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Incêndio florestal ao sul de Fort Nelson, British Columbia, Canadá, em junho de 2023 | Foto: B.C. Wildfire Service/Reuters
Edição 172

Incêndios no Canadá e queimadas no Brasil: dois pesos e poucas medidas

O país da América do Norte perdeu mais florestas em dois meses do que todo o bioma Amazônia em dez anos

Evaristo de Miranda
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O Canadá está em chamas. Segundo o Canadian Interagency Forest Fire Centre Inc., há 650 incêndios florestais ativos neste início de julho. Mais da metade fora de controle. Eles começaram em maio e só aumentam. Mapas e dados são atualizados pelo Centre Interservices des Feux de Forêt du Canada. Cerca de mil bombeiros do México, Itália, Portugal, Espanha, França, Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Costa Rica, Chile, Coreia do Sul e África do Sul estão no Canadá para ajudar. Ainda assim, o Canadá perdeu mais florestas em dois meses do que todo o bioma Amazônia em dez anos. A mídia deveria dar a essa destruição florestal no Canadá um destaque compatível ao sempre dado à Amazônia. E não sumir, em inexplicável silêncio, como fumaça.

Já ocorreram mais de 3,4 mil incêndios. Nenhuma província foi poupada. Nem Nova Escócia e Quebec, normalmente pouco afetadas. Alberta apresenta a pior situação: mais de 1,5 milhão de hectares destruídos. O fogo já devastou 9 milhões de hectares de florestas no Canadá. A área equivale a queimar todo o Rio de Janeiro e o Espírito Santo juntos, ou a Dinamarca e a Estônia. É mais de 1% do Brasil. Quase um Portugal. O total desmatado na Amazônia em dez anos (8,2 milhões de hectares) é inferior ao destruído pelos incêndios canadenses em dois meses.

Incêndios florestais no Condado de Northern Sunrise, Alberta, Canadá, em junho de 2023 | Foto: Alberta Wildfire/Reuters

O fogo cresce e continuará galopando feito a polícia montada. Um dano enorme ao patrimônio público e privado, à biodiversidade e ao meio ambiente. Dezenas de milhares de pessoas evacuadas de suas casas. Um aumento recorde na poluição do ar. Em junho, Montreal, Toronto e Nova York estiveram no lugar pouco invejado de cidades mais poluídas do planeta, as mais irrespiráveis, segundo o indicador internacional IQAir. Situação parecida em Detroit, Pittsburgh e Chicago. Alertas de smog foram emitidos em mais de uma quinzena de Estados nos Estados Unidos (Iowa, Wisconsin, Michigan, Kansas, Illinois, Pensilvânia…). Uma bruma amarelada torna a atmosfera opaca, os limites urbanos se fundem com o disco incandescente do Sol ao fundo. Os olhos ardem, a garganta fica irritada, e respira-se com dificuldade. Nos Estados Unidos, mais de 100 milhões de pessoas foram afetadas.

Diante da situação, a Nasa organizou o Fire Information for Resource Management System US/Canada, para monitorar as regiões atingidas. O sistema inédito, em ultra real-time, gera mais de uma imagem orbital por minuto. Em 2022, das 50 cidades mais poluídas, 39 estavam na Índia, quatro no Paquistão e duas na China. Nenhuma no Brasil. As mais poluídas eram Laore, no Paquistão, e Hotan, na China. Em 2023, o quadro será diferente. O desastre canadense dos incêndios prossegue, sob silêncio midiático e político. Está longe de acabar.

