Há três focos de investimentos do Mercado Livre — empresa de tecnologia mais valiosa da América Latina — no Brasil. Os R$ 17 bilhões anunciados no país apenas em 2022 é um montante 70% maior em comparação aos R$ 10 bilhões aportados em 2021. “Esse investimento mostra que olhamos para o longo prazo e como a plataforma vai ser transformadora nos próximos anos”, diz Tulio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago no Brasil. Oliveira, um executivo oriundo de empresas como o PayPal e o banco Itaú, detalhou à coluna pela primeira vez o que será feito com esse vultoso investimento no país.
A cidade do Mercado Livre
A primeira meta se centra em um aumento de equipe. “Somos uma empresa de tecnologia. Parte importante dos nossos investimentos no Mercado Livre e no Mercado Pago é para construir equipes de tecnologia”, adianta Oliveira. “Acreditamos que esse vai ser nosso grande diferencial competitivo, que permitirá entregar soluções cada vez melhores para nossos clientes.” A empresa não informa números de vagas abertas até o fim do ano, mas vai seguir recrutando profissionais, sobretudo engenheiros, no Brasil e nos 18 países em que opera na América Latina. Até dezembro, o gigante deve ter aproximadamente 16 mil funcionários por aqui — muitos deles abrigados nos centros de distribuição e na sede da empresa, em Osasco, conhecida como Melicidade. É um espaço de 33 mil metros quadrados, com 140 salas de reunião, 11 espaços de treinamento, auditórios e centenas de mesas para os profissionais da empresa. Uma verdadeira cidade em que circulam milhares de profissionais diariamente.
Um novo banco digital…
O segundo foco de investimento do Mercado Livre atende pelo nome de Mercado Pago. Criado em 2014, ele começou como o braço de finanças do Mercado Livre apenas para viabilizar as operações financeiras entre quem comprava e quem vendia. Com o tempo, passou a se expandir gradativamente ao status em que está hoje: um banco digital. Há duas semanas, o vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes, disse que, “em 2023, a receita do Mercado Pago deve superar a do Mercado Livre, e o potencial de crescimento dessa área é enorme”.
…o primórdio da fintech…
A afirmação mostra que o gigante do comércio eletrônico vai se expandir para se tornar um gigante do mercado financeiro, com serviços de conta-corrente, cartão de crédito, crédito e investimentos. “O Mercado Pago é uma fintech, antes mesmo de o termo fintech existir”, diz Oliveira, maior liderança da empresa no Brasil. “Quando ninguém falava de fintech, nós já fazíamos serviços de pagamentos no mundo digital”.
…e a missão de traduzir
Equipes internas estão envolvidas atualmente na missão de explicar a palavra fintech (startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais) para uma massa de brasileiros que não sabe o significado da palavra. Há, nesse pacote, um forte investimento em marketing, especialmente em televisão. A ideia é mostrar que o Mercado Livre vai muito além de um robusto site de compra e venda rápida, mas também um serviço financeiro igual a um banco.
Um batalhão de vendedores…
Os milhões de vendedores do Mercado Livre foram o ponto de partida de a empresa decidir, anos atrás, se tornar aos poucos uma instituição financeira. Ter 12 milhões de vendedores em sua plataforma é um tremendo diferencial do Mercado Pago. Nesses milhões, há diferentes grupos de vendedores pelo país, como os que vendem apenas on-line dentro do site, não necessariamente usando os meios de pagamento disponibilizados pelo Mercado Pago. E também vendedores que podem anunciar na plataforma e usar os meios para receber que são disponibilizados e atualizados constantemente. Existe ainda uma terceira possibilidade: os autônomos, que somente vendem off-line, em lojas físicas. Eles conseguem usar as maquininhas do Mercado Pago e todo o sistema de integração desses pagamentos oferecido pela fintech ao sistema geral contábil que utilizam para conciliar fluxo de caixa e até logística.
…e outro de clientes
Esse mix de vendedores e pessoas físicas faz do Mercado Pago um banco digital com 38 milhões de clientes que se servem de produtos de pagamentos, crédito ou investimentos e até criptomoeda. Para efeitos de comparação, o Nubank bateu 62,3 milhões de clientes num país com uma população que tem se acostumado a ter de três a quatro aplicativos de bancos, muitos digitais, ou uma mescla de digitais com um tradicional.
O avião do Mercado
A logística é o terceiro ponto-chave dos investimentos do Mercado Livre no Brasil, sobretudo num país com dimensão continental como o nosso. “É um grande desafio”, resume Oliveira. Não bastasse isso, as empresas de varejo correm para atender a um desejo cada vez mais latente do consumidor: receber os produtos no menor tempo possível. No fim de agosto, o Mercado Livre recebeu a primeira aeronave cargueira, um Boeing 737-800, com capacidade de transportar 24 toneladas. O Boeing exibe a cor amarela e a logomarca da empresa, quatro meses após anunciar uma parceria com a Gol. Serão seis novos aviões no total até 2025. O objetivo é reduzir o prazo de entregas de nove para um dia nas regiões Norte e Nordeste. O Boeing é capaz de levar até 11 mil pacotes por voo. Fortaleza, no Ceará, São Luís, no Maranhão, e Teresina, no Piauí, foram as primeiras cidades a receber voos da parceria.
