Eu sei que você ficou triste com este 7 de Setembro. Nós também.
Foram muitos anos te presenteando com as ruas pintadas de verde e amarelo. Nos últimos quatro anos, então… parecia uma Copa do Mundo por ano! Amor, muito amor por você. Sua bandeira estava por todos os lados! Carros, janelas, sacadas, carros e carrinhos de bebês, sua bandeira era estampada e tatuada em jovens, idosos, crianças e animais de estimação! Sempre uma festa com milhões de convidados por todo o Brasil. Seu hino podia ser ouvido em caminhões ou em rodinhas de bar onde as pessoas celebravam o orgulho de te amar de novo!
Neste 7 de Setembro foi diferente, eu sei. Havia um presidente amigo de ditadores desfilando em carro aberto com uma primeira-dama vestida de vermelho. As ruas estavam vazias, e eu posso imaginar que você esteja pensando que não te amamos mais. Por favor, não se precipite em qualquer conclusão. As ruas estavam vazias exatamente porque havia um presidente amigo de ditadores desfilando com uma primeira-dama vestida de vermelho. As avenidas estavam fantasmagóricas exatamente porque te amamos demais. Os últimos meses foram de enorme provação para todos nós, você sabe. Desafios que nunca imaginamos encontrar. Já há algum tempo, tiranos covardes vêm tentando desvirtuar suas instituições, ignorar suas leis e a vontade do povo, censurar nossas dúvidas e amordaçar nossas ideias. E, você sabe como ninguém, resistimos como pudemos durante quatro anos.
Eu sei que a ausência do povo e o silêncio das ruas te incomodou. Foi muito difícil para nós também. Ainda estamos nos recuperando de imensas injustiças cometidas contra a sua gente. Inocentes estão presos, famílias estão quebradas, jornalistas e cidadãos estão sendo perseguidos e silenciados; e um perigoso regime totalitário só visto em páginas de livros de história anda assolando a sua democrática estrutura. Você é grande, às vezes consegue absorver o impacto e seguir, mas nós estamos assustados. Mesmo assim, não pense que nossa conclusão é de que perdemos tempo com tantas manifestações pacíficas para você em quatro anos. Não! Se te disserem isso, não acredite! Por você faríamos tudo de novo. Sigo tendo orgulho de você, de quem sou e de onde vim. O meu coração é seu, afinal, foram mais de duas décadas juntos e entrelaçados por tantos céus e estradas, não é mesmo? Você sabe que sempre foi difícil segurar as lágrimas quando tocava o seu hino em algum lugar do globo e eu, orgulhosa, colocava a mão no peito para mostrar o meu mais profundo amor e respeito por você.
Por favor, não se chateie que nesta data as lágrimas não sejam de alegria. Não fique triste comigo, ainda sinto um orgulho imenso de você. Sua gente, mesmo tendo o espírito esmagado por tantas injustiças, segue lutando bravamente contra quem te usa sem escrúpulos e abusa de suas qualidades e belezas por projetos nefastos de poder.
Ah… foram tantos anos sorrindo com você. E como demos muitas risadas juntos… Quando olho para as páginas da nossa relação, mesmo quando as lágrimas vinham, por alguma derrota ou decepção, suas cores sempre se destacavam e você me fazia sentir grande, potente! Apesar de todos os anos percorrendo o mundo com você nos ombros e nos uniformes, debaixo de sol e chuva, suas cores nunca deixaram de estar vibrantes. Todos sabiam de onde eu vinha porque suas cores me envolviam e brilhavam! Neste 7 de Setembro, essas cores e nossos corações estão desbotados. Perdoe-me a angústia nestas linhas. Peço, de coração aberto, que tente entender minha tristeza e por que não encontrei motivos para celebrações na semana do aniversário de sua Independência.
Não me entenda mal, não quero que pense que estou te abandonando. Eu jamais faria isso. Eu poderia estar longe de você com o corpo e a alma, mas a verdade é que meu coração ainda é seu. Estamos apenas dilacerados por tudo o que eles, covardemente, têm feito a você. Também não quero que pense que desistiremos da trincheira que, bravamente, segue lutando para que suas cores voltem a brilhar. Mesmo daqui da terra do Tio Sam, longe de você já há quase quinze anos, você não sai da minha cabeça. Deve ser algum feitiço que você colocou em mim. Você se lembra da última vez que nos vimos? Fui te ver exatamente no 7 de Setembro do ano passado. E eu tinha certeza de que seria especial!
