Na última segunda-feira, 27, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o pior momento da inflação havia passado. No dia seguinte, os números do Caged (banco de dados do Ministério do Trabalho) mostraram recorde de criação de empregos com carteira assinada. São novas notícias positivas para a economia do país, uma realidade muito diferente das retratadas nas manchetes da velha imprensa.
Há dois anos, quando os lockdowns e outras medidas restritivas estavam a pleno vapor, a mídia mainstream começou um contorcionismo linguístico para tentar distorcer informações favoráveis ao governo Jair Bolsonaro. O verbo “despiora”, usado pela Folha de S.Paulo, virou piada. Mas o jornal gostou tanto que passou a repeti-lo, numa clara linha editorial que proíbe associar qualquer informação boa ao presidente. A moda pegou nas redações. Analistas passaram a anunciar uma hecatombe econômica para este ano, com recessão similar aos mais tenebrosos anos da gestão Dilma Rousseff. Pior: com a economia em ruínas, o número de desempregados superaria o da era petista.
Aconteceu exatamente o contrário. Mesmo num cenário de inflação global pelos efeitos da pandemia e de uma guerra em curso há quatro meses na Europa, os jornalistas, “infelizmente”, tiveram de repassar notícias boas.
A primeira delas foi a revisão do Produto Interno Bruto (PIB). Como disse Campos Neto nesta semana, durante evento em Portugal, o Brasil é um raro caso no mundo em que “as revisões estão sendo feitas para cima”. A última estimativa indica crescimento da economia de pelo menos 1,7% até o fim do ano — alguns bancos de investimento falam em 2%. O prognóstico de melhora vai na contramão do rebaixamento que o Banco Mundial estima para o PIB global — recuou de 4,1% para 2,9%.
“A guerra na Ucrânia, os lockdowns na China e as interrupções na cadeia de suprimentos prejudicam o crescimento”, disse nesta semana David Malpass, presidente do Banco Mundial. “Para muitos países, a recessão será difícil de evitar”
O desempenho brasileiro no exterior destoa do cenário global. “Em 2021, o Brasil atingiu uma corrente comercial de US$ 500 bilhões”, afirma Marcos Troyjo, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o “Banco dos Brics” — referência a cinco países emergentes: Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. Ele foi secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia no início do governo Bolsonaro.
“As exportações chegaram a US$ 280 bilhões”, conta Troyjo. “O superávit, num cenário de guerra comercial, foi de US$ 61 bilhões. Isso vai crescer mais neste ano, pela performance dos cinco primeiros meses. Mostra que, além do cenário interno, temos vocação para crescer no exterior.”
Emprego
Outro dado que deixou os articulistas em parafuso foi a queda no desemprego, um triste espólio do final da era petista. O volume de carteiras assinadas chegou a 280 mil em maio, num total de 42 milhões de vínculos formais de emprego. O mercado de trabalho venceu a covid.
A Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), permite uma análise mais apurada. Pela primeira vez em seis anos, o índice de desempregados ficou abaixo de dois dígitos (9,8%).
O arranque foi puxado pelo setor de serviços, justamente o mais sacrificado durante a pandemia. Um dos exemplos citados pelo próprio instituto foi a reabertura dos salões de beleza e dos transportes. A média salarial mensal do brasileiro foi de R$ 1,9 mil.
“Torcedores do caos se decepcionam: todos os índices de atividade econômica e de mercado de trabalho surpreendem positivamente”, diz Alan Ghani, economista-chefe do SaraInvest e professor do Insper. “De previsão negativa no início do ano, o PIB poderá crescer mais do que 2% em 2022.”
Também em maio, o Banco Central informou que as contas públicas estão em ordem. O superávit primário consolidado — União, Estados, municípios e estatais — chegou a R$ 40 bilhões em abril. Ou seja, a arrecadação com impostos foi maior do que as despesas.
