mais nazista. Esqueçam o esquerdismo: Lula prega abertamente a violência, é incapaz de aceitar a existência de pontos de vista diferentes dos seus, não vê adversários políticos, mas inimigos a serem destruídos. Não é mais permitido, como se vê, nem o uso das camisetas da Havan. Isso não é ter “uma visão diferente” do Brasil, e nem representar “os trabalhadores”, como acha o ex-governador Alckmin, que hoje tenta se reinventar no papel de Getúlio Vargas — é nazismo. Os políticos “civilizados”, os encantados com o socialismo estilo Magazine Luíza e todos os que se horrorizam com os repentes do presidente da República talvez devessem pensar um pouco melhor no que estão fazendo quando acham que Lula vai salvar o Brasil. Vai, isto sim, construir um país parecido com ele e com a militante de Jundiaí.
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