Horizonte de Nova York poluído pela fumaça, no dia 7 de junho de 2023 | Foto: Reprodução/EarthCam

Nenhum presidente ou primeiro-ministro europeu acusou o governo canadense de ser incompetente em proteger suas florestas, patrimônio da humanidade, e não só do Canadá. Ou sugeriu internacionalizar as florestas canadenses. Não houve manifestações acérrimas do presidente francês, nem de artistas famosos. Nenhuma foto de rena ou carcaju queimado. Nenhuma campanha de ONGs e organizações internacionais para boicotar produtos canadenses. Nem na Torre de Londres, nem na Eiffel. Lideranças mundiais pouco disseram ou criticaram. Silêncio e compaixão. Se fosse por aqui…

Segundo o Observatório Europeu Copernicus, os incêndios florestais no Canadá já lançaram na atmosfera mais de 200 megatoneladas de carbono. São as mais altas emissões anuais estimadas para o Canadá pelo Copernicus Atmosphere Monitoring Service. A fumaça dos incêndios canadenses chegou à Europa Ocidental em junho. Atingiu Inglaterra, Noruega, Espanha, Portugal, França (até a Côte d’Azur), Alemanha e avança para o leste. Apesar dos tons de cinza no céu europeu, essa poluição pouco afetará a qualidade do ar, por circular a quilômetros de altitude. As cinzas irão aos poucos para o solo com as chuvas, junto com nanoplásticos.

Em 2022, a Europa teve recorde de áreas queimadas por incêndios florestais. O dobro da média entre 2006 e 2021. A França, segundo o Système Européen d’Information sur les Feux de Forêt, bateu os recordes de 15 anos. Para 2023, a Europa dobrou sua capacidade aérea de combate a incêndios. E espera com mau agouro, dada a seca atual, talvez mais incêndios em 2023 em relação ao ano passado, segundo o comissário europeu para a Gestão de Crises, o esloveno Janez Lenarcic, já atarefado com a guerra na Ucrânia. Assim andam os desenvolvidos do Hemisfério Norte na gestão das florestas.

A queimada é uma técnica agrícola do Neolítico. Deverá desaparecer da agricultura, substituída por tecnologias modernas. Pequenos agricultores queimam resíduos de colheita por não disporem de máquinas para triturá-los e incorporá-los ao solo

O clima mediterrânico em áreas de países como Espanha, Grécia, Itália, França e Estados Unidos favorece incêndios florestais na primavera e no verão. O mesmo ocorre em regiões subpolares, como na tundra e na vegetação de coníferas do Alasca, Canadá e Rússia. Em regiões tropicais, ao contrário, o fogo ocorre sobretudo no outono e no inverno, no período seco. São as queimadas (e não tanto os incêndios) no Hemisfério Sul, América do Sul, África e Brasil. As fogueiras das festas juninas abriram o tempo das queimadas.

Muitos confundem queimadas e incêndios florestais. Queimadas são um fenômeno generalizado na agricultura tropical. Mais de 98% das queimadas praticadas no Brasil são de natureza agrícola. O agricultor decide quando e onde queimar. É uma prática controlada, desejada e faz parte de seu sistema de produção. Tem objetivos e resultados esperados. Exige cuidados, como aceiros e ausência de ventos. E depende muito de fatores meteorológicos.

Labaredas devastaram parte de território indígena | Foto: Reprodução/PrevFogo

No Brasil, ela está associada a sistemas de produção mais primitivos, de quem vive no Neolítico, como no Parque Indígena do Tumucumaque, entre o Pará e o Amapá. Nesses cerrados ocorrem as maiores queimadas do país. Chegam a dezenas de quilômetros quadrados, segundo estudos da Embrapa. O Inpe produz um boletim diário sobre a ocorrência de fogo em terras indígenas. Há as queimadas na pecuária extensiva para renovar e melhorar pastagens, como a sapecada em campos de altitude do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; ou para obter brotação precoce do capim para o gado, como no Sudeste e no Centro-Oeste, em cerrados pastejados ou em pastagens cultivadas. O fogo é usado para reduzir a infestação de carrapatos, animais peçonhentos, pragas e plantas indesejadas. Nesses casos, a queimada ou o fogo controlado cumprem um papel análogo ao da neve na agricultura de países temperados.

