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Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Edição 152

A confissão da Pfizer e o acerto de quem errou

Há cerca de um mês, o Project Veritas divulgou um vídeo em que um suposto funcionário da farmacêutica faz uma confissão chocante

Paula Schmitt
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No dia 25 de janeiro, o Project Veritas (grupo jornalístico que se propõe a investigar e divulgar casos de corrupção e outros desvios de conduta para, segundo suas próprias palavras, “alcançar uma sociedade mais ética e transparente”) divulgou um vídeo em que um suposto funcionário da Pfizer faz uma confissão chocante. Sem saber que estava sendo filmado, e acreditando estar falando com um pretendente romântico, Jordon Walker diz que a Pfizer está provocando mutações no vírus da covid para criar vacinas antes que mutações naturais aconteçam. Traduzo abaixo alguns trechos do diálogo entre Walker e o jornalista do Project Veritas, cujo nome não é revelado.

PV — A Pfizer está pensando em fazer mutações na covid?

Walker — Bem, não é isso que a gente fala para o público, não. Não. Não conte pra ninguém isso. Aliás, você tem de prometer que não vai contar pra ninguém. […] Nós estamos explorando tipo… Sabe como o vírus continua sofrendo mutações?

PV — Sim.

Walker — Então, uma das coisas que estamos explorando é tipo, por que a gente simplesmente não faz a mutação nós mesmos? Assim poderíamos… Poderíamos preventivamente desenvolver novas vacinas, correto? Então a gente tem de fazer isso. Se a gente vai fazer isso, no entanto, existe um risco de, tipo… Como você pode imaginar, ninguém quer uma empresa farmacêutica fazendo mutações em vírus. […] A gente tem de fazer tudo com muito controle para garantir que esse vírus no qual você fez a mutação não crie algo tipo… Que ele não se espalhe por todo lugar.

PV — Loucura.

Walker — Que [aliás] eu suspeito… Foi o jeito que o vírus começou em Wuhan, para ser sincero. Tipo, não faz sentido que esse vírus tenha aparecido do nada.

Em outro trecho, Walker explica melhor o que quis dizer:

PV — Qual o objetivo da Pfizer em fazer isso [as mutações virais]?

Walker — Então, parte do que eles querem fazer é tentar entender… Até certo ponto, tentar entender tipo, sabe todas essas cepas e variantes que aparecem? Por que a gente não tenta encontrá-las antes que elas apareçam na natureza e a gente pode desenvolver vacinas profilaticamente, antes, como novas variantes. Então, é por isso que eles estão pensando tipo, se você faz isso sob controle em um laboratório, então a gente diz que isso é um novo epítopo, e, se mais tarde isso surgir entre o público, então você já tem uma vacina que funciona.

PV — Meu deus. Isso é perfeito. Isso é tipo o melhor modelo de negócios, né? Simplesmente controle a natureza antes de ela se manifestar, correto?

Walker — Sim, se funcionar.

PV — Como assim ‘se funcionar’?

Walker — É porque algumas vezes existem mutações que acontecem para as quais não estamos preparados, tipo Delta e Ômicron e outras do tipo. Quem vai saber? Quero dizer, de qualquer maneira, vai ser uma máquina de fazer dinheiro. Covid provavelmente vai ser uma máquina de fazer dinheiro por um bom tempo, obviamente. [risos]

Depois de ser pego falando de mutação viral feita pela Pfizer, Jordon Walker explicou em um vídeo que ele tinha mentido de propósito

O vídeo original, de dez minutos, estava neste link do YouTube, mas foi removido por “desrespeitar as regras” da empresa. Vale lembrar que o YouTube é uma empresa do grupo Google/Alphabet, que tem como seus dois maiores acionistas os bancos Vanguard e BlackRock — não por acaso, os dois maiores acionistas da Pfizer também são os bancos Vanguard e BlackRock.

Foto: Shutterstock

O Project Veritas se autodescreve como “uma empresa jornalística sem fins lucrativos” especializada em “reportagens sob disfarce.” Eu já citei o site em outras ocasiões, especificamente neste artigo, em que falo do vídeo que mostra Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, dizendo que não iria obrigar seus funcionários a tomarem a injeção da covid. Só para não perder a deixa: adivinha quem são os dois maiores acionistas do Facebook, que agora chama Meta Platforms? Acertou: BlackRock e Vanguard. Você pode até chamar isso de capitalismo, apesar de eu preferir a expressão tecnofascismo, mas tem uma coisa que isso definitivamente não é: livre mercado.