Mais uma despiorada pic.twitter.com/TtuIDAm4NG
— Paulo Eduardo Martins (@PauloMartins10) June 30, 2022
Vilão do planeta
O fiasco das profecias caóticas forçou a oposição a Jair Bolsonaro — dentro e fora das redações — a buscar outro discurso. No ano eleitoral, a munição encontrada foi culpá-lo pela inflação, atualmente em 12%, e pelo preço dos combustíveis e do gás de cozinha.
A inflação, de fato, é um problema — mas um problema global. Números alarmantes têm sido registrados nos Estados Unidos, na Europa e na América Latina inteira. Na Turquia, bateu em 73%. A vizinha Argentina é um retrato do drama: a inflação bateu 60%, o que tem promovido cenas de remarcação de preços em gôndolas de supermercados de Buenos Aires semelhantes às registradas durante o governo José Sarney. O peso argentino segue em desvalorização acelerada, e os comerciantes oferecem descontos para pagamentos em dólar ou real.
“Somos a oitava economia do mundo. Vamos crescer 2% neste ano. Somos um dos cinco principais destinos de investimento direto. Temos a maior corrente comercial da história” (Marcos Troyjo)
A inflação dos alimentos abriu caminho para o consórcio da imprensa trocar o rótulo de presidente genocida por um de tirano que espalha fome. Imagens de pessoas em situação de miséria passaram a ser estampadas na primeira página de jornais e portais na internet. Bolsonaro reagiu lembrando o discurso da própria mídia e seus aliados políticos: “Fique em casa, a economia a gente vê depois”. Não foi o bastante.
A situação é semelhante com os combustíveis, uma commodity em alta mundial. Imagens com valores nas alturas de bombas de gasolina e diesel passaram a ser usadas ao lado de cobranças ao governo. Bolsonaro respondeu que, ao contrário de outras petroleiras pelo mundo, a Petrobras não reduziu sua margem de lucro e derrubou os presidentes da estatal em série. O consórcio de mídia adorou e publicou uma avalanche de manchetes que fizeram lembrar o petrolão — quando os cofres da empresa foram pilhados nos governos Lula e Dilma.
Bolsonaro mais uma vez respondeu. Mandou um pacote de medidas ao Congresso para tentar amenizar o impacto da inflação na renda da população pobre e segurar o preço dos combustíveis. A primeira cartada foi fixar em 17% a cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis, o imposto de energia elétrica, combustíveis e transporte coletivo. Com isso, “dividiu a conta” com os governadores, que saíram da pandemia com os cofres cheios.
A segunda e mais ousada foi o envio de uma emenda à Constituição que amplia o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 até o fim do ano, inclui mais 1,6 milhão de famílias no programa e dobra o vale-gás — R$ 120 por bimestre. Os caminhoneiros autônomos passam a receber um voucher de R$ 1.000 para abastecimento. Para não incorrer em crime eleitoral, já que a legislação proíbe a criação de benefícios neste ano, foi decretado estado de emergência no país. Desde o anúncio da elaboração do texto, o consórcio da imprensa decretou que o presidente cometeu crime eleitoral.
O fato é que nunca se torceu tanto contra o Brasil nas páginas dos jornais. E ninguém imaginava que a recuperação econômica pós-pandemia fosse tão rápida. O Brasil “despiorou” mesmo.
Leia também “A economia desmente os pessimistas”
Parabéns e obrigado, Sílvio Navarro. Acho que diversos países gostariam de ter um governo como o nosso. Visão social, planejamento, ação, resultados. Contra fatos não adiantam narrativas.
O Brasil segue despiorando
Grande Silvio Navarro! 👏👏👏👏 Ótimo artigo.
O pior do Brasil são os Pseudosbrasileiros.
O Presidente Bolsonaro é um homem guiado por Deus. O bem vencerá o mal.
Grande Silvio Navarro, parabéns pela excelente contribuição aos leitores da nossa estimada OESTE e compartilhei seu artigo como um dos 2 que posso fazê-lo enquanto assinante.
É fato que NUNCA foi tão fácil escolher a respeito da manutenção do PR BOLSONARO nas próximas eleições, e com ele também uma base no congresso PATRIOTA, honesta e que tenha no melhor para o BRASIL e não para os partidos, suas principais metas enquanto integrante daquele legislativo.