A queimada é uma técnica agrícola do Neolítico. Deverá desaparecer da agricultura, substituída por tecnologias modernas. Pequenos agricultores queimam resíduos de colheita por não disporem de máquinas para triturá-los e incorporá-los ao solo. Capoeiras recém-desmatadas e restos de limpeza de pousios também são queimados. A agricultura intensificada e moderna de soja, milho, cana-de-açúcar, algodão, fruticultura e café há muito tempo eliminou as queimadas. O fogo foi substituído por máquinas e sistemas de gestão de resíduos sustentáveis. A falta de informação sobre a natureza das queimadas faz com que elas sejam confundidas com incêndios.

Os incêndios florestais são de natureza acidental, indesejados e difíceis de controlar. Basta ver o Canadá. Ocorrem em vegetações florestais propícias pela comburência e combustibilidade das árvores. Essas vegetações encontram-se essencialmente no Sul e Sudeste. Florestas degradadas, entremeadas por arbustos e gramíneas, matas de araucária e floresta atlântica caducifólia de planalto, além das áreas de pinus e eucaliptos, são as mais propícias a incêndios. Na floresta tropical úmida, um incêndio em vegetação primária é difícil de ocorrer e de se propagar. O mesmo na caatinga. Na seca, a perda das folhas reduz o material comburente. A combustibilidade da parte lenhosa é pouca. As plantas seguem verdes, com água nos tecidos. Caatinga seca não pega fogo, diz o sertanejo, referindo-se também a si mesmo.

Queimadas em plantação de cana-de-açúcar no Brasil | Foto: Shutterstock

Na Amazônia, mesmo após o desmate, o agricultor ainda aguarda a lenta desidratação do material lenhoso. Não há como queimá-lo imediatamente. Pesquisas em Machadinho d’Oeste (RO) indicam ser necessários, em média, oito anos de queimadas, com pilhas e leiras, para consumir o material lenhoso de desmatamento na pequena propriedade. O clima pode atrapalhar ou contribuir para a queimada, agindo como “bombeiro” ou “incendiário”.

Neste momento, o sinal amarelo está aceso para um possível crescimento das queimadas no Brasil. Há indicações da instalação do fenômeno climático El Niño. Aumentou a temperatura das águas subequatoriais do Pacífico. De forma simplificada, isso se deve à intensificação dos ventos do oeste. Eles “empurram” águas aquecidas, mais leves, do norte da Austrália e da Indonésia, em direção à América do Sul. Seu acúmulo no Peru reduz os cardumes de peixes associados a águas frias e oxigenadas, vindas da Antártida. A pesca cai brutalmente. O El Niño é conhecido há séculos. Seus efeitos se fazem sentir mais em novembro e dezembro, Tempo do Advento e de preparação para o Natal do Menino Jesus. Daí o “Niño Jesus” dar nome ao fenômeno.

Alarmistas anunciam “forte El Niño” em 2023. Todos os modelos climáticos ainda não o atestam. Até agora, ele é essencialmente oceânico. É necessária uma “conexão” muito efetiva com a atmosfera, nessa dinâmica do El Niño Oscilação Sul (Enos). Se ocorrer, aumentarão as temperaturas no Norte e Nordeste, com redução de chuvas e prejuízos à agricultura, à geração de energia hidrelétrica e à navegação. E poderá prejudicar o café conilon no norte do Espírito Santo e em Rondônia, e os grãos e algodão no Matopiba.

Incêndio florestal em Quebec, Canadá | Foto: Reprodução/UE

Em geral, períodos de El Niño são positivos para a agropecuária brasileira. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o El Niño amplia chuvas, reduz veranicos e aumenta a produtividade de grãos, pastagens, fruticultura e café. E beneficia a irrigação do Nordeste. Nem sempre ajuda governos e desgovernos.

