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Glenn Greenwald, jornalista | Foto: Wikimedia Commons
Edição 177

Glenn Greenwald: ‘Ficou perigoso ser contra o STF’

Jornalista critica o ministro Alexandre de Moraes e a grande imprensa, e defende a liberdade de expressão

Cristyan Costa
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“A cada dia que passa, o STF tem menos limites ao seu poder”, resumiu o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, sobre a atuação da Corte desde o governo Bolsonaro. De acordo com Greenwald, “ninguém fala nada contra isso”, tampouco o mundo jurídico, por medo do ministro Alexandre de Moraes, que ganhou poderes quase absolutos sobre o Brasil, com a relatoria dos inquéritos sigilosos abertos de ofício pela Corte, em 2019, e que parecem não ter fim. “A ministra Cármen Lúcia prometeu que isso tudo terminaria depois de 31 de dezembro”, observou Greenwald. “Até agora, porém, Moraes continua usando esse poder.”

Vencedor de diversos prêmios, entre eles o Pulitzer, por reportagens sobre o caso Snowden, Greenwald critica o papel desempenhado pelas mídias brasileira e estrangeira. Segundo Greenwald, jornalistas trocaram o ofício pelo ativismo político ao iniciarem uma cruzada contra os ex-presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump. Isso justifica o comportamento da mesma imprensa que agora o ataca, depois de tê-lo aplaudido em 2019, pela publicação de mensagens do caso que ficou conhecido como “Vaza Jato”.

Glen Greenwald | Foto: Wikimedia Commons

Sobre Sergio Moro e Deltan Dallagnol, duramente criticados por Greenwald, ele acha que o processo de cassação do ex-deputado se deu por “vingança” do PT e do Centrão, aterrorizados pela Lava Jato. Se o mesmo ocorrer com o ex-juiz e agora senador paranaense, terá a mesma motivação. O jornalista comentou também as big techs, o governo de Joe Biden e as liberdades no mundo.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Como o senhor tem visto a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), desde o início do governo Bolsonaro?

O STF mudou completamente a posição que tinha, como a de aprovar pedidos da Lava Jato feitos pelo ex-juiz Sergio Moro. Em algumas ocasiões, o ministro Alexandre de Moraes foi chamado pela esquerda de “golpista” e “fascista”, por fazer parte da gestão Temer. Com a chegada de Bolsonaro, a Corte virou inimiga do presidente e bem-vista pelos inimigos dele. O STF viu que Lula seria a única pessoa capaz de derrotar Bolsonaro e usou a Vaza Jato como justificativa para soltar o petista, mesmo estando proibido pela lei. Os ministros também entenderam ser necessário adotar quaisquer medidas, ainda que autoritárias, para derrotar o bolsonarismo, incluindo censura e prisão de membros do movimento, como jornalistas e políticos. Tudo o que vem do STF hoje faz parte dessa mentalidade. Lembro-me de uma fala da ministra Cármen Lúcia expressando preocupação com os inquéritos que deram a Moraes poderes quase absolutos para, sem o devido processo legal, “proteger as eleições”. Ela prometeu que isso tudo terminaria depois de 31 de dezembro. Até agora, porém, Moraes continua se dando esse direito, sem ninguém falar nada. A cada dia que passa, o STF tem menos limites ao seu poder.

Há uma tentativa do governo Lula, em parceria com o Judiciário, de criminalizar a oposição no Brasil?

Recentemente, publiquei um artigo denunciando a atuação do deputado federal André Janones (Avante-MG), que age mais como uma estrela das redes sociais do que um integrante do Poder Legislativo, para criminalizar a oposição. Nas redes sociais e na internet, é ele quem desempenha o papel de defender ideias extremas do PT e da esquerda para dessensibilizar as pessoas e concretizar esses pensamentos. Agora, por exemplo, Janones está defendendo explicitamente a necessidade de criminalizar todo o bolsonarismo. Nessa lógica, 50% dos brasileiros que concordam com as ideias do ex-presidente, ou apenas veem nele uma alternativa melhor que Lula, podem se tornar bandidos da noite para o dia. E o STF está indo exatamente para essa direção diariamente, agindo de maneira extrema.