Ainda tento encontrar palavras para descrever o que vi e senti naquele 7 de Setembro de 2022 na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo. Como você sabe, não foi um 7 de Setembro comum. Comemorávamos 200 anos da sua Independência e havia um receio imenso com o seu e o nosso futuro. Uma eleição para escolher quem estaria no comando do seu leme. Havia uma mensagem de amor e preocupação a ser entregue, e seu povo foi magistral nessa entrega. Lembra? Que povo! Muito povo! Quarteirões e quarteirões de povo! E aquela turma da velha imprensa que não gosta de você e do nosso patriotismo dizendo que éramos “pouco mais de 100 mil pessoas”. Hahaha… lembra? Mas eu estava lá. E andei… e andei… e andei por muitos quarteirões abarrotados de gente. Eu nunca havia visto nada igual. Tenho certeza que aquele dia te marcou também. Foi lindo, muito lindo!
Posso te confessar uma coisa? Naquele dia, não consegui evitar que um longo filme de mais de duas décadas com você e como atleta profissional passasse pela cabeça. Todas aquelas viagens pelo mundo com a sua bandeira talhada em nossos uniformes. Naquele 7 de Setembro, quando ouvia nosso hino ser tocado ou cantarolado em algum ponto da Paulista, era como se eu estivesse em uma viagem boa no tempo quando a melodia era ouvida nos pódios pelo mundo afora. As lembranças do passado se misturavam com as cenas da realidade diante dos meus olhos, e isso me trazia algumas lágrimas aos olhos que, algumas vezes, confesso, tentei esconder. Uma bobagem. O amor faz isso com a gente mesmo. Aquela sensação que senti tantas vezes em mundiais e olimpíadas estava de volta! Eu estava em uma grande — na verdade, em uma gigantesca — delegação olímpica pelo Brasil! A maior e mais bonita de todas elas! Era uma multidão feliz! E não havia lixo jogado nas ruas, não havia baderna, não havia vandalismo, não havia brigas e discussões. Havia um grande senso de civilidade e responsabilidade de te fazer feliz. Havia uma paixão profunda por você exarada no rosto das pessoas! As pessoas tinham o mesmo semblante de quando tirávamos da mala nossos uniformes novos com a bandeira do Brasil bordada na manga, como as que os soldados usam em seus uniformes nas guerras.
Às vezes, ali, diante de um mar que era verde e amarelo, a cabeça ficava vazia, sem pensamentos. Eu apenas entrava em um estado de transe diante de imagens que jamais esquecerei, diante de tantas nuances apresentadas com as suas cores, diante de tantos sorrisos. Sim, tantos sorrisos apesar de tudo que já estávamos vivendo, todo o desrespeito à sua Constituição e suas instituições. Eu sei que não existe país perfeito, nem os ianques aqui pensam isso do país deles, mas, tentando decifrar aquela avalanche de informações em forma de novos retratos sobre a nova realidade do brasileiro e sua paixão por você, lembrei de uma passagem da obra-prima do filósofo grego Platão, A República.
De toda a magistral obra de Platão, talvez a Alegoria da Caverna seja, provavelmente, uma das histórias mais conhecidas. A Alegoria da Caverna (ou Mito da Caverna) usa a metáfora de prisioneiros acorrentados no escuro de uma caverna para explicar as dificuldades de alcançar e manter um espírito justo e intelectual.