Desde já, compete às autoridades tomar medidas e socorrer os pequenos produtores do Norte e Nordeste. Serão os mais prejudicados e representam mais de 50% dos agricultores do Brasil. E modernizar a agricultura familiar para reduzir as queimadas. O El Niño favorecerá o aumento de queimadas e o risco de incêndios no Norte e Nordeste, como nos incêndios em Roraima entre 1997 e 1998. Junho já totalizou o maior número de queimadas na Amazônia em 16 anos. Como virá julho? Não adiantará culpar ninguém, muito menos “lacrar” São Pedro. Nem esconder os fatos.

El Niño es travieso. Ignora fiscalização, multas, acusações e narrativas. Aos novos responsáveis pela política ambiental brasileira compete agir. Ou eles contam com um apagão de mídia, políticos e ONGs, como o existente em relação ao Canadá?

Leia também “O sétimo continente”

23 comentários
  1. Marcos Estevam Passarini Ferreira
    Marcos Estevam Passarini Ferreira

    Parabéns, Evaristo. Um texto muito bem escrito, com abundantes fundamentos, fontes e citações. Com essas evidências, concluímos o quanto somos influenciados e manipulados pela grande mídia e pelos interesses econômicos e políticos daqueles que propagam a Nova Ordem Mundial. Os graves incêndios em florestas canadenses e o total silêncio daqueles artistas, políticos e ecologistas, que foram às redes sociais e aos jornais, falar mal do Governo brasileiro (que era conservador), acusando-o de não cuidar da floresta amazônica. Sua matéria foi excelente e deveria ser amplamente divulgada.

  2. R.F. Nobre
    R.F. Nobre

    Infelizmente não vemos a mídia tradicional expor a situação comentada neste exclarecedor artigo. Acredito que não interessa para certos grupos esclarecer didaticamente a maioria da população, apenas isto.

  3. Antônio Cesar Bortoletto
    Antônio Cesar Bortoletto

    Excelente artigo, apenas um comentário: não há mais queimadas em lavouras de cana de açúcar em nenhum estado

  4. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    Artigo digno da Revista Oeste. Sou assinante com orgulho.

  5. Eloisa Moreira Alves
    Eloisa Moreira Alves

    Artigo excelente e esclarecedor. Abraços Eloísa

  6. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Que texto maravilhoso

  7. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Esse Evaristo de Miranda é muito bixiguento de bom, o caba intende de geomorfologia e de clima que só a peste. Eu vou apresentar ele a Greta e Leonardo Di Caprio pra os dois nunca mais passar por ridículos perante o mundo

    1. D.P.
      D.P.

      Exato, que eles paguem a conta. Mas no Canadá, o povo é orientado a se auto exterminar… vai entender. Aqui as FFAA… até onde sei… peleja na Selva. Queimada se apaga como homens e máquinas. A conta… não se pode por nas costas do Brasil. Simples. Por isso o tal selo Satânico ambiental. São uns Hipôcritas. Querem monopolizar tudo, até nossa riqueza natural e mineral.

  8. Frederico Oliveira dos Santos Melo
    Frederico Oliveira dos Santos Melo

    Artigo muito interessante!

  9. Paulo Ricardo
    Paulo Ricardo

    Parabéns pelo artigo, que reafirma a posição da Oeste como exceção quase única, na imprensa brasileira, de compromisso com a informação honesta. Neste caso, como em tantos outros, a esquerda globalista (daqui e de fora) exemplifica um padrão de comportamento já condenado pelo próprio Cristo, conforme registra o Evangelho de Mateus:
    “Não julgueis, e não sereis julgados. Pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho?Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.”

  10. João José Augusto Mendes
    João José Augusto Mendes

    Muito bom gostei. São Paulo que se lrepare, ainda dâ tempo..

  11. Waldomiro Ragosta
    Waldomiro Ragosta

    Caro Evaristo,

    Seus comentários são brilhantes, e adoro todos, mas por vezes são longos demasiadamente. Talvez sintetizar um pouquinho seria bom.