“Tenho dito ao meu público nos Estados Unidos e na Europa que o Brasil se tornou um ‘laboratório do autoritarismo’, no qual os estrangeiros veem o quão extremo se pode ser e qual é o limite da resistência real do povo”

Por que ninguém faz nada?

A maioria das pessoas tem medo de Moraes, a começar pelo mundo jurídico, que deveria ser o primeiro a dizer que os atos dele violam a Constituição. A Carta Magna garante a liberdade de expressão e o devido processo legal para todas as pessoas. Mas, no Brasil, todos sabem que está perigoso criticar Alexandre de Moraes e ser contra o STF, até para partidos de esquerda, como o PCO, censurado por divergir do juiz do STF publicamente. Na minha carreira, de quase 20 anos de jornalismo, nunca tive nenhuma experiência semelhante de, antes de criticar alguma autoridade, parar para pensar se valeria o risco ou se deveria mesmo fazer aquilo. Apenas aqui, no Brasil, isso ocorreu, quando pensei em expor minhas ideias contrárias aos atos dele. Eu o fiz, faço e continuarei fazendo. O medo que está na minha mente é o mesmo embutido em todos os que querem criticar o ministro. É algo autoritário.

O norte-americano Glenn Greenwald, durante o debate da liberdade, mídia e poder, na 12ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), em 2014 | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
A liberdade de expressão está em xeque no Brasil? E no mundo?

Se lembrarmos como a internet começou, veremos que ela, desde o começo, prometeu empoderar as pessoas, portanto, tirando o poder das instituições, por permitir a todos falar sem o controle do Estado. Quando o establishment vê uma ferramenta que pode ameaçar a sua hegemonia, obviamente vai querer controlá-la. É exatamente isso que está acontecendo agora em toda parte. Esse padrão de censura está sendo estabelecido no mundo inteiro. Tenho dito ao meu público nos Estados Unidos e na Europa que o Brasil se tornou um “laboratório do autoritarismo”, no qual os estrangeiros veem o quão extremo se pode ser e qual é o limite da resistência real do povo. Lá fora, querem copiar o que está sendo feito no Brasil.

Quem é o establishment?

As autoridades de fato no poder. Sempre há um grupo que tem a maioria das riquezas e do controle das decisões. Às vezes, partidos políticos, como o Republicano e o Democrata, não têm importância. No fim das contas, interessa a um grupo seleto de pessoas que tem influência manter seu domínio. Quando digo que estão implementando censura, falo de grupos que têm medo da internet.

Desde que o senhor começou a fazer críticas ao STF, ao governo Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, jornalistas e influenciadores digitais de esquerda, que o elogiaram pela Vaza Jato, passaram a atacá-lo. Por quê?

Quando publiquei a Vaza Jato, disse o tempo todo que minha causa não era promover o PT, Lula ou a esquerda. Meu propósito não era político, mas, sim, agir de acordo com os valores jornalísticos, ou seja, relatar o que os poderosos fazem. Acho que quase ninguém, da esquerda ou da direita, acreditou em mim. Avisei que não tinha fidelidade a um campo ideológico. Se você está fazendo seu papel como jornalista, é natural que, às vezes, seja atacado por um dos lados. Em 2018, numa entrevista, Marina Silva comentou a existência do gabinete do ódio. Segundo ela, os bolsonaristas não o inventaram. O autor desse “departamento de difamação” é o PT que, durante a campanha eleitoral de 2014, destruiu a biografia da ministra. Agora, vejo esse aparato todo sendo usado contra mim.

hacker Vaza Jato
O hacker Walter Delgatti Neto | Foto: Reprodução/YouTube
A Vaza Jato é acusada de ter soltado Lula da cadeia. Hoje, olhando para trás, o senhor faria algo diferente com o conteúdo que recebeu do hacker?

Não. Sinceramente acho que, se fizesse qualquer coisa diferente, seria corrupto da minha parte. Tranquilamente, eu receberia um arquivo hoje mostrando que decisões proferidas contra Bolsonaro foram cheias de corrupção. Publicaria com a mesma mentalidade da Vaza Jato. É muito perigoso ter jornalistas decidindo se divulgam ou escondem informações com base na expectativa de qual partido vai ser beneficiado ou prejudicado com aquilo. Esse não é o papel dos jornalistas. Infelizmente, Moro, Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato fizeram coisas inapropriadas no processo do Lula, no meu ponto de vista. Quando recebi essas informações, me vi na obrigação de divulgar.