Voltando ao Zuckerberg, no vídeo do Project Veritas, ele diz: “Eu só quero ter certeza de compartilhar minha cautela sobre isso [a vacina de mRNA], porque nós simplesmente não sabemos os efeitos de longo prazo da modificação do DNA e RNA… Basicamente a habilidade de produzir os anticorpos e se aquilo pode causar mutações ou outros riscos mais para a frente.” O vídeo continua disponível no site do Project Veritas.

Depois de ser pego falando de mutação viral feita pela Pfizer, Jordon Walker explicou em um vídeo, também gravado pelo Project Veritas, que ele tinha mentido de propósito, e inventou tudo aquilo para impressionar um potencial parceiro sexual. Jordon, em outras palavras, mentiu por amor. É compreensível — quem nunca fingiu ser parte de um genocídio para conquistar um coração? Mas as cenas com as explicações acaloradas foram tão dramáticas que alguns suspeitaram que a coisa toda foi arranjada, uma novela de qualidade mais baixa que a Televisa — nível Globo mesmo. Isso gerou todo um debate na internet, em que o alvo da dúvida deixou de ser a Pfizer e passou a ser o Project Veritas, que poderia ter caído numa pegadinha para ser desacreditado mundialmente.

Jornalistas e pesquisadores diletantes começaram a investigar se Jordon Walker de fato era funcionário da Pfizer e se a coisa toda era genuína ou não. Tudo diz que sim, o vídeo é genuíno, e Jordon de fato era (ou ainda é) funcionário da Pfizer. A própria empresa reforça essa teoria. Em uma carta respondendo às acusações, publicada dois dias depois da divulgação do vídeo, a Pfizer deliberadamente se nega a refutar que Jordon Walker seja seu funcionário. Mas, quando tenta negar que arquiteta mutações genéticas, a farmacêutica faz o que muitos consideraram uma confissão: “Em um número limitado de casos, quando um vírus completo não contém nenhuma mutação de ganho de função, tal vírus pode ser projetado [engineered] para permitir a análise de atividade antiviral em células”.

Ilustração: Lightspring/Shutterstock

Jornalistas menos independentes, ou com menos massa encefálica, tentaram reduzir o debate pós-escândalo a questões semânticas, como seria do gosto da Pfizer. Para o cidadão comum, contudo, as diferenças entre as expressões ganho de função, engenharia genética, edição de genes, evolução direcionada são herméticas demais, e inteligentes de menos. Eu as classifico como menos inteligentes, porque essas diferenças pouco ajudam no que realmente importa: a decisão de tomar ou não tomar uma “vacina” que quanto menos imuniza, mais vende. Jordan Walker descreveu essa obra de ficção com o nome que merece: uma “máquina de fazer dinheiro”.

Nas últimas semanas, várias pessoas famosas declararam publicamente seu arrependimento por ter tomado a “vacina” da covid. Meu favorito entre eles é o professor Shmuel C. Shapira, que declarou para suas dezenas de milhares de seguidores que ele errou: “Eu errei três vezes: tomando a primeira injeção de mRNA; tomando a segunda injeção de mRNA; e novamente tomando a terceira injeção de mRNA. Infelizmente, erros irreversíveis”.

 

Mas quem é Shmuel C. Shapira? Prepare-se, caro leitor, porque Shapira não é nenhum garoto-propaganda pago para defender o indefensável na TV Globo, e um mero tuíte publicado por ele tem mais peso científico do que todos os estudos não feitos por Átilas e Paspalhaks. Shmuel é ninguém menos que o diretor-geral do Instituto Israelense de Pesquisa Biológica. Aqui, o site oficial do governo de Israel anuncia o encontro de Shapira com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em 2020, para tratar de nada menos que o desenvolvimento das vacinas da covid. É isso mesmo, leitores: Shapira não apenas era defensor das vacinas — ele era um dos seus proponentes e pesquisadores.

Professor Shapira também foi o vice-diretor do renomado Hadassah University Hospital de Jerusalém, e seu currículo não para por aí. Segundo apresentação da Georgetown University, Dr. Shapira é professor pleno de administração da Faculdade de Medicina da Universidade Hebraica, diretor e fundador da área militar da Universidade Hebraica de Medicina, fundador e chefe do Departamento de Medicina Militar da Universidade Hebraica e do Corpo Médico das Forças de Defesa de Israel (o Exército israelense), no qual ele também foi o chefe do Departamento de Trauma. Mas, acima de todas essas qualificações, o professor Shapira tem uma qualidade ainda mais rara, e mais rara ainda entre pessoas com a sua excelência acadêmica, algo que nenhuma universidade fornece, e nenhum dinheiro compra: a nobreza e a coragem de se confessar falível e admitir que errou. Aos professores Shmuels deste mundo cada vez mais corrupto e imoral, deixo aqui minha admiração eterna e gratidão infinita.

