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Ilustração: Shutterstock
Edição 150

O contrato que ninguém leu

Enquanto Bolsonaro era chamado de negacionista genocida, a Fiocruz usava os mesmos argumentos do ex-presidente para justificar a produção acelerada de uma vacina

Paula Schmitt

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De todas as críticas que Bolsonaro recebeu durante a pandemia, talvez a mais frequente tenha sido contra a sua defesa da economia e da sobrevivência de pequenos negócios. Bastava mencionar o risco de desemprego ou os danos à indústria nacional, e Bolsonaro era atacado com insistência injustificada, desferida como chutes redundantes dados pelo covarde que não perde um linchamento. A conclusão da imprensa cartelizada parecia unânime: Bolsonaro era um negacionista genocida por se preocupar com a economia.

O argumento contra o presidente geralmente se resumia ao uso dessas duas palavras-chaves, negacionista e genocida, condenações rasteiras e despropositadas que serviam como apito nos cérebros mais pavlovianos. Bastava colocá-las numa frase, e o raciocínio lógico se tornava algo desnecessário, porque o julgamento já havia sido feito.

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