O aeroporto executivo Catarina, localizado entre São Paulo e Sorocaba (no quilômetro 62 da Rodovia Presidente Castello Branco) se prepara para o futuro imediato: vai receber os eVTOLs a partir de 2026. Isso se os veículos de pouso e decolagem verticais estiverem regulamentados até lá. A empolgação é demonstrada internamente pelos executivos do conglomerado de luxo JHSF, dono do Catarina: eles acreditam que o eVTOL, chamado informalmente de “carro voador” ou “carro dos Jetsons”, vai vingar, sobretudo entre o restrito público que busca exclusividade. Conversas com a brasileira Embraer e outras fabricantes dos veículos para o uso do eVTOL já iniciaram. Uma das vantagens do eVTOL é o tempo. Um trajeto entre São Paulo e Campinas pode durar apenas 15 minutos.
A exclusividade de um aeroporto
O Catarina é um tanto desconhecido para o grande público, justamente por se tratar de um aeroporto executivo. Entra ali quem tem o seu próprio jato ou aluga um. Inaugurado no fim de 2019, nas proximidades de São Roque, a 30 minutos de carro de São Paulo, ele cresceu de forma acelerada: de um hangar se expandiu para 12 em apenas quatro anos. A pista é maior que a do Aeroporto de Congonhas, e o terminal recebe cerca de 800 voos por mês.
As personalidades
Já passaram muitas celebridades pelo Catarina, do apresentador Silvio Santos ao empresário Luciano Hang. O passageiro mais ilustre, no entanto, foi o bilionário Elon Musk. Em 2022, Musk aterrissou o seu Gulfstream G650ER, de US$ 65 milhões, no aeroporto para um encontro com o então presidente Jair Bolsonaro e empresários, como André Esteves.
A exclusividade de um aeroporto
Uma mudança de comportamento tem crescido no exclusivo mundo dos mi ou bilionários: o compartilhamento de iates ou, nesse caso, aeronaves. Thiago Alonso, CEO da JHSF, não abre os números, mas diz que dividir jatos tem sido uma constante nas cercanias do Catarina. Isso significa que o usuário pode compartilhar um veículo com um ou seis amigos. Por US$ 1 milhão, já se pode cogitar uma cota de uma aeronave. O problema ocorre em datas festivas, como o réveillon, quando todos querem usar o brinquedinho.
Um mercado a explorar
O Brasil é o segundo maior mercado em aviação executiva do mundo. A JHSF viu uma lacuna de negócio-chave anos atrás: a malha aérea comercial não atinge inúmeros lugares num país extenso como aqui. E mais: a aviação executiva economiza tempo. Ou seja, a empresa — dona também de hotéis e restaurantes da marca Fasano e de shopping centers, como o Cidade Jardim — viu um mercado que não era atendido no país.
Por falar em eVTOL
Dança das cadeiras na Eve, a subsidiária da Embraer que entrou na lista de Nova York e é uma das maiores desenvolvedoras de eVTOLs no mundo. Johann Bordais assume como CEO da Eve Air Mobility em 1º de setembro. Ele vem da instância máxima da divisão de serviços e suporte da Embraer. André Stein, atual CEO, seguirá na companhia. Como antecipado pelo site de Oeste, Taubaté, no interior paulista, foi a escolhida para receber a primeira fábrica de aeronaves elétricas da Eve. Estima-se que a empresa tenha uma carteira de faturamento de US$ 8 bilhões, com mais de 2,8 mil pedidos.
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Mais shoppings
A Multiplan busca terrenos para levantar mais shoppings. Eduardo Peres, CEO da administradora de 20 shopping centers no país, disse a investidores que houve aumento no interesse de marcas estrangeiras em shoppings brasileiros. Questionado, não citou nomes de empresas. Há um mês, a sueca H&M anunciou o planejamento de lojas físicas e on-line no Brasil, a partir de 2025.
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O pai da bomba
O sucesso nos cinemas do filme de Christopher Nolan sobre Robert Oppenheimer impactou imediatamente o setor editorial brasileiro: Oppenheimer: O Triunfo e a Tragédia do Prometeu Americano, de Kai Bird e Martin J. Sherwin, a biografia do físico que inventou a bomba atômica (e serviu de base para o filme), é uma das mais vendidas em diversas livrarias do país.
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