  12. Ronaldo Rodrigues Rosa
    Ronaldo Rodrigues Rosa

    Esclarecedor.🙏

  13. DONIZETE LOURENCO
    DONIZETE LOURENCO

    O brasileiro urbano que é o que mais tenta lacrar sobre área rural a maioria nunca visitou uma chácara.
    Nasci na roça e cresci na roça e lembro quando meu pai ateava fogo para limpar o terreno.
    Esse trabalho era sempre feito com ajuda de todos os agricultores e quando terminava uma propriedade seguiam para outra até todos terem suas terras em condições de serem semeadas.
    Ainda tenho parentes na atividade mas os novos equipamentos e tecnologias modernizaram a atividade com ganhos para toda a sociedade.

  14. Praxedes
    Praxedes

    Excelente texto!!!!

  15. Alice Helena Rosante Garcia
    Alice Helena Rosante Garcia

    Facil de ler e entender, claro e lucido
    Dificil imaginar como ainda as pessoas nao perceberam (será?) a importancia de manter, preservar e proteger a nossa inegociavel Amazonia
    Que Deus nos proteja

  16. Mauro C F Balbino
    Mauro C F Balbino

    Concordo com tudo menos com a afirmação que queimadas são controladas, ao menos não no Sul de Minas. O caboclo queima um pasto e daqui a pouco já vai na terra do vizinho ou nos loteamentos com casas. Perdi cerca e plantação ano passado, ano também em que os bombeiros foram chamados para residências construídas na periferia. Isso é costume por aqui, mesmo sendo ilegal e punido por lei. Tive disso no Aterrado e, anos atrás, na Montanha Sagrada, no lado oposto do município. O vizinho queima e a gente arde nos lotes. São Lourenço – MG.

  17. ENEIDA COSTA
    ENEIDA COSTA

    Por aqui podemos contar com um apagão da mídia e dos políticos. Atualmente tudo pode ou é varrido pra debaixo do tapete.

  18. Jose Narciso Barbosa Soares
    Jose Narciso Barbosa Soares

    Mais um excelente e esclarecedor artigo do Dr. Evaristo de Miranda, a quem envio minhas vivas felicitações, e também à Oeste por tê-lo como colunista.
    Se os incêndios que estão devastando o Canadá fosse nalgum país de governo “reacionário”, o consórcio mediático velhaco já teria trovejado com o apocalipse político. Como o Primeiro Ministro do Canadá, Justin Trudeau, é uma estrela sem brilho do globalismo climático, toda essa incompetência e hipocrisia são varridas para debaixo do tapete!
    No artigo em apreço, cumpre ressaltar a explicação pedagógica apresentada pelo autor entre queimada agrícola e incêndio florestal, muito diferente da atitude demagógica dos kmers verdes.
    Saudações.

  19. Silas Veloso
    Silas Veloso

    Isso é q é informação nutritiva e real! Parabéns

  20. Mario Fontes
    Mario Fontes

    Parabéns, Evaristo.
    Sobre o “El Niño”, as águas do oceano Pacífico (um terço da superfície do planeta) se aquecem, acarretando o aumento da evaporação, o que então propicia um aumento da formação de nuvens, que logo passam a sombrear mais a superfície, reduzindo assim a insolação e consequentemente a temperatura na superfície, e então se reduz a evaporação e formam-se menos nuvens, que por sua vez passarão a permitir uma maior insolação e a elevação da temperatura, e o ciclo todo – que pode demorar um ou dois anos – recomeça, uma oscilação que se retroalimenta negativamente e que tende, sempre, ao equilíbrio…

  21. RCB
    RCB

    Silêncio na Câmara e Senado também. Pai Celeste… Quanto custará a Amazônia?

  22. José Gilberto Jardine
    José Gilberto Jardine

    Parabéns Evaristo. Os dados são impressionantes. Leio diariamente o Globo, não vi nada sobre isso. E se fosse no Brasil?

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