Que Deus nos abençoe a todos e que confirmemos 22 e apaguemos qualquer rastro de esquerda que tenha passado pelo nosso país.
Obrigado.
Obrigado José Mário! Abração
Um grupo de pesquisadores, dos quais participo, acreditamos que a decolagem do Brasil para a Liderança ao Primeiro Mundo inicia a partir do mês de julho/22. Os efeitos dos marcos legais que inserem o Brasil no Capitalismo 4.0, como o do saneamento, do bem, do câmbio, da cabotagem, dos portos, dos aeroportos, os ferroviários e tantos outros nestes três últimos anos e a atração do capital internacional para investimento, considerando que a insegurança jurídica está precificada pelo valor do câmbio. As poupanças internacionais que caminhavam para a Rússia e China mudaram a rota para o Brasil. O crescimento subterrâneo do PIB através das Startups, o crescimento do e-comécio e a capacidade empreendedora do povo brasileiro indicam com fundamento econômico que o PIB brasileiro de 2022 será entre 5% a 8% neste bendito ano de 2022. Aos não atualizados na Nova Teoria do Crescimento Econômico Sustentável e Inovação, ela informa que uma Startaps com Inovação Disruptiva pode tirar um país da base da pirâmide do PIPMundial e eleva-la para o TOP.
Parabéns Silvio. Como dizem por aí: “dá-lhe pau” (na velha imprensa, para ser cordato)
Obrigado, Cláudio!
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes estão de parabéns, agora, temos que fazer o trabalho de formiguinha para que a esquerda não volte.
O problema do “consórcio de LIXOS de IMPREN$A” é a abstinência de dinheiro público! Por isso que torcem e agem em prol da eleição do LULADRÃO!
E continuará despiorando!
#LulaNuncaMais
#LulaCanalha
#LulaLadrao
#LulaLadraoSeuLugarENaPrisao
#LulaEoPTDestruiramOBrasil
#PTFazAliancaAteComSatanas
#PTNuncaMais
Parabéns, Sílvio amigo, e obrigado pelo brilhante artigo, repleto de informações precisas.
Desde o extremo Sul do Rio Grande, envio um grato e fraternal abraço.
Obrigado Lino! Abraço
Enquanto o Brasil despiora a imprensa desmonora
E o NOVO , imitando o PSOL, Rede e PT, recorre ao STF para reverter a votacao no Congresso que aprovou o “Pacote Brasil”
PAULO GUEDES MAIS UMA VEZ ACERTANDO DECLAROU A VARIOS MESES QUE NOSSA ECONOMIA IA CRESCER E A DO MUNDO IA CAIR ISSO EM RESPOSTA UMA PEVISSÃO NEGATIVA DO FMI COM RELAÇÃO AO BRASIL QUE IRIA TER UM CRESCIMENTO MUITO BAIXO.
Silvio faz excelente tradução do que a velhaca mídia contra Bolsonaro desinforma dos feitos do governo e oculta outros responsáveis pela alta inflação em nosso pais, que poderia ser bem menor especialmente na de alimentos, que somos campeões mundiais de produção e alimentamos o mundo. A população desinformada por inúteis políticos e meios de comunicação, atribui à Petrobras e ao governo federal a inflação dos combustíveis e por consequência a de alimentos. É muita hipocrisia atribuir culpa à Petrobras pela pratica da Paridade de Preços Internacionais e variação cambial aos preços dos combustíveis no mercado interno, sem destacar que no caso da gasolina comum, o mais recente levantamento de preços da ANP 19 a 25/06 nas bombas R$7,39 a Petrobras recebe pelo produto gasolina A, R$2,96 os governos estaduais que nada produzem recebem o ICMS de R$1,75 os empresários privados que produzem serviços recebem Dist/Rev. R$1,03 o governo federal com Imp.Fed. R$0,69 vr.fixo desde 2019 e os Usineiros que produzem o álcool anidro R$0,96. Sabendo que a composição da gas. comum contem 73% de gas.A e 27% de álcool anidro, o preço por lt. da gas. A 2,96/0,73=R$4,05 e do álcool anidro 0,96/0,27=R$3,56. Vale dizer que o preço do álcool chegou a ser maior que o da gas.A por muitos meses. Mas, o mais interessante é se somarmos ICMS+Dist./Rev. R$2,78 representa 93,9% do vr. recebido pela Petrobras. Por que não questionar os demais agentes?
