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Itacaré, Bahia | Foto: Shutterstock
Edição 124

Itacaré e a decolagem do turismo

Cidade do litoral baiano é exemplo perfeito da recuperação do setor com o fim da pandemia

Bruno Meyer

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Distante apenas 75 quilômetros de Ilhéus, no litoral baiano — cerca de uma hora de carro —, Itacaré tem passado por uma transformação nos últimos anos: a cidade baiana que se aproxima dos 40 mil moradores tem atraído mineiros, paulistas, belgas, franceses, israelenses… Gente de variadas regiões, com perfis diversos, jovens ou mais velhas, aposentados ou não, que não só vão para passar alguns dias na cidade, mas abrem negócios por lá. Esses empreendimentos variam desde uma pousada ou restaurante até ideias inovadoras, como um barco de luxo que navega todo o Rio das Contas. As histórias ouvidas pelas ruas da cidade por Oeste no último fim de semana têm muitas similaridades: afora a decisão de largar uma megalópole do porte de São Paulo e ir atrás de um lugar mais calmo para viver, há o fator econômico. A cidade deixou de ser um território bucólico de pescadores, surfistas e praieiros para se consagrar como um destino de novas empresas para satisfazer os eufóricos turistas.

Do 8 ao 80
A expansão imobiliária, de hotéis, resorts e condomínios e a logística fácil que faz um turista chegar rápido a Itacaré têm feito a economia da cidade do sul da Bahia movimentar R$ 200 milhões por mês só com turismo. A conta foi feita por autoridades locais, baseada num período de ocupação de 70%, média essa que costuma perdurar por meses. Na última semana, a ocupação foi superior a 80%, com um festival gastronômico na cidade. O chamariz era a agricultura familiar. 
O movimento da cidade
Em agosto, a programação de Itacaré vai envolver um evento literário, chamariz para atrair mais e mais turistas. De resorts luxuosos, como o Txai (R$ 1,2 mil a R$ 2,8 mil a diária), a pousadas simples (por menos de R$ 100 a diária), há 7 mil leitos e mais 3 mil casas de aluguel à disposição pelo aplicativo Airbnb. Os novos donos de negócios que chegam à região olham com lupa a movimentação dos 7 mil turistas que costumam passar por ali diariamente e largar R$ 7 milhões a cada 24 horas em pousadas, bares, restaurantes e outras atrações. 

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