O senhor acha que a cassação do ex-deputado federal Deltan Dallagnol foi correta? E o possível mesmo destino ao senador Sergio Moro?

Ninguém tem mais críticas a Dallagnol e a Moro que eu. Eles não têm meu apoio. De todo modo, acho que o processo de cassação de Dallagnol e o andamento da ação contra Moro na Justiça Eleitoral estão motivados por vingança do PT e do Centrão, aterrorizados pela Lava Jato. Não estou falando que não tem nenhuma justificativa. Vejo isso tudo da mesma forma que analisei o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Pedaladas não têm de ser cometidas, mas, no contexto de toda a corrupção em Brasília, ninguém se importava até então com pedaladas. Os motivos foram outros. A mesma coisa ocorre com Moro ou Deltan. Novamente, no contexto da corrupção que há em Brasília, os motivos pelos quais Dallagnol foi cassado, e que podem alcançar Moro, são triviais.

Dallagnol
Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O que você pensa a respeito da atuação da grande mídia brasileira de uns tempos para cá?

O mesmo mal que se apoderou da mídia corporativa estrangeira tomou conta da brasileira. Nos Estados Unidos, a imprensa decidiu que Donald Trump era tão “prejudicial” à democracia que qualquer coisa contra ele e seu movimento de apoiadores se tornou justificável, incluindo mentir. Os jornalistas deixaram de ser profissionais da comunicação e vestiram a camisa de ativistas políticos. É assim desde a eleição dele até hoje. No Brasil, a coisa é incrivelmente idêntica. A esquerda passou a adorar a GloboNews e o Grupo Globo porque o canal transformou-se em “anti-Bolsonaro”. A mídia vai mentir e apoiar a censura para destruir o ex-presidente. Não consigo imaginar como alguém pode querer ser jornalista, ou dizer sê-lo, e apoiar a censura. Acabaram os limites e a ética. Isso é mais perigoso que qualquer suposta ameaça que o bolsonarismo poderia ser.

Como foram os quatro anos de Bolsonaro para o senhor? E o governo Lula?

Tinha muita preocupação, por causa dos comentários de Bolsonaro sobre ditaduras, golpes em outros países e fechamento de instituições. Sobre o governo em si, entendo que o establishment, composto de banqueiros, mídia e o Centrão, impediram o ex-presidente de fazer a maioria das coisas que prometeu durante a campanha. Ele era fraco, como Lula hoje o é. Para mim, muitos dos perigos que o Brasil teve vieram mesmo do grupo que queria destruir Bolsonaro. Sobre Lula, há coisas que apoio, como a agenda internacional. Estou totalmente alinhado à ideia segundo a qual o Brasil não deve se envolver no conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Não temos de usar os recursos do país para alimentar uma guerra que vai durar anos, sem uma resolução clara. Apoio também os acenos de Lula ao meu amigo, o jornalista Julian Assange. Discordo, no entanto, da forma como Lula faz política, principalmente com o Centrão. Isso o enfraquece muito. Não é um presidente forte.

Lula apoia o PL das Fake News. O que o senhor acha disso?

Há uma parte da lei que não sou contra: a de grupos de comunicação e produtores de conteúdo serem remunerados pelas big techs. Essas empresas de tecnologia enriquecem usando conteúdo de profissionais sérios. Portanto, é justo que essas pessoas ganhem dinheiro, por divulgarem seu trabalho nas plataformas digitais. O que me preocupa na lei é a tentativa de exigir que as big techs censurem conteúdo de que o governo em questão discorde ou que considere de ódio. Em um cenário assim, as companhias vão barrar tudo o que não agradar ao governo, com medo de receber multas absurdas. No fim das contas, teremos a ampliação do poder nas mãos do Estado, o que é perigosíssimo. A história mostra que é muito perigoso permitir que o governo e juízes tenham o poder de dizer o que é ou não verdade.

Monark, youtuber | Foto: Reprodução/YouTube
Por falar em censura, de que modo o senhor avalia o caso do youtuber Monark envolvendo o STF?