A primeira vez que tive contato com essa obra, eu ainda estava aí em seu solo, lá nas terras mágicas de minha amada Lavras, em Minas Gerais. Eu devia ter uns 14 ou 15 anos, quando achei esse livro na rica estante do meu pai. Abri, li e não entendi nada. Fiquei com aquela história na cabeça por alguns dias até perder a vergonha e perguntar ao meu pai o significado daquela prosa. A alegoria é apresentada em um diálogo entre Sócrates e seu discípulo Glauco. Sócrates diz a Glauco para imaginar algumas pessoas vivendo em uma grande caverna subterrânea, sendo que a única abertura para o exterior está no final de uma subida íngreme e difícil. A maioria das pessoas são prisioneiros acorrentados de frente para a parede posterior da caverna, de modo que não podem se mover nem virar a cabeça. Atrás deles, uma grande fogueira queima em chamas altas, e tudo o que eles podem ver são sombras dançando na parede à sua frente. Na alegoria, é narrado que todos foram acorrentados nessa posição durante toda a vida, desde a infância. Há outras pessoas na caverna carregando objetos, mas tudo o que os prisioneiros podem ver são suas sombras na parede. Alguns dos outros ocupantes da caverna falam, mas há ecos na caverna, o que torna difícil para os prisioneiros entenderem de quem é a voz e o que está sendo dito.
Em seguida, Sócrates descreve as dificuldades que um prisioneiro pode ter para se adaptar à libertação quando ela acontece. Quando ele percebe que há objetos sólidos na caverna, e não apenas sombras, ele fica confuso. Os instrutores podem dizer a ele que o que ele viu antes era uma ilusão, mas, a princípio, ele presumirá que sua vida sombria era a realidade. Eventualmente, ele será arrastado para fora e ficará dolorosamente deslumbrado pelo brilho do Sol e atordoado pela beleza da Lua e das estrelas. Assim que se acostumar com a luz, o agora ex-prisioneiro terá pena das pessoas no interior da caverna e desejará ficar distante de quem está lá dentro, não pensando mais naquelas pobres pessoas e em seu próprio passado.
No capítulo seguinte de A República, Sócrates explica o que ele quis dizer na alegoria (lembra como meus olhos mal piscavam quando meu pai chegou a essa parte?). Depois de alguns encontros com o livro, já mais velha, entendi que a caverna representa o mundo; a região da vida que nos é revelada apenas pelo sentido da visão. A subida para fora da caverna é a jornada da alma no campo intelectual. O caminho para o esclarecimento é doloroso e árduo, diz Platão, e exige que façamos quatro estágios em nosso desenvolvimento: a prisão na caverna (o mundo imaginário, aquele que nos foi vendido como a única opção desde cedo), a libertação das correntes (a entrada no mundo real), a subida para fora da caverna (o mundo das ideias e do conhecimento), e o caminho de volta para ajudar nossos companheiros.
Sabe, nessa passagem da obra-prima A República, acho que podemos concordar que a educação é dolorosa, assim como o amor verdadeiro que sofre, cura, cresce e se agiganta na maturidade. Por mais confinado que seja o mundo lá embaixo olhando para uma parede, ninguém sai da caverna feliz. O processo de aprendizagem envolve o reconhecimento do homem de que tudo o que ele aprendeu ou ouviu na vida e tudo o que ele pensava ser verdade eram uma ilusão — nada além de sombras de coisas reais. Pode ser doloroso ser levado à verdade. Escrever esta carta para você hoje, com toda essa sinceridade apoiada na minha angústia, não é fácil. Por muitas vezes, a verdade é acompanhada pela desconfortável compreensão de nossa própria ignorância e pelo fato de que muitas de nossas crenças e suposições mais queridas e mais íntimas sobre o mundo eram falsas. E como estávamos errados sobre você! Tantos anos subestimando o seu real valor e o nosso real amor. Perdoe-nos, o processo de aprendizagem muitas vezes envolve desafios, suas pressuposições fundamentais e, em última análise, desistir do que achávamos que era caro para cada um de nós. E esse processo pode ser perturbador. Foram muitos anos de dor até encontrarmos nossa verdadeira admiração por você, muito bem traduzida nos últimos quatro “setes de setembro”.
Neste triste 7 de Setembro, os olhos estão magoados, sim, mas entenda: agora conhecemos você como você merece ser conhecido e amado, e como você, de fato, é
Na obra de Platão, assim como na vida real, quando esse “prisioneiro” é libertado e arrastado para fora da caverna, ele está cego e confuso pela luz e pode resistir a ser levado para fora. No entanto, eventualmente, seus olhos se ajustam para que ele possa ver as coisas ao seu redor como elas, de fato, são. Quando o homem volta para a caverna para contar sobre a ofuscante luz lá fora, ele é ridicularizado e até ameaçado. Anestesiados, muitos na caverna dizem que não querem sair, que querem ficar com o que é familiar, sem correr o risco de ser atacados pelo pensamento da desistência de tudo e de algo maior por não saberem se aquele conceito existe mesmo na vida lá fora.
