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Celebração do Ano Novo, Rio de Janeiro | Foto: Marti Bug Catcher/Shutterstock
Edição 138

Um réveillon em Copacabana regado a Moët Chandon

Em outros pontos do país, motoristas da 99 contam suas histórias e um supermercado autônomo inova em tecnologia

Bruno Meyer
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O hotel Emiliano passou a vender os pacotes de réveillon para a Praia de Copacabana. Terá show da escola de samba Portela e do cantor Pretinho da Serrinha, jantar na cobertura do hotel e open bar de champanhe francês Moët Chandon. O valor mais barato da festa com direito a três noites de hospedagem está em R$ 26,4 mil. O mais caro, na suíte de 120 metros quadrados, sai a bagatela de R$ 79,7 mil.

Hotel Emiliano, em Copacabana: fogos e champanhe a quase R$ 80 mil | Foto: Divulgação

Feliz Ano Novo

As reservas em hotéis do Rio de Janeiro para o réveillon já ultrapassaram os 72%. Para efeitos de comparação, no início de novembro de 2019, ano pré-pandêmico, o índice de reservas em hotéis cariocas estava em cerca de 55%. O Hotel Fasano, em Ipanema, está quase sem quartos disponíveis, mesmo sem os fogos de Copa. A capital carioca é o destino mais disputado do país, segundo a empresa Decolar, seguida do Recife.

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Centro de Distribuição, em Cajamar: 1,6 mil funcionários ligado na tela da Copa | Foto: Divulgação

É a Copa, estúpido!

O Mercado Livre vai instalar um telão no meio de seu espantoso centro de distribuição em Cajamar, a uma hora de São Paulo, para os 1,6 mil funcionários assistirem aos jogos do Brasil na Copa do Mundo no Catar. A empresa não para nem nos fins de semana para distribuir encomendas aos quatros cantos do país, mas na Copa vai parar duas horas.

Novas naves

A ampla logística do Mercado Livre vai se expandir em 2023. A direção de logística do maior comércio eletrônico da América Latina adiantou à coluna que a empresa não vai se limitar aos dez centros atuais no Brasil. Vêm mais naves por aí — como internamente são chamados os centros de distribuição — e já no próximo ano.

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Dados viram histórias 

A robusta e poderosa base de dados do aplicativo 99 fez a operação brasileira reunir as mais variadas histórias de passageiros durante as viagens. A ideia não é nova, vem de antes da pandemia, mas o documentário Gente por Inteiro foi finalizado recentemente, a partir de relatos enviados por motoristas. “Temos os dados de todas as corridas que acontecem ao longo dos dias”, diz Priscilla Ferreira, diretora de experiência da 99. “Mas não só isso. A gente tem muita pesquisa de mercado, muita proximidade com o usuário.”

Histórias da 99 relatadas no documentário Gente por Inteiro | Foto: Divulgação

À luz na corrida

Os dados da 99 reúnem os movimentos de mobilidade de 20 milhões de usuários ativos na plataforma e de 750 mil motoristas que circulam por 1,6 mil municípios do país. Dos relatos, um dos casos mais interessantes é uma mulher que não consegue chegar a tempo ao hospital e deu à luz durante uma corrida — um caso que Ferreira conta à coluna que é muito mais frequente do que se imagina. “Temos histórias de vida muito interessantes”, diz Ferreira.

Um extra no volante

Outras histórias captadas pela equipe brasileira da 99 são mulheres que saem de relacionamentos abusivos porque conquistam sua independência financeira através do aplicativo e estudantes universitários que conseguem pagar os estudos trabalhando como motorista. “São muitos os casos de gente que consegue renda para conseguir se manter numa faculdade.” O trabalho, sem surpresas, enobrece e enriquece.

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Os brasileiros…

Os primeiros dias do primeiro mercado autônomo da América Latina surpreendeu. Foram mil visitas diárias na Muffato Go, em Curitiba. Mas um detalhe chamou atenção dos executivos da rede e, sobretudo, dos parceiros portugueses no público presente: metade dos consumidores era composta de idosos.

Muffato Go, em Curitiba: os idosos surpreenderam | Foto: Divulgação

…gostam de tecnologia

A Sensei é uma empresa portuguesa, escolhida pelo Grupo Muffato para trazer a tecnologia da loja autônoma. Ela utiliza uma fusão de sensores e detecta quando os produtos são removidos ou recolocados nas prateleiras, além de fazer o rastreamento. Para os portugueses, o resultado dos primeiros dias é “extraordinário e surpreendente”, com uma movimentação nunca vista igual na Europa.