Leia também “O contrato que ninguém leu”

25 comentários
  1. Nelson Correa
    Nelson Correa

    Vanguard e Black Rock 🙂

  2. David Peixoto Sampaio
    David Peixoto Sampaio

    “Errare humanum est, perseverare autem diabolicum”

  3. LUCIMAR DA SILVA CEU LIMA
    LUCIMAR DA SILVA CEU LIMA

    Que prazer poder acompanhar o brilhante trabalho dessa jornalista. Parabéns Paula.

  4. Dalva da Silva Prado
    Dalva da Silva Prado

    A verdade prevalecerá e justiça será feita. Muitos, pessoas saudáveis, inclusive famosos, certamente tiveram complicações após tomarem as vacinas(três, quatro doses) e morreram. Minha família e eu, tivemos apenas uma gripe comum e não tomamos nada
    A CPI e Globo que tudo fizeram para prejudicar o país, deveriam ser responsabilizadas, por impor medo, restrição de liberdade, obrigatoriedade para tomar essa coisa inútil. E
    agora?

  5. Edson Luiz Ribeiro Santos
    Edson Luiz Ribeiro Santos

    Com a palavra as big techs, as grandes indústrias farmacêuticas e os jornazistas!!!

  6. Gilberto Frank Filho
    Gilberto Frank Filho

    Não são vacinas, são tratamentos preventivos sendo testados nas cobaias humanas, simples assim. Ivermectina foi demonizada porque não dá lucro.

  7. Frederico Oliveira dos Santos Melo
    Frederico Oliveira dos Santos Melo

    Excelente matéria! A verdade vindo à tona.

  8. Christian
    Christian

    Conheço mais pessoas que tem sequelas por ter tomado as vacinas comparados com os que não tomaram. Tive sorte de não ter tido a Covid aos 60 anos e de não ter tido nenhuma sequela por ter tomado. Fiz por ter co-morbidades de risco, mas fiz tudo que foi possível para minha proteção, isto, sem deixar de trabalhar.
    Parabéns pelo artigo Paula.

  9. Luiz Armando Brandalise
    Luiz Armando Brandalise

    a verdades estão aparecendo, praticamente já tá ficando sem graça e caindo em rotina, com pouca ênfase da grandes mídias pois tbem lucraram muito com disseminação do medo , nos os pobres mortais atentos a tudo que esta sendo relatado por brilhantes e respeitosos jornalistas como vcs…obrigado e não parem nunca de fazer oq é certo….a justiça a deus pertence….

    1. Francisco
      Francisco

      Correu muito dinheiro das bigfarmas nessa história de COVID,mas, não haverá, óbvio interesse que a verdade apareça

  10. Vagner Dangelo
    Vagner Dangelo

    Vírus sofre mutações quando combatido. Todo cientista sabe que o desenvolvimento de antivírus controla uma epidemia e mortes mas ao impedir a imunidade de rebanho acaba por ficar em uma corrida eterna contra mutações do vírus. Isto acontece por opção da sociedade e não propositalmente para farmacêuticas auferirem lucro. Sou um liberal e a favor da liberdade de opção das pessoas, mas a realidade não é conveniente nem para quem acredita fielmente na ciência e nem aos negacionistas.

  11. Marcelo Gurgel
    Marcelo Gurgel

    Progressistas criminosos

  12. Paulo Ferreira
    Paulo Ferreira

    Paula, adoro seus artigos. Informação, clareza, objetividade e uma meta sempre atingida.

    1. Josemir Dias Pereira
      Josemir Dias Pereira

      Infelizmente os mortos não saberão da verdade; e os familiares jamais serão indenizados por PERDAS incalculáveis.

  13. Ronaldo Rodrigues Rosa
    Ronaldo Rodrigues Rosa

    O artigo é libertador.

  14. Leandro Moreira
    Leandro Moreira

    Olá Paula, agradeço por mais essa excelente coluna. É muito bom ter você aqui entre os colunistas da Oeste.
    Abraço

  15. João José Augusto Mendes
    João José Augusto Mendes

    Estamos ferrados, covid é igual a lucros e, não desistirão facilmente dele.

  16. Roger Moreira de Paula
    Roger Moreira de Paula

    Esta jornalista é um espetáculo, parabéns Revista Oeste

  17. Gustavo G. Junior
    Gustavo G. Junior

    O debate é obrigatório. A pesquisa livre é obrigatória. Novas e antigas drogas, sob pesquisa clínica séria devem ser livres, abertas e transparentes. As noticias populares são lamentáveis.