Quem vive na prostituição intelectual resiste à verdade, à verdadeira luz. Neste triste 7 de Setembro, os olhos estão magoados, sim, mas entenda: agora conhecemos você como você merece ser conhecido e amado, e como você, de fato, é. Milhões de brasileiros saíram da caverna e descobriram que as sombras na parede não eram reais, que fomos manipulados e empurrados por tempo demais para que não chegássemos à superfície para apreciar o sol.
Como escreveu Drummond, um de seus poetas mais fascinantes, também lá das minhas Gerais:
“Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.”
Meu amado Brasil, apesar da tristeza, não vamos mais voltar para a escuridão.
Leia também “As caixas de dona Ruth”
Parabéns pela carta de amor. Expressaste o que todos nós temos engasgado em nossa garganta e em nossa alma. Sou seu fã.
Texto muito bem feito, esclarecedor e oportuno. Gostei!
Chorei!!!
Sua carta homenageando a nossa pátria envolveu meu coraçâo e minha alma de tal forma , que a emoção transbordou pelos olhos. Suas palavras traduziram com perfeição o que trago na mente e no lugar mais profundo do meu ser: amo o meu país e desejo intensamente que ele assuma o lugar que o nosso povo merece. Obrigada, Ana Paula!, você nos orgulha a todos!! Beijo, Lúcia Magali Pinto
Parabéns, querida Ana, pelo vigoroso texto descrevendo o que está ocorrendo atualmente no nosso país!
A verdade muitas vezes é dolorida, porém é mais gratificante viver com dignidade do que ficar numa área de conforto e participar de uma bolha que só interessa ao sistema.
Um grande abraço,
Jorge Lamb.
Texto espetacular. Obrigado 👏👏👏👏👏
Caríssima Ana Paula Henkel, cheguei às lágrimas, emocionado e tocado por esta Tua Carta de Amor ao nosso Amado Brasil 🇧🇷. Nos Planos das Idéias de Platão, elaborei o “Organograma do Império do Brasil”, com 4 Poderes, como nos Tempos do Império, incluído o Poder de Defesa e, um Conselho ao Imperador, tipo Moderador! Tive até, veja só minha admiração e respeito, por você e pelos Mestres, que acompanhas, tive a Idéia de colocá-la à frente de uma Secretaria no Poder Executivo, Pasta de Esportes Femininos! Haveria ainda as nomeações dos Mestres Alexandre Garcia e Augusto Nunes, para duas Pastas Importantíssimas, uma Secretaria Geral e outra de Comunicações, para este Grande e Importantíssimo Ministério de Educação, Cultura e Esporyes! Sonhos, Planos, Idéias e Ideais de um velho Gaúcho, Patriota e Idealista, que emociona-se quando houve palavras amáveis e grandiloquentes sobre nosso Querido e Amado Brasil 🇧🇷 .
Quando, ao torcer por ti e as outras meninas, nas quadras de Barcelona ou Atlanta, e pelas areias deste mundo, eu poderia um dia te escrever e cumprimentar por tudo que fizeste representando o vôlei do nosso Brasil?
Hoje, aos 73 anos, consigo contato através desta revista maravilhosa que, como nós, ama, luta e trabalha por este país.
Então, posso dizer, agora, parabéns Ana, por este maravilhoso texto que assinas, certamente com os olhos úmidos, porém, com o coração ainda transbordando de esperança.
Ana, foi impossível disfarçar as lágrimas lendo este esplêndido texto.
Passou um filme na minha cabeça quando levantava nas madrugadas, mesmo no rigoroso inverno do Sul, para assistir aos jogos das Meninas do Vôlei do Brasil. Fazia o mesmo para aquele que foi um dos maiores ídolos que este país já teve: Ayrton Senna.