Silvio poderia nos proporcionar uma matéria demonstrando que nosso negócio agropecuário (commodities) também pratica a PPI e ninguém dessa gente reclama. Como entender que 1 garrafa de 900 ml. de óleo de SOJA que custava R$2,60 em 2019 atualmente custe R$9,60 e o pc. de 500 g. de CAFÉ moído que custava R$7,50 atualmente custe R$19,50. E a CARNE, MILHO, CANA(açucar, álcool), etc.etc.?
Com relação ao diesel é importante observar que a composição nas bombas é de 90% de diesel PETROBRAS e 10% de biodiesel USINEIRO, e a Petrobras recebe R$5,06 e o usineiro R$0,70. Logo, o preço por lt. da PETROBRAS é 5,06/0,90=R$5,62 e o do USINEIRO 0,70/0,10=R$7,00.
Silvio, não discuto aqui porque se aplica a PPI em todas as commodities, mas sim porque a PETROBRAS é tão criticada exatamente por quem esta recebendo dela os maiores recursos nos últimos 3 anos que seguramente não recebeu nos 13 anos daquele que quer BRASILEIRAR o preço dos combustíveis.
Podemos concluir que é urgente PRIVATIZAR a PETROBRAS nos moldes da ELETROBRAS, senão será arrombada conforme as pesquisas aceitas pelo TSE.
Excelente reflexão do Antonio Carlos Neves!
Acrescento que hoje o leite já está mais caro que cerveja! O litro de leite longa vida que há 2 meses custava R$ 4,29 agora custa até R$ 7,29
É urgente privatizar a Petrobras. Abraço!
Excelentes observações, mas fica aqui alguns questionamentos:
1. Considerando a situação mundial, onde todas as empresas reduziram lucros para ajudar o povo, porque a PETROBRÁS não o fez, mesmo sendo a que mais lucrou em comparação ao resto do mundo?
2. Considerando a PETROBRÁS deter um monopólio único no mundo, não caberia ela insurgir-se nesse momento de necessidade e contribuir para minimizar o sofrimento de todos, independente de ser ou não privatizada?
3. Vimos o preço do petróleo baixar no mundo e a Petrobrás mesmo assim aumentar os preços no BRASIL, ao que se defe tamanha atitude? Gerar discórdia? Criar factoide político em ano eleitoral?
Enfim, não tenho dúvidas que algo deva ser feito, e não sei (não tenho conhecimento a respeito) se o melhor seria privatizar ou quebrar o monopólico, mas com certeza será feito algo, pois entendo que a petrobrás não é mais uma empresa confiável ao povo brasileiro…
Mas Jose Mário, se a Petrobras reduzisse 20% no vr. recebido pela gasolina A (2,96×0,2), portanto R$0,59 e nenhum outro agente reduzissem seus valores, teoricamente teríamos na bomba o vr. de 7,39-0,59=R$6,80 ou uma redução de somente 8%. Agora, se todas as commodities agropecuárias reduzissem para o mercado interno 20%, teríamos forte redução na inflação dos alimentos. Em passado recente com a pandemia a Petrobras reduziu sim o preço da gasolina nas bombas evidentemente quando os preços do Petróleo desabaram mas nos últimos meses com o conflito Rússia/Ucrânia e a alta inflação mundial, o preço do barril voltou a subir fortemente e o dollar também. Mas o raciocínio deveria ser o mesmo para as commodities agropecuárias que somos campeões mundiais como SOJA, CANA, CAFÉ, MILHO, CARNE, etc.
Ficar ligado na “velha impresa”, causa desinformação galopante.
Concordo, Fernando. Mas esse é o objetivo da imprensa tradicional.