Estou indignado. A repercussão que a mídia fez de uma entrevista que ele concedeu vendeu uma grande mentira. A imprensa brasileira e, agora, a estrangeira disseram que Monark defendeu o nazismo. É um absurdo. O que ele fez foi dizer que o Estado não deveria ter o poder de banir partidos políticos, incluindo um nazista. Deturparam isso para destruir a reputação de um youtuber independente que, agora, perdeu canais e até o direito de falar qualquer coisa para seu público imenso. Somadas a multas abusivas, essas medidas têm um único propósito: silenciá-lo completamente. Monark não teve o devido processo legal. A decisão contra ele e parlamentares de direita era sigilosa. Dessa forma, os advogados do influenciador nem sequer tiveram o direito de ler os autos e contestá-los na Justiça. O direito de defesa não valeu para ele. Isso é autoritarismo em estado puro.

Em um artigo, o senhor afirmou que existe uma parceria entre as big techs e o Partido Democrata. Qual é o objetivo dessa aliança?

Se olharmos para a eleição de 2020, veremos que 90% do dinheiro doado pelas big techs foi para a campanha de Biden e dos democratas. Isso mostra qual é a ideologia dessas empresas. No entanto, uma vez no poder, os democratas começaram a ameaçar explicitamente as big techs: ou continuam censurando os adversários do partido e do sistema, ou vão sofrer o peso da lei. Ao mesmo tempo, partes do governo federal, como o FBI e o Departamento de Estado, também se sentiram ameaçadas por Trump, em virtude das posições do ex-presidente contra guerras em outros países, por exemplo. A CIA juntou-se a essa aliança e criou o falso escândalo entre Trump e a Rússia, algo totalmente desmentido. Somados a esse grupo, há ainda republicanos descontentes com a nova cara do partido desenhada por Trump. Em linhas gerais, é uma grande facção que acha que tudo é válido para alcançar seus objetivos e justificável contra seus adversários.

Leia também “O movimento antirracista segrega e desumaniza o negro”

17 comentários
  1. RODRIGO DE SOUZA COSTA
    RODRIGO DE SOUZA COSTA

    Coerente ele é. Bela entrevista.

  2. DONIZETE LOURENCO
    DONIZETE LOURENCO

    Ótima entrevista com um jornalista esclarecido e defensor de princípios que estão tentando retirar do nosso cotidiano.
    Exceto o AI-5, não tenho lembranças de ter vivenciado atos “democráticos” como os aplicados pelos atuais ditadores.
    Decisões podem ser assertivas ou não, agradam uma parcela e desagrada outra, isso é absolutamente normal em qualquer democracia.
    Mas o que estamos vivenciando no país é um verdadeiro assassinato da Constituição e do estado de direito.
    Decisões arbitrárias e desprovidas de qualquer amparo legal vigente colocam o país em uma rota muito perigosa para as instituições e o povo em geral.

  3. Wilson F Rodrigues Jr
    Wilson F Rodrigues Jr

    1) Toda decisão, então, deve ser um ato individual e solitário, sem consilta, sem participação, à duas mãos.

    2) Texto colegial demais para quem está na posição de grande jornalista, o que ppde indicar “respostas padrão”.

    3) Não confio

    4) Vejo até que a RO, ao contrário do que pregava Ricardo Boechat, dá palanque para esse “senhore”.

  4. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Esse cara tem razão em algumas isenções e acusações sobre o pessoal da lava-jato, mas o que é fundamental para análise é o espectro ideológico que está contaminado internacionalmente com o crescimento tecnológico da China ligada a agenda 2030 atrelada com a Nova Ordem Mundial. Temos que observar a desproporcionalidade dos delitos, isso se quiser ficar no lenga-lenga. É bem melhor todas as autoridades decentes, política ou não, exigir que os criminosos que estão no poder já passaram de todos os limites. A população exige que se cumpram a cidadania e preserve a soberania da nação

  5. Claudia Aguiar de Siqueira
    Claudia Aguiar de Siqueira

    Pode-se concordar ou discordar desse rapaz, mas é inegável que é muito inteligente e competente. Mas até pessoas com essas características podem se deixar levar pela ideologia. Como ser um defensor intransigente da democracia e das liberdades individuais e concordar com a agenda internacional do Lula, de simpatia e proximidade com regimes autocráticos, incluindo apoio explícito à Rússia na guerra contra a Ucrânia?