O dinheiro vem daqui
O Mercado Livre tem DNA argentino, onde foi fundado, em 1999, mas é no Brasil em que a gigantesca empresa do bilionário comércio eletrônico nacional ganha dinheiro. Presente em 18 países do continente, o Brasil representa 53% da receita do grupo. O valor de mercado da empresa gira em torno de US$ 40 bilhões, o que a coloca como uma das mais valiosas da América Latina. Em 2021, chegou à liderança ao ultrapassar a Petrobras e a Vale. No segundo trimestre, o lucro líquido do Mercado Livre somou US$ 123 milhões, alta de 79,8%, na comparação com 2021.
* * *
O avanço do Brasil…
Vicente Marino, presidente da Bridgestone América Latina, justificou nesta semana o investimento de R$ 270 milhões para modernizar uma das fábricas do gigante japonês de pneus em Camaçari, na Bahia: “Quando os japoneses olham o Brasil ao longo do tempo, veem como o país avançou”.
…pelos japoneses
Há um ano, a Bridgestone anunciou aportes de R$ 700 milhões para elevar a capacidade anual de produção na unidade. A empresa — responsável pelo emprego de quase 5 mil profissionais no país — quer preparar a fábrica para os veículos híbridos e elétricos.
Leia também “Da zona norte de São Paulo para a Nasdaq”
Parabéns A REPORTAGEM SOBRE MERCADO LIVRE, MERCADO PAGO, STARTUP, FINTECH..SAO INFORMACOES QUE MUITOS JOVENS EMPREGADO OU DESEMPREGADO NAO TEM ACESSO, MUITA INFORMACAO E POUCO FOCO.ESPERAMOS TIME , APARTIR OUTUBRO/22. ESPERO QUE DADOS SEJAM FIDELIZADOS..
Não deixem o comunismo destruir esse feito
Apesar da informação que posso compartilhar esse artigo com 2 pessoas, nunca consegui compartilhar um artigo. Já tentei compartilhar através de whatsapp e telegran. Toda vez exige que eu instalei os aplicativos, apesar de já ter os 2 aplicativos instalados.
Já que a revista Oeste não tem um espaço específico pra críticas ou elogios ,vai por aqui mesmo !
Assino há revista há cerca de dois anos e meio !
Indiscutível a qualidade das matérias .
Observo que houve um aumento significativo nas propagandas ,o que fortalece o caixa da revista !
Tem havido uma preocupação com o lay out !
Tudo muito cheio de ínovacoes!
Agora lamento que o pobre do assinante ,continue sendo tratado com tecnologia da época da pedra .
Até hoje pra eu ler cada matéria ,vou repetir ,até hoje pra eu lar uma matéria ,sempre a revista me pergunta se quero assinar ou sou assinante !
A impressão que tenho é que todos nós assinantes devamos sofrer de síndrome de Down !
Pois se lermos 10 reportagens ou matérias ,a revista vai nos perguntar 10 vezes se queremos fazer a assinatura ou somos assinantes !
A revista evoluiu,mas o assinante continua sendo tratado na idade da pedra !
Então pergunto !
Pra que serve meu email no qual recebo a revista ?
Se tivesse serventia o mesmo isso jamais aconteceria !
Donde concluo que sou obrigado a dar meus pêsames à vcs e NÃO parabeniza lós !
Agradeço pelo seu tempo !
João Antônio Dohms! Fantásticos seus comentários! Também me sinto assim. Já fiz até mais, mandando e-mail. A revista é muito boa, as matérias, uma melhor que a outra! Mas este fluxograma está capenga!!! Perfeito seu comentário. Assino embaixo. att Matias
Também me deparo com esse problema
Ė isto mesmo João , a “navegabilidade” da Oeste é precária e passa uma sensação de que o assinante é irrelevante. Fico também imaginando se a Redação acompanha os comentários desde tipo para poder planejar mudanças, improvável.
Concordo 100%. Vc está “logado” no site e é tratando como um visitante? Contrate a empresa que desenhou meu site q vai ficar 500% melhor. Horrível a plataforma….
Quando compro algo na internet ,que não seja pelo mercado livre , me arrependo rapidinho .
Pois os prazos deles são imbatíveis !
Depender do ECT no Brasil é o mesmo que chamar um Uber e vir nos buscar uma carroça!
E viva a iniciativa privada ,a qual traz uma alavancagem brutal nos negócios !
Mercado Livre exige identificação com biometria e muit dados completos
Muitos dados sensíveis e desnecessários para quem quer apenas comprar. Transformam o comprador num cliente bancário visando atender o objetivo de atuar como financeira. No Brasil das compras parceladas todo comerciante quer ser uma Financeira. Prefiro a Amazon que tem foco no cliente e no negócio de Compras.
Esse é o Brasil que a maconha não conhece