A agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito de longo prazo do Brasil de BB- para BB esta semana, com perspectiva estável. Segundo informou a instituição, a mudança reflete um “desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas”. A agência também cita a expectativa “de que o novo governo trabalhará em melhorias adicionais”.
A agência mudou, ainda, a projeção de crescimento do PIB em 2023 de 0,7% para 2,3% e prevê a convergência para um crescimento estrutural de 2% ao ano no médio prazo. Em junho, a S&P alterou a perspectiva de nota de crédito do Brasil de estável para positiva, porém sem elevar o rating em si. A mudança da agência foi a primeira desde 2019.
O comunicado da Fitch sobre a decisão menciona que, desde 2018, “apesar das persistentes tensões políticas”, houve progresso no enfrentamento de desafios econômicos e fiscais, citando a reforma da Previdência, aprovada em 2019, e a independência do Banco Central, em 2021, ambos no governo de Jair Bolsonaro. A Fitch tenta ser equilibrada, mas não consegue.
A agência acrescenta que, embora Lula defenda um afastamento da agenda econômica liberal dos governos anteriores, espera-se que “o pragmatismo e os freios e contrapesos institucionais mais amplos evitem desvios radicais de macro ou micropolítica, enquanto o governo também busca iniciativas para apoiar o setor privado”, destacando a proposta de reforma tributária, em tramitação no Senado. A reforma tributária não será benéfica para a economia, mas a agência de risco prefere bater bumbo com a indústria.
O que há de melhora concreta se deu no governo Bolsonaro, e a expectativa é que Lula, apesar de suas falas, não vá mexer nisso. Pura torcida, além de fechar os olhos e os ouvidos para o que o próprio presidente diz
A agência ainda faz elogios à atuação do BC, que, segundo ela, “conduziu uma política monetária prudente e proativa durante o recente choque inflacionário e manteve a taxa Selic em 13,75% desde agosto de 2022, em meio a incertezas fiscais, rigidez no núcleo da inflação e algum desvio para cima nas expectativas de alta de preços”. Não custa lembrar que o PT tem demonizado o presidente do BC, mas isso deve ser só retórica para os analistas da Fitch.
Em resumo, ela admite que os “governos anteriores fizeram reformas importantes, apesar do ruído político” e “que estão mudando a nota na esperança de o governo de esquerda manter as reformas”. Ou seja, o que há de melhora concreta se deu no governo Bolsonaro, e a expectativa é que Lula, apesar de suas falas, não vá mexer nisso. Pura torcida, além de fechar os olhos e os ouvidos para o que o próprio presidente diz.
Os petistas, os mesmos que repetem que pobre não come Ibovespa quando a bolsa despenca em seus governos, festejaram. É o velho complexo de vira-lata: o que vem de fora sempre importa mais. Randolfe Rodrigues escreveu: “A confiança só aumenta! A agência de risco Fitch elevou a nota de crédito do Brasil, devido ao bom desempenho da nossa economia e dos esforços de responsabilidade fiscal. Pergunta aos entendidos: é esse o comunismo de que tinham medo? É essa a Venezuela que o Brasil ia virar?”.
Talvez seja muito cedo para o senador comemorar saltitando. Afinal, no mesmo dia em que saiu a mudança do rating pela Fitch, tivemos um dado concreto nada animador: o investimento estrangeiro no setor produtivo do Brasil voltou a cair em junho. O saldo entre entradas e saídas do chamado Investimento Direto no País (IDP) ficou positivo em US$ 1,9 bilhão, o mais baixo desde dezembro de 2021, quando houve saídas líquidas de US$ 5,2 bilhões.
Segundo estatísticas do setor externo divulgadas nesta semana pelo Banco Central, o valor de junho foi 65% inferior ao de maio e 64% menor que o registrado em junho de 2022. Com isso, o IDP do primeiro semestre de 2023 foi de US$ 31,6 bilhões, 27% abaixo do valor acumulado em igual período de 2022. A Fitch tem esperança no futuro, mas o presente não parece refletir tal otimismo. Isso, claro, foi ignorado pelos petistas.
A postura de alguns analistas do mercado diante da ameaça comunista remete aos primeiros governos petistas. Lá, como agora, muita gente ficou animada com o “pragmatismo” de Lula, e até mesmo Dilma foi tratada como uma “gestora eficiente”. Quem não lembra da capa da revista britânica The Economist, em novembro de 2009, estampando nosso Cristo Redentor decolando? O otimismo da época era contagiante, mas eu era o economista chato que fazia palestras alertando para os pilares de areia do modelo petista.
Em setembro de 2013, a Economist teve de se encontrar com a realidade, e colocou novamente o Cristo Redentor na capa, mas dessa vez como se estivesse em queda vertiginosa. O título perguntava: “O Brasil estragou tudo?”. E o subtítulo dizia: “Uma economia estagnada, um Estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo”. Mas ela não mudou. Ao contrário: dobrou a aposta, e o Brasil afundou de vez na maior recessão de nossa história, levando ao impeachment da “presidenta”.
Analistas de mercado, vale notar, também são pragmáticos: o que eles buscam analisar é a situação econômica e a capacidade do Estado de pagar suas dívidas. Aspectos como liberdade de expressão, robustez democrática ou império das leis não importam tanto assim, pois a análise não é sobre a qualidade da cidadania, mas sobre aspectos econômicos apenas. Se a China voltar a crescer bem, então será bem avaliada, não importa que seja uma ditadura comunista. Elevar rating, portanto, não é um atestado positivo sobre nossa democracia.
Mas mesmo na questão econômica há evidente exagero, torcida, até alienação. Uma vez mais esses analistas se animam com uma imagem idealizada do petismo, deixando de lado todo seu viés radical, suas promessas insanas, seu populismo descontrolado. Lula faz de tudo para demonstrar que é comunista com orgulho, mas os analistas preferem acreditar na imagem de Mandela pintada pela velha imprensa.