Nestas madrugadas, torcia, gritava, chorava e às vezes até xingava por uma jogada mal executada ou um erro da arbitragem.
Hoje não temos mais ídolos que sejam espelhos para nossas crianças e adolescentes ou que mereçam nossas lágrimas.
Ainda assim choro pelo meu país, não pelos meus anseios pessoais, mas pelo futuro dos meus dois netos e inúmeros sobrinhos-netos.
Que nossa luta não seja em vão para tornarmos esta terra maravilhosa um lugar igualmente maravilhoso para viver e se desenvolver como cidadãos.
Parabéns Ana texto maravilhoso! Queria ter toda essa admiração que você tem pelo país do faz de contas. Sabe, cheguei aos 70 anos, e não vejo como esse país possa dar certo, porque vivemos em um país onde os valores morais são todos imorais.
Parabéns Ana pelo seu lindo texto. Foi difícil segurar as lágrimas! 🇧🇷🇦🇹
Linda carta de amor ao Brasil. Ana Paula vc é demais 👏🏻🙏👏🏻
maravilhosa carta de amor ao Brasil !! sensacional Ana Paula Henkel, precisamos de mais gente assim como vc
Parabéns Ana, maravilhoso texto.
Lindo texto, Ana. Emocionante!
Depois de ler essa maravilha de texto nada tenho que comentar a nao ser agradecer e te parabenizar por tudo que voce fez pelo esporte e agora nos proporcionando essa pérola de mensagem que como eu tambem deve ter emocionado muita gente. Acompanho o Sem Filtro desde que começou mas so ontem fiz minha assinatura na revista Oeste e com certeza sua mensagem lida pela Paula Leal foi responsavel direta dessa decisão. Que Deus te ilumine sempre. O povo Brasileiro honesto te ama com certeza Bjs. Paulo Conde
Parabéns Ana Paula! Suas palavras traduzem o sentimento de milhões de brasileiros. Tenho 68 anos, moro em Goiânia-Go e fui à Brasília-Df participar da manifestação popular do dia 07 de setembro de 2022. Registro que em toda a minha vida, nunca tinha visto tantos brasileiros (aproximadamente 700 mil patriotas) manifestar o orgulho, e esperança de ver um Brasil melhor. Muita emoção que guardarei para sempre em minha memória.
Parabéns Ana Paula por nos brindar, acariciar e renovar a esperança com teu excelente texto.
Que texto maravilhoso! No início chorei e depois fiquei refletindo. Parabéns Ana 👏👏👏
A colunista da Revista oeste, Ana Paula Henkel, superou-se nesta “carta”. Foi Brilhante. Tenha certeza não retornaremos à caverna a não ser para trazer à realidade os irmãos nossos que ainda vivem no engano. Obrigado, Ana Paula. Adorei!
Não iremos voltar a escuridão, mas sobreviver a imundice e a putrefação moral a que fomos submetidos vai ser uma luta árdua e demorada. O país apodreceu institucionalmente, reconstruí-lo não vai ser fácil. É uma luta para nossos filhos e netos, infelizmente, mas não iremos desistir.
Parabéns!
Uma preciosidade, um texto poético! Ana, que compreensão do Brasil e sobretudo que capacidade de injetar em nós, de novo, o orgulho de ser brasileiro.
Excelente texto ! Obrigado !
Voltar às escuras não é uma opção🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Obrigada querida Ana Paula, por esse texto maravilhoso. 😘😘👏👏👏👏👏👏👏👏
Nunca mais voltaremos para a escuridão. Excelente artigo, Ana Paula.
Excelentes, como sempre, as palavras da Ana Aula… Não tem brasileiro (o patriota) que não se emocione ao ver as cores verde, amarelo, azul e branco; minhas filhas de 4 e de 5 anos vibram e, elas, pouco sabem; imagina que vem há décadas acompanhando os “desdobramentos”. Bem, eu fico pensando aqui se o nosso Presidente, ao nomear seus cargos de confiança, não deveria ter sido mais enérgico….olha, o Lula nomeou seu amigo-advogado.
Sensacional!
Você é incrível!
Difícil descrever o respeito e a admiração que tenho por você.