    1. Cícero Ruggiero
      Cícero Ruggiero

      Não perdi meu tempo em ler essa entrevista. E também acho que essa revista não deveria entrevistar esse oportunista, que fez questão de contaminar a operação lavajato. Por causa também dele estamos enfrentando esse desgoverno atual e é capaz que foi um caminho sem volta. Decepcionado com essa revista.

      1. Rosely M G Goeckler
        Rosely M G Goeckler

        Experimente ler!
        A entrevista está bem-feita!
        Não é preciso concordar com tudo! Eu discordo de vários pontos, dentre elas a vergonhosa política internacional adotada hoje! Se é possível chamar de política internacional!

        Entretanto, um jornalista de esquerda ser contra a censura hoje, parece uma grande novidade!

        Se bem q a ala da esquerda não parece ter jornalistas, mas militantes oportunistas!

  6. Antonio Carlos Neves
    Antonio Carlos Neves

    Crystian poderia ter perguntado como o hacker chegou a procura-lo. Lembro que na época foi comentado que Manoela Dávila ex parlamentar do PC do B foi a intermediária dessa aproximação, e segundo ela teria consultado seu advogado Jose Eduardo Cardoso ex ministro da Justiça de Dilma. Não teria sido mais enriquecida esta entrevista?

  7. Lucia Knihs Stiehler
    Lucia Knihs Stiehler

    Gostei da entrevista, mas poderia ser questionado sobre a opinião dele ” houve ou não corrupção na operação Lava Jato”? A corrupção não ficou demonstrada?

    1. RODRIGO DE SOUZA COSTA
      RODRIGO DE SOUZA COSTA

      não houve e ninguém consegue definir o abuso de autoridade que os procuradores exerceram. Mas isso, vão explicar para a população daqui a 30 anos, se não virarmos um governo autoritário.

  8. Vanessa Días da Silva
    Vanessa Días da Silva

    Não conhecia o trabalho dele e tinha uma má impressão. Excelente entrevista, demonstrou sobriedade e imparcialidade necessárias à profissão. Parabéns

  9. Leonardo Abreu
    Leonardo Abreu

    Esse viúvo perdoou A Nunes?

    1. AMADEU DA SILVA ZULLINO
      AMADEU DA SILVA ZULLINO

      Vejo que GG é um jornalista sério, idealista e que acredita numa esquerdopatia democrata. Isto faz dele um ingênuo, apesar de ser inteligente , competente e autêntico. Qualquer governo de extrema esquerda ou extrema direita nunca será uma democracia e sim uma ditadura. Comparo GG com o escritor George Orwell, um marxista honesto, idealista e que acreditava num governo marxista com ampla liberdade. Visitou a URSS, a Rússia de Stalin e ficou horrorizado. Escreveu então a “Revolução dos bichos”, uma obra-prima que mostrou ao mundo que Stalin e Hitler eram muito semelhantes. Em vez de dividir a política em direita, esquerda e centro (herança anacrônica da revolução francesa) devemos dividir apenas em Democracia e Autoritarismo/Totalitarismo. Na atualidade o Brasil é uma frágil democracia correndo celeremente para os braços do autoritarismo. Que regressão!!! Triste!!! Gostei de boa parte da entrevista.

  10. Christian
    Christian

    GG é um jornalista que trabalha como jornalista.
    Ele se atém aos fatos e não ao viés político.
    Se a verdade deve ser dita, doa a quem doer, ela deve nos dar o direito de chegarmos as nossas próprias conclusões e não ouvir comentários direcionados pelas edições das revistas que são especialistas em distorcer a realidade.

  11. Luzia Helena Lacerda Nunes Da Silva
    Luzia Helena Lacerda Nunes Da Silva

    EXCELENTE ENTREVISTA.
    Que venham muitas outras.

  12. Maria Weber
    Maria Weber

    Este jornalista é a única pessoa de esquerda que já conheci em toda minha vida. Por mais Glen Grenwald

  13. Paulo Ferreira
    Paulo Ferreira

    GG é excepcional jornalista. Admiro o muito. Discordo do que ele pensa sobre a vazajato. Se tivéssemos mais jornalistas como ele teríamos um mundo mais justo.

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