  18. IMP
    IMP

    VOCE AINDA TEM DUVIDAS QUE O POVO PRECISA REALMENTE LUTAR PELA LIBERDADE??? ASSISTA O FILME NA NETFLIX “”WINTER ON FIRE”” “” Em tempos tirânicos, sempre bacana reviver e aprender com as histórias daqueles que resistiram e venceram a perseguição e a censura.
    No começo dos anos 80 – olha que história incrível – os poloneses viviam sob a opressão comunista. Tudo era restrito e monitorado, sobretudo a comunicação e o direito de ir e vir.
    Os poloneses tiveram seus passaportes cancelados e durante os primeiros meses da Lei marcial, ninguém podia sequer viajar entre as cidades da Polônia sem a devida autorização do governo.
    Cartas sempre eram entregues abertas, amassadas dentro de sacos plásticos e com um carimbo escrito “Censurado”. Quando alguém discava um número no telefone, uma voz automaticamente avisava, “conversa monitorada”.
    Os comunistas assumiram o controle de toda a comunicação, substituíram âncoras e jornalistas dos jornais, rádios, tudo passou a ser monitorado e na TV era comum a transmissão de filmes russos sobre a Segunda Guerra Mundial.
    Então começaram a surgir editoriais independentes e clandestinos. Poloneses passaram a traduzir, imprimir e distribuir várias obras “subversivas” de Alexander Solzhenitsyn, George Orwell, e até mesmo de Murray Rothbard e Ayn Rand.
    O melhor veio com o heróico casal Zbigniew e Sofia Romaszewski. Eles montaram uma estação de rádio clandestina, que constantemente mudava de lugar para não serem pegos pela polícia.
    A transmissão era curta, cerca de oito a dez minutos de cada vez, sempre levando uma voz de esperança e notícias que jamais seriam divulgadas na mídia oficial.
    Uma certa noite, quando estavam “no ar”, perguntaram se havia alguém ouvindo e pediram para piscarem as luzes de suas residências para mostrar se acreditavam na liberdade.
    Zbigniew e Sofia, curiosos e ansiosos, correram para a janela para conferir e durante horas, assistiram toda Varsóvia piscando suas luzes nos apartamentos e casas. Foi a noite mais bela da história de Varsóvia e da Polônia.
    Os poloneses descobriram que não estavam sozinhos no sonho e desejo por liberdade. Algum tempo depois o regime comunista caiu e Varsóvia nunca mais teve uma noite nas trevas da tirania.
    Quem sabe os brasileiros em breve não façam o mesmo? Toda vez que alguém censurar e cercear liberdades, que as luzes pisquem para nos lembrar que somos muitos dispostos a lutar pela liberdade”” (RCL).
    (TENHO MEDO DE MORRER ACOVARDADO E ASSISTINDO ESSES IMPOSTORES CONQUISTANDO DEFINITIVAMENTE O BRASIL PARA O SOCIALISMO COMUNISMO)
    AS ELEIÇOES FORAM UMA COMPLETA FRAUDE E O SILENCIO DO POVO NAO IRA TRANSFORMAR ESSA MENTIRA EM UMA VERDADE.)
    IMP. (PRESENTE E PRONTO PARA A LUTA)

  19. Teresa Guzzo
    Teresa Guzzo

    As grandes empresas farmacêuticas, ganharam muito dinheiro nessa pandemia. Deitaram e rolaram espalhando pânico, medo juntamente com políticos e corruptos de vários países. Vacina eficaz é aquela que vc toma e não contrai a doença. Não foi o que observamos,muitos faleceram depois de tomarem quatro doses,mas isso estamos proibidos de falar.

  20. maisvalia
    maisvalia

    Paula é mais uma jornalista que vale minha assinatura, 👏👏👏

  21. Ricardo Villas
    Ricardo Villas

    Ainda veremos o Randolfe Rodrigues, Renan Calheiros e Omar Azis que gritavam alucinadamente “ciência, ciência e ciência”, “vacina, vacina e vacina”, sentirem sobre suas costas o peso de milhares de pessoas morrendo com doenças exóticas por causa da Pfizer.

  22. Fabricio Magnus Flores Da Mota
    Fabricio Magnus Flores Da Mota

    Obrigado Revista oeste por reportagem de fatos!
    Infelizmente a grande mídia aqui nos Estados Unidos não deu nenhum ênfase neste fato do funcionário da Pfizer!

  23. JOSE GUSTAVO CABRAL DA SILVA
    JOSE GUSTAVO CABRAL DA SILVA

    Acredito que esse rolê aleatório da pandemia vai parecer um delírio coletivo no futuro. São tantas coisas irracionais que foram feitas e agora aparecem os “arrependidos”, os que pedem desculpas, etc. Quem embarcou nessa foi tudo, menos vitima. Os iluminados, se pudessem, teriam matado os “negacionistas”.

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