Não sou profeta do caos, alarmista ou alguém que torce contra o país. Mas preciso ser realista nas minhas análises, e ao menos tenho meu histórico de acertos para esfregar na cara das Polianas iludidas. Portanto, quem quiser anotar para me cobrar depois, fique à vontade: o Brasil não corre o menor risco de dar certo com essa turma petista no comando. Os dados vão decepcionar todos aqueles que fingem que está tudo indo bem no país…
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Exatamente Constantino. Nem precisa ir tão longe na história para corroborar isso.
Rodrigo Constantino, negar suas colocações é ignorar o passado recente.
Sua afirmação de que não há a mínima chance de o Brasil dar certo nas mãos do PT deve ser corroborada por qualquer pessoa com um mínimo de bom senso. Não é necessário entender de economês.
Estamos assistindo a um remake de filme ruim com final péssimo, e pior, trágico.
Nas pedaladas daquela senhora que desejava estocar vento, mergulhei na mais profunda crise financeira pessoal, acreditando que amanhã seria diferente e melhor.
Em 2023 assistimos novamente ao inchaço da máquina pública, cargos distribuídos aos comparsas, Petrobrás a caminho de mais um tombo, fúria arrecadatória, viagens internacionais com gastos nababescos sem nenhum resultado positivo, móveis de alto luxo para o Palácio, etc. A conta não vai fechar nunca e vão continuar gastando até a quebra de todas as nossas estruturas produtivas.
Afinal socialista progressista que se preza gosta de ostentação, e se for com recursos alheios, aí é o paraíso.
No meu caso foram 6 anos de aperto nos gastos e abandono de práticas normais a qualquer cidadão como, restaurantes, passeios ou qualquer espécie de lazer com o corte inclusive da TV por assinatura. Fui forçado a gastar menos do que recebia.
A análise da agência, embora mencionado e ignorado pela “petralhada” que são frutos da gestão anterior, vai de encontro aos interesses da agenda dos magnatas mundiais.
Constantino concordo com você este é o país do faz de contas assim como os analistas ideológicos!
Parabéns Consta! Um verdadeiro farol de sensatez, em oceanos de narrativas e torcidas ideológicas. Que Deus te abençoe.
Constantino, só tenho uma coisa a dizer: concordo inteiramente contigo!
Estamos rumando céleres para a Ditadura da Ignorância. Só isso.
O problema que a escolha para um cargo técnico, é totalmente político ( a China, é sempre um caso a ser estudado, apesar d’eu achar que vai fazer muita água em algum momento). Não há meritocracia. Apenas obedecer à certas ” doutrinas “. O resto que se lasque!
Randolfe tem o ódio e a inteligência do Jean Wyllys, só lendo ou vendo os fatos que se enquadram na sua caixinha bem estreita.
A Venezuelização já está aqui e crescendo, com a prisão de jornalistas ou outros por meras críticas, além de propostas absurdas como a mais recente do L sobre “ofensas aos ocupantes de cargos públicos”. Vai valer para os parentes também?
É isso ai Constantino. Imagina se a atual gestão da Petrobras indicada por Lula, conseguiria fazer o que estão fazendo com novas politicas de dividendos, redução de preços e outras intervenções populistas, se encontrassem a Petrobras como Temer e Bolsonaro a encontraram em 2017 em diante. Ficou fácil para essa equipe dirigente da atual gestão que veio do CONSORCIO DO NORDESTE, fazer mudanças em empresas de economia mista saneadas como a Petrobras.
Quando o efeito da boa gestão do governo Bolsonaro passar e a realidade mostrar o desastre da administração do governo atual, a narrativa será a “herança maldita do Bolsonaro”.
E vai ter a mesma quantidade de crédulos de plantão, pra não baixar o nível, acreditando em mais uma mentira do PT.
TUDO ISSO AI EU JA SABIA. A REALIDADE SE IMPÕE.
Essas “agências” acham que basta publicar que está tudo bem para tudo ir de fato bem.
O que a agência publica, é o retrato do momento. Conforme descrito na reportagem, as mudanças nos governos Temer e Bolsonaro, são que estão dando essa sustentabilidade econômica. Entretanto, a partir do próximo presidente do BC, as configurações serão outras e com certeza começará o declínio do País. Mas eu ainda acho, que essa melhora na economia perdura até 2026, permitindo a reeleição do maior chefe de uma organização criminosa.
Tudo bem, porque agora com o Márcio Pochmann, professor da faculdade de economia da Unicamp, no comando do IBGE estou seguro de que assistiremos à consistente queda da inflação e ao aumento significativo do PIB. Afinal, ninguém melhor do que um terraplanista econômico para maquiar as estatísticas “oficiais”, né? Realmente, não sei de onde vem esse otimismo…
Consta perfeito tem tudo para dar errado. Uma equipe desqualificada a começar pelo Presidente, sem contar o regime ditatorial que querem impor ao povo .
Quem confia em comunista?
Eu fico com pena de quem não se preparou ou quem não pode se preparar pra esse desgoverno. E tem gente, fora a turma de sempre, que acredita no “encantador de serpentes”.
Bastante formativo! A se aprender.
Eu sou alarmista e torço contra o país governado pelos petralhas, espero que fracassem. Caso contrário teremos o comunismo ditatorial como forma de governo e isso não é bom para aqueles que são livres e independentes.
Dentro desse novo regime de governo, todos aqueles que não compactuam com o regime, passam a ser perseguidos e escravizados.
Exato, rezo para estar errado, mas com essa gente não existe a menor possibilidade de dar certo.
Nove dedos, verme sendo verme.