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Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Edição 119

Mídia adversativa

Ninguém nega a existência dos problemas graves. Mas ocultar as melhorias e acrescentar um alerta desnecessário, isso não é fazer jornalismo, e sim campanha política

Rodrigo Constantino

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O desemprego no trimestre até maio recuou para 9,8%, o menor índice em sete anos, e abaixo da expectativa dos especialistas. Apesar da pandemia, da reação insana de governadores e prefeitos, com aval supremo, e agora da guerra russa, o Brasil segue criando vagas de trabalho. Mas eis como a imprensa dá a boa notícia: “Emprego surpreende em maio, mas dúvidas persistem”. Já virou até piada nas redes sociais: é a imprensa do “mas”.

Essas manchetes adversativas expõem a incansável militância de nossos principais veículos de comunicação, que se tornaram partidos de oposição ao atual governo. O que importa não é mais dar a notícia importante da forma mais imparcial possível, e sim criar narrativas e atacar Bolsonaro. Tudo aquilo que é positivo vem seguido de um alerta de “especialistas”, de um lado negativo. O copo está sempre meio vazio. Nunca antes na história deste país se viu um esforço conjunto tão impressionante da mídia para derrubar um presidente eleito.

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