O supermercado…

Os portugueses fizeram uma comparação: os europeus que entram em mercados autônomos da região compram produtos, em geral, de conveniência. Os curitibanos que entraram na loja autônoma se jogaram — compraram de tudo um pouco. Conclusão: o brasileiro gosta de novidade e tecnologia.

…sem filas e checkout

A ideia do Muffato, sexta maior rede de supermercados do Brasil, é observar a adesão desse primeiro mercado sem caixas e leitores de códigos de barras para avançar com outros. A direção da rede faz planos para trabalhar com mercados mistos, com alguns setores autônomos. “O lançamento da Muffato Go é um grande passo para a indústria de supermercados no Brasil”, diz o executivo Everton Muffato. “Retirando as filas e o checkout, a empresa oferece aos clientes uma experiência de compras sem atrito, mais rápida e conveniente, liberando membros da equipe para ajudar em outros aspectos da loja.”

Executivo Everton Muffato | Foto: Divulgação

[email protected]

Leia também “O hard rock chega ao Brasil”

5 comentários
  1. João Antônio Dohms
    João Antônio Dohms

    Com relação à essa nova geração de supermercados ,não é tão novo assim!
    Hoje existem empresas já fazendo isso há muito tempo dentro dos condomínios !
    Aonde tudo é automático ,não existe nenhum funcionário!
    Morei num condomínio horizontal de casas ,aonde o sistema funcionava exatamente assim!
    A única observação foi que os preços no condomínio eram bem mais altos que os supermercados tradicionais !
    Mas enfim esse é o bônus do conforto !

    1. Vladimir
      Vladimir

      Aproveito para opinar que a tecnologia que diminui a necessidade de número de funcionários costuma diminuir o custo do produto/serviço, diminuindo o número de salários na folha de pagamento.

      Neste caso, o condomínio poderia estar sofrendo a precificação pela demanda, não pelo custo – opino -, com duas possibilidades:

      1. Por ser novidade, a nova tecnologia pode cobrar como se fosse uma jóia rara; e/ou

      2. Se o condomínio for de alto poder aquisitivo, é possível precificar pelo capacidade de compra em média do condômino, nem tanto pelo custo.

      Posso estar errado em tudo que eu disse. É uma opinião limitada, minha.

  2. João Antônio Dohms
    João Antônio Dohms

    Parabéns a rede Muffato !
    Se minha memória não falar nasceram em Cascavel !
    Muito bom !

    Aproveito aqui fazer uma reclamação a revista Oeste ,a qual não nos fornece um espaço pra emitirmos nossa opinião sobre a revista !
    Observo uma avalanche de publicidades ,isso é ótimo pois trará respaldo financeiro a revista !
    Mas os coitados dos assinantes continuam sendo tratados “ a idade da pedra “.
    Sou assinante há 3 anos e toda a semana preciso provar que sou assinante ,pois a mesma faz a mesma pergunta de sempre : se é assinatura nova ou sou assinante !
    Aí meu email aparece e coloco na janela indicada e somente após esse ritual a reportagem é liberada pra eu ler !
    Triste isso e desrespeitoso conosco !
    Uma pergunta simples : se pago à vista anualmente e a revista tem meu email ,porque não entra automaticamente e aí posso ler todas as reportagens sem esse caminho tortuoso ?
    E não é somente colocar meus dados uma vez ,é colocar meus dados para ler cada reportagem!
    Está certo isso ?obviamente que não !Pois os senhores melhoraram a revista como um todo !
    E fortaleceram as publicidades !
    E nos pelo visto continuamos na idade da pedra e somos tratados sem respeito algum !
    Obrigado

    1. Vladimir
      Vladimir

      Percebi este erro. Como quase todo produto ou serviço novo, ele irá melhorar, e muito. Inevitavelmente. Reclamar ajuda neste processo.

      O site, por exemplo, ainda é lento, havendo tecnologia hoje, já, para um carregamento quase instantâneo de páginas melhor desenhadas.

      Assim como o login automático.

      Tudo vai dar certo, ao final. É só o começo. Opino.

  3. Sandro Luis Batista Soares
    Sandro Luis Batista Soares

    Tem que abrirr umas lojas dessas nas favelas do rio. Só uma dica.

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