É excelente en tudo que hoje faz e Tb no que já fez, por nós, e por este país
Sensacional, Ana!!
GAROTA DE 14 ANOS VENCE CONCURSO EM JOINVILLE COM A SEGUINTE* *REDAÇÃO:*
*“CERTA NOITE, AO ENTRAR EM MINHA SALA DE AULA, VI NUM MAPA-MUNDI, O NOSSO BRASIL CHORAR”!*
*O que houve, meu Brasil Brasileiro? Perguntei-lhe! E ele,* *espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu* *chorando, com suas lágrimas amazônicas: Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo… Antes, os meus* *bosques tinham mais flores e meu seio mais amores. Meu povo era heróico e os seus brados, retumbantes.* *O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante.* *Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes?* *Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado.*
*Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.*
*Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.*
*Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim. Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado.*
*Pensei… Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais…. Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?* *Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.*
Irrepreensível o seu texto, Ana Paula, me emocionei!! Concordo, nunca mais, por mais que seja pesado é difícil à luta; não voltaremos às trevas…
Ana, volto a insistir, nosso Senado Federal precisa de você em 2026. Ai sim, voltaremos a democracia verdadeira e verde amarela.
Parabéns pelo texto. Triste 7 de setembro sem povo, mas o povo deu um grande recado ao sistema Lula/STF.
Parabéns Ana Paula, lindo texto, A referência à Alegoria da Caverna foi perfeita. Por coincidência li A República de Platão pela segunda vez essa semana. Um abraço.
Antológico. Parabéns !
“Eu te amo porque te amo” (Drummond), Magic Paula declara seu amor pelo Brasil de forma comovente. Quanto orgulho, gratidão e exemplo para todos nós que, vivemos tempos sombrios. Obrigada por você existir.
Esse texto me levou às lágrimas. Me identifiquei com cada situação. Fui enganada durante toda a minha vida. Nasci em 1954. Vivi minha juventude no regime militar e fui extremamente feliz nessa época. Sem medos ou traumas. Mas só a partir dos meus 63 anos comecei a me interessar por política e geopolítica. Demorou demais! Hj não perco um programa de vcs e consigo separar o joio do trigo. Parabéns, Ana Paula! Vcs todos são brilhantes! Assino e continuarei renovando, sempre! Vamos conseguir! Com luta, sofrimento e resignação. Deus é o nosso guia.
Gratidão por este brilhante texto. Verdadeiramente mostrou o que nós estamos sentindo. Lágrimas vieram aos meus olhos e as deixei correr.Estou muito feliz por poder estar todos os dias com pessoas tão coerentes como este TIME da Oeste.
Você me fez chorar, mais uma vez. Derramei muitas lágrimas quando via as fotos do Anderson, do Silvinei, do cacique Sererê e dos patriotas injustiçados, quando assistia a Oeste Sem Filtro. Às vezes me levantava para rezar por eles, para depois voltar ao programa, pois não gosto de perder nenhum comentário de vocês. Minha saída da caverna devo a um ex-aluno, o mais brilhante que tive nos muitos anos de magistério: preso em 1970, por ser presidente do Grêmio Estudantil, não demorou nada para se livrar das amarras do comunismo, e me puxou em 2018. Somos amigos até hoje. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, que me oferece estes presentes: você, ele e Ele. 🙏🙏👏👏👏
Grato. Ana Paula, por desesconder o q sentimos por esse país e às vezes se ofusca no tropel dos indignos
CONGRATULATIONsss!!! IT’s true and marvel, fantastic, opening my MIND. TKsss Att.
Da mesma forma que os prisioneiros acorrentados no escuro da caverna metafórica de Platão aceitavam sua situação de aprisionamento, o povo brasileiro tambem passou a aceitar à coleira em seu pescoço.
No caso daqueles prisioneiros dentro da caverna, até da para entender sua hesitação em procurar alguma coisa melhor, ou escapar das correntes pois aquela era a vida que conheciam desde seu nascimento.
Mas como podemos explicar a situação do povo brasileiro que conhece a liberdade, sabe o que é viver livre e aceita tão facilmente a ditadura que esta sendo imposta pelo consórcio Luladrão – STF?
Será que o povo perdeu seu desejo de viver livre? Será que perdemos nossa coragem?
Em qualquer outro lugar do mundo, o Luladrão já teria levado um pontapé no traseiro, mas não aqui no pais do futebol, no pais das drogas, no pais dos crimes violentos e cotidianos.
Quem pode explicar o estoicismo que afeta a população brasileira, quando sabemos que há uma solução rápida para remover os petralhas esquerdopatas do poder.
Sem um povo que trabalha e produz o regime sofre um colápso sobre seu próprio peso. Se todos entrar-mos em greve, vamos todos cruzar os braços e assistir a queda do ditador.
A verdade qdo expressada incomoda os golpistas que tomaram conta do poder em nosso país, e por dizer a verdade voce será perseguido. Então, não viva sua vida para o benefício de parasitas e pare de jogar pérolas aos porcos, eles sempre se voltam contra voce. Revide, dê o troco, faça sua parte, salve seu país, deixe de ser produtivo, entre em greve, pare de gerar impostos, não colabore com seus antagonistas e logo os parasitas que nada produzem e vivem as suas custas sofrerão um colápso sobre seu próprio peso.
Lembre-se qdo voce colabora com o golpista/ladrão, ele sempre retorna e quer mais, pois vê em voce a incumbência de tolo, um alvo fácil, incapaz de reconhecer seu destruidor. Os petralhas estão destruindo sua vida, seu futuro, seu país e sua Liberdade.
Com o regime petralha no poder, chega ser repugnante vêr e entender o quanto nosso pais nestes 9 meses regrediu moralmente e socialmente. É realmente chocante nosso estado antropogênico de decomposição, onde nossa Liberdade esta sendo extinta, dando lugar a uma ditadura. No final, isso será desastroso e muitas vidas serão perdidas.
Parabéns pelo seu comentário maravilhoso.
Parabéns, craque Ana Paula!
Excelente texto. ME ARREPIOU O TEMPO TODO. PARABENS.
Parabéns pelo artigo. Você me fez chorar quando descreveu aquela tarde na Paulista. Eu também estava lá e foi mesmo um dia único. Vamos continuar amando e lutando pelo nosso Brasil. Deus abençoe a todos nós.
Ana um beijo de 8.500 km2 no seu vasto coração. Sai da caverna em 2018
Mais uma vez, sua escrita emociona!
Parabéns e muito obrigado!
Mto obrigada por mais um artigo brilhante e carregado de emoção!!!!
Concordo plenamente com a Ana em seu texto metafórico usando o mito da caverna de Platão para retratar a realidade brasileira. Boa parte dos brasileiros, entre eles, a maioria jovens, doutrinados nas escolas pelo esquerdismo radical. Votaram nesse homem que foi tirado da cadeia e tornado elegível, pelos mesmos que tiveram as rédeas da eleição em suas mãos. Ele foi “eleito” e nove meses depois o Brasil se depara que todos os nobres valores levantados por Bolsonaro e os corruptos varridos pela Lava Jato se fez em pedaços. Mas o ato em Brasília neste dia 7 de setembro comprovou que o LL é um presidente sem povo, sem prestígio e até mesmo esquecido pelos vermelhos. Um evento vazio, frio, quase forçado e sem alma. Nosso silêncio falou mais alto. O verde e amarelo e o dístico de nossa bandeira “ordem e progresso” continuam em nossa alma lutando contra as sombras da caverna.
Parabéns Ana Paula!
Cara capitã: emocionei-me no seu texto. Grato pelo compartilhamento de seu ser.
Querida Ana Paula, parabéns pelo brilhante texto, que a mim, trouxe de volta os quatro anos em que tivemos a honra de sentir que ser brasileiro raiz, é se amar e também o próximo enquanto irmãos que somos. Desistir jamais. Obrigada, e assim vamos seguir em frente. Com certeza voltaremos…
Mais uma vez, a Ana Paula se superando. Parabéns, Grande Atleta e Grande Escriba!
Artigo maravilhoso, triste , mas verdadeiro. Tempos difíceis, tempos exigentes para nós que não nos vendemos por cargos e ideologias esquerdistas e autoritárias.
Excelente! Parabéns!!!
Parabéns, Ana